22.5.12

Livro traz manuscritos históricos sobre a Amazônia


A história da transferência do acervo de manuscritos da capitania do Rio Negro de Portugal para a Universidade do Amazonas está registrada na obra “O Samuel Benchimol que eu conheci – Um homem apaixonado pelo Mundo Amazônico”, que o professor da Universidade do Piauí João Renôr Ferreira de Carvalho lança na sede do Arquivo Público do Pará no dia 13 de junho, às 17h. 

O livro compila toda a correspondência entre o Professor João Renôr, que coordenou o trabalho de fotografia da documentação referente à capitania do Rio Negro nos arquivos de Portugal, do Pará e do Maranhão, e o empresário amazonense Samuel Benchimol, que incentivou e financiou do próprio bolso uma parte dessa empreitada.

Este acervo atualmente encontra-se disponível no Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Realizada entre os anos de 1978 e 1982 nas cidades de Manaus, Lisboa e Paris as cartas descrevem não apenas o trabalho de resgate dessa documentação, mas também todo o panorama político pelo qual passava o Amazonas e o Brasil no período da ditadura militar e da abertura política, além da luta pela preservação da floresta amazônica encampada por Samuel Benchimol no período. 

Todo esse universo é mostrado de modo sincero, apresentando a correspondência na íntegra, sem esconder nomes e fatos, além dos meios nem sempre adequados que João Renôr e Samuel Benchimol lançaram mão para ter acesso à documentação interessada. 

Em um dos trechos da obra, por exemplo, o próprio Samuel Benchimol conta em uma de suas cartas como conseguiu cópias, durante uma rápida visita à Belém e por meio de influência, uma parte de um códice de extrema importância que encontra-se no Arquivo Público do Pará e que estava em avançado estado de deterioração. 

Também estão presentes no livro matérias e artigos de jornais e revistas da época mostrando a luta de Samuel Benchimol a favor da preservação ambiental e da história do Amazonas. O lançamento do Livro tem o apoio da Associação dos Amigos do Arquivo Público do Pará (ARQPEP).

(com informações de Antonio Neto - do ARQPEP)

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