17.3.11

Sob nova direção Núcleo de Produção Digital do Pará deve ganhar novos rumos

O realizador e publicitário Afonso Gallindo acaba de assumir a coordenação do NPD-Pará a convite do Instituto de Artes do Pará, um dos gestores do núcleo e onde o mesmo é sediado desde a inauguração.

A notícia foi bem recebida entre os realizadores, mas também criou expectativas quanto à nova gestão, já que desde que foi criado, com objetivo de fomentar a produção e criação na área do audiovisual, festejado pela classe, em 2006, o NPD vem construindo uma trajetória cheia de bons e maus momentos.

Durante estes anos, conseguiu realizar, em parceira com a gerência de artes plásticas e visuais do IAP, inúmeros cursos, oficinas e workshops voltados as mais diversas linguagens do audiovisual, dando um gás e tanto ao que o instituto já vinha fazendo, antes de 2006, ao investir na realização de cursos voltados as mais diversas linguagens culturais, inclusive as de cinema.

Depois de receber a primeira parte do material de sua estrutura, contendo equipamentos de câmera e som, o NPD lançou o regulamento de utilização destes, em produções de curta duração. Em 2008, mais de 20 roteiros foram inscritos e o resultado da seleção foi divulgada no blog da ABDeC-PA, parceira do NPD.

No ano seguinte, o núcleo enfrentou dificuldades em manter as ações com a mesma freqüência, com exceção da sessão do cineclube Alexandrino Moreira, que se tornou tradicional às segundas-feiras. 

Afonso Gallindo
Em 2010 veio finalmente uma boa notícia. O núcleo recebeu do Ministério da Cultura (MinC), uma ilha completa de edição de imagens e som. 

Afonso Gallindo assumiu a coordenação nesta quarta-feira, 16, e diz que começou a estudar, junto à presidência e à gerência de artes plásticas e audiovisuais do IAP, uma estratégia de ação imediata para o NPD, com perspectivas de já se ter alguma atividade em abril.

Outra conversa é prevista com a categoria. De acordo com Gallindo, o contrato do edital que implantou o NPD terminou e tudo deverá ser revisto. “Vamos discutir de que maneira podemos garantir a estrutura antiga funcionando dentro do Instituto de Artes do Pará. A intenção é ouvir as pessoas e chamar a classe para discutir”, diz.

A implantação do NPD, em Belém, foi resultado de edital do Ministério da Cultura/Secretária do Audiovisual (SAV) - Projeto OLHAR BRASIL que prevê gestão compartilhada entre Estado e Sociedade Cívil. Por isso, o edital pede gestores que, no caso do Pará, foram o Instituto de Artes do Pará (IAP) e a FUNTELPA e também os co-gestores, a ABDeC Pará - Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas - Secção Pará, Fotoativa e o ICA - Instituto de Ciências da Arte – UFPa.

O retorno das atividades do NPD vem sendo aguardada, principalmente pelos artistas que atuam no audiovisual. Além das oficinas, agora com a ilha de edição, o núcleo também poderá apoiar os realizadores uma das fases mais caras de um filme, a sua finalização.

Atuando no movimento audiovisual paraense, desde final dos anos 1980, Afonso Gallindo participou da retomada da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará, em 1998, integrando sua diretoria ou seu conselho, desde então.

Atualmente, na ABD Nacional, ocupa o cargo de Diretor de Regionalização. Com seu histórico de participação no movimento local, boa relação e articulação nacional que possui, podem ajudá-lo a realizar um bom trabalho, principalmente se  conquistar, como é esperado, novas parcerias e retomar as antigas, além de receber o precioso apoio do IAP.

O Instituto de Artes do Pará também lançou nesta quarta seu edital de 2011 para bolsas de Criação, Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística. Há novidades. Saiba mais, no site da instituição, aqui.

Um comentário:

Ramiro Quaresma disse...

Parabéns ao querido Afonso, nomeação com méritos e conhecimento de causa.