5.7.12

70 anos do Banco da Amazônia tem Portinari

Em 1957, Candido Portinari criou um mural para a nova sede que seria construída para o Banco de Crédito da Borracha, atual Banco da Amazônia, que está completando 70 anos de Fundação. A obra , que nunca saiu do papel, é um raro estudo em óleo sobre cartão, e será mostrada, a partir desta quinta, 05, no Espaço Cultural do Banco, dentro da exposição “Seringal”.

A obra original será apresentada através de um painel com recortes: o Seringal, a Natureza, o Trabalho e o Controle da Produção (Borracha). A programação vai contar ainda com um painel sobre o histórico do banco e um núcleo com a breve biografia de Portinari. 

A ideia foi apresentada ao Banco da Amazônia pelo professor e historiador Aldrin Figueredo, curador da exposição. “A obra que estamos expondo como parte das comemorações dos 70 anos do banco é muito significativa. Entre as infinitas imagens da Amazônia, o Seringal talvez seja a mais densa e eloquente. Um emblema, um símbolo e, ao mesmo tempo, a própria história que parelha à belle-époque equatorial”, diz Aldrin na apresentação da mostra. 

Na mostra, além da obra original, será mostrada também uma reprodução feita em escala maior, remetendo ao mural que nunca foi executado, além de reproduções de trabalhos de Portinari, alusivos à temática dos seringais e textos elaborados pela curadoria. 

Convidada pó Aldrin para fazer a expografia da exposição, a artista Nina Matos explica que tudo na montagem gira em torno deste estudo feito por Portinari, em 1957, na técnica óleo sobre cartão, com o tema Seringal. Na ocasião também será também exibido o filme Soldados da Borracha, de César Garcia Lima, que já participou de vários festivais de cinema. 

Seringueiros, outra obra de Portinari
“O estudo de Portinari é na verdade um tipo maquete para a execução de um mural para a nova sede do Banco de Crédito da Borracha, o atual Banco da Amazônia”, diz Nina. Para realçar a importância desta ação, em agosto também será lançada uma publicação, contendo a pesquisa do professor Aldrin sobre o assunto, acompanhado de uma palestra.

“Considero um presente maravilhoso estar envolvida neste projeto, no qual trabalho efetivamente pra difusão e valorização desta obra emblemática do acervo do Museu de Arte de Belém”, conclui Nina. 

Serviço 
“Seringal”  - 70 anos do Banco da Amazônia. Nesta quinta-feita, 5, às 19h, no Espaço Cultural do Banco da Amazônia (Avenida Presidente Vargas, 800). Visitação de 6 a 31 de julho, de 8h30 às 17h30. Entrada franca.

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