3.11.15

Livro e cinema pra contar a história da Amazônia

Os milhares de anos de história da Amazônia estão sob olhares de pesquisadores, que abordam o tema no livro "Na Rota dos Arqueólogos da Amazônia - 13 Mil Anos de Selva Habitada" e no documentário "Mundurukânia, Na Beira da História". Lançamento nesta quarta-feira, dia 4, às 18h, no Casulo Cultural.

Resultado de pesquisas, livro e documentário revelam o passado fascinante que dezenas de jovens e velhos arqueólogos estão descobrindo na maior selva do mundo. Ao contrário do que se pensava há décadas, a floresta é ocupada há milhares de anos, por diferentes culturas, em diferentes épocas, algumas delas com verdadeiras cidades e estradas, plantio e manejo da floresta, rituais complexos.

A jornalista e escritora Solange Bastos, autora do livro, já havia publicado recentemente o "O Paraíso é no Piauí, a Descoberta da Arqueóloga Niède Guidon", publicado em 2010, e viajou atrás de nossos arqueólogos, esses exploradores do século XXI. 

Assim, eles deixam gabinetes e salas de aula todos os anos para mergulharem na selva que continua habitada, pelos índios descendentes dos antigos ocupantes. Atualmente, a Arqueologia na Amazônia é compreendida como uma história indígena de longa duração, muitas vezes em áreas de conflitos sociais.

Essa experiência resultou também no documentário Mundurukânia, Na Beira da História, que acompanha o livro.  É um trabalho de Miguel Viveiros de Castro, feito com o apoio do LAVAI - Laboratório de Antropologia Visual e Arqueologia da Imagem, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA/PAA), na região do rio Tapajós, onde importantes sítios arqueológicos estão ameaçados pelo megaprojeto de hidrelétricas naquela bacia. Para os índios Munduruku, é a sua própria história que pode ser submersa. Os arqueólogos debatem a importância de se colocarem ao lado das populações atingidas por tais projetos, que não estão sendo ouvidas.

Casulo Cultural - O espaço surgiu da necessidade de um ‘lugar’ que proporcione encontros, vivências e relações entre as pessoas e as ideias, para a difusão e construção de saberes, onde o trabalho coletivo e a difusão de conhecimentos artísticos e culturais possam alçar outros voos, com a proposta de criar diálogos entre diferentes linguagens artísticas e discussões politico-culturais.

O coletivo se instalou nos altos de um antigo casarão de esquina, localizado no bairro da Campina, parte do centro histórico de Belém, que sofreu um processo de descaracterização e degradação, onde se desenvolveu o centro comercial da cidade, no cruzamento da travessa Frutuoso Guimarães com a Rua Riachuelo, conhecida historicamente como a zona de meretrício da cidade. Hoje o bairro abriga diversas casas de artistas, que tem contribuído com uma tentativa de revalorização deste a partir de ações culturais voltadas para a comunidade. 

Por se tratar de um coletivo que realiza ações em várias linguagens e por termos uma grande circulação de diferentes tipos de pessoas entre artistas, comunidade e ativistas políticos-culturais, o público que interage no coletivo Casulo, além de seus facilitadores fixos, são extremamente diversificados em termos de número, gênero e idade. 

Serviço
O lançamento do livro e dvd será nesta quarta-feira, dia 4, às 18h, no Casulo Cultural - trav. Frutuoso Guimarães 562 esquina com Riachuelo, altos.
Site http://casulocultural.wix.com/casulocultural
Facebook https://www.facebook.com/casulocultural

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