A Cia Attuô está de volta nesta quarta feira dia 01, em única apresentação, no Teatro Margarida Schivasappa (Centur), às 20h, com espetáculo que narra a história do processo de Adesão do Pará à Independência do Brasil. Ingressos a R$ 20,00 na bilheteria do teatro no dia da apresentação, a partir das 16h.
A Província do Grão Pará demorou mais de um ano para ouvir os ecos do Grito do Ipiranga e nesse processo, vários índios, tapuios e caboclos se levantaram contra a Junta de Governo da Província, que era formada por famílias portuguesas. Os revolucionários foram sumariamente presos e sem direito à defesa, foram conduzidos ao porão do navio Brigue Palhaço (antes conhecido como São José dos Diligentes). Lá 256 homens morreram sufocados em razão das más condições do espaço.
A encenação “Palhaço” é a primeira, de dezoito apresentações do Projeto Pauta Livre 2018 do Programa Seiva da Fundação Cultural do Pará (FCP), e escolheu a dança, a arte surrealista e o clown para, de maneira didática, abordar esse tema, que é tão esquecido na memória e nas documentações históricas.
Embalados por canções autorais e ufanistas, a fim de recontar de maneira poética esse acontecimento e trazer para uma linguagem atual, toda a discussão política e vivência cidadã que tanto é necessária nos dias atuais.
O clamor por igualdade e liberdade foi tão brutalmente silenciado na época, que não demorou muito tempo para o povo responder com uma das revoltas mais conhecidas do país: a cabanagem, a única realmente liderada pelo povo e para o povo.
Ela até hoje representa um dos levantes mais representativos do povo nortista. "O espetáculo é uma forma de recuperar e manter viva essa memória, e a cia busca traduzir em dança, música e poesia todo aquele espírito inquieto do cidadão paraense da época", afirma Kleber DUmerval, diretor do espetáculo e que atua juntamente com mais sete artistas das mais variadas linguagens.
A caracterização se destaca pelos figurinos sujos e sem cor que, de certa forma, eles conseguem trazer dramaticidade ao episódio e na tragédia palhaços podem contar essa história sem deixar de serem eles mesmos.
Outro argumento é que “os fatos históricos somados ao conceito de liberdade de expressão foram utilizados na composição das coreografias e isso dá a cena um alívio visual”, afirma Diego Jaques, bailarino e integrante da Cia Attuô que contribuiu na construção coletiva.
Serviço
O espetáculo acontece no Teatro Margarida Schivasappa no dia 01 de agosto (quarta-feira) às 20h, e os ingressos estarão sendo vendidos a R$ 20,00 reais e ficam disponíveis na bilheteria do teatro no dia da apresentação a partir das 16h. Informações 91 991191717.
(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)
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