3.11.19

Pará Ler encerrou com celebração neste domingo

Durante cinco dias de 30 de outubro a 3 de novembro a ParáLer - Nossa Festa Literária, realizada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Cultural do Pará, ocupou a Casa das Arte, para celebrar o universo da literatura em suas mais variadas manifestações, tendo como referencial a exaltação da identidade paraense. 

Profissionais, estudantes e a população em geral, puderam participar de oficinas, debates, espetáculos, encontros e comércio de livros e produtos da economia criativa local. Ao longo do período, aproximadamente 7 mil pessoas passaram pelas atividades, sendo que 560 eram estudantes , oriundos das 20 escolas da rede pública que visitaram a ParáLer. Ao todo 22 oficinas foram ministradas e 16 shows finalizaram os dias no palco da Casa das Artes - trazendo a música regional como fio condutor, com gêneros como carimbó, guitarrada, lambada e brega. 

O fortalecimento do mercado editorial paraense, um dos principais objetivos do projeto, foi reforçado pela presença de 13 editoras paraenses. 10 livros foram lançados durante a programação, e 45 escritores locais estiveram entre os convidados. Além da agenda centralizada no bairro de Nazaré, três ilhas receberam visita e atendimento da equipe técnica do evento; e as bibliotecas comunitárias de cinco localidades da Região Metropolitana - Guamá, Maguari, Satélite, Marambaia e Águas lindas – também acolheram programação.

Os números também são positivos para quem fez da Festa a sede de seu trabalho durante cinco dias: 10 estandes de economia criativa e cultura alimentar estiveram em atividade - estes últimos, oportunizando 12 grupos de produtores rurais. No Beco dos Artistas, 16 profissionais expuseram e comercializaram itens da cultura pop voltados para o universo dos quadrinhos, como revistas e posters. 

Plataforma ParáLer

O sucesso da Festa Literária culminou na decisão de um importante desdobramento para o mercado editorial paraense: a Fundação Cultural do Pará assinou acordo com escritores e editoras do estado a fim de ampliar a ação do evento, dando origem à “ParáLer - Plataforma Amazônica de Capacitação e Fomento do Livro, da Leitura, da Literatura e da Escrita”. 

O objetivo é identificar a atuação e a interação dos diferentes atores do cenário literário, desenvolvendo diretrizes que potencializem o alcance da produção local. A partir da assinatura do documento, a FCP proporá grupo de trabalho para elaborar um plano de ação direcionado. 

Os atores do mercado comemoraram o ponto de partida. “É excelente pra nós. Aqui no Pará e na Amazônia, nós somos carentes de iniciativas como essa. É uma força e um novo alento à cadeia do livro, num momento muito delicado. Nós esperamos que a ParáLer se multiplique e dela nasçam várias outras realizações, como está acontecendo agora”, afirmou Gengis Freire, da Editora Cultural Brasil.

“O mais importante é que o evento não se esgota em si, nem é apenas venda de livro. São lançamentos, estratégias de divulgação do mercado, discussões, estímulos para leitores que já amam o livro e um empurrão para a criação de novos leitores”. O escritor Claudio Cardoso também louvou a ideia. “Aqui dentro da cidade a gente nunca teve uma iniciativa como essa organização. Foi a primeira vez, e o que se conseguiu fazer aqui foi impactante pra mim. Ainda vamos ouvir falar muito no que se realizou nesse espaço nos últimos dias”, elogiou.

Guilherme Relvas, diretor de Leitura e Informação da Fundação Cultural do Pará, responsável pela ParáLer, reforça o compromisso da instituição com o fomento do mercado editorial. “A ideia é unir os editores, livreiros e livrarias com um objetivo comum: alavancar o cenário paraense, promover nossa literatura no Brasil e no mundo, trabalhando de forma conjunta o poder público e a cadeia criativa”, resumiu. 

“A ideia é buscar a distribuição do que se produz aqui, alcançar o circuito de feiras nacionais e internacionais, os grandes editais para a área, promover não só a comercialização do livro, mas também o escritor e a literatura paraense em si. Essa plataforma vem como uma forma de nos organizarmos pra estabelecer um cronograma de trabalho com plano de ação e metas nesse sentido”.

(Informações enviadas pela assessoria de imprensa da FCP)

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