29.4.23

Contos Mirabolantes para este domingo, que tal?

"Contos Mirabolantes, o Olho do Mapinguari" estreia neste domingo, 30 de abril, com entrada gratuita ao público. A sessão inicia às 10h, no auditório Eneida de Moraes, no Centro Cultural Palacete Faciola. A ida ao cinema, rende também uma visitinha pelo prédio, que passou por reforma e restauro, reinaugurando no ano passado. Fica ali na Av. Nazaré, esquina com a Dr. Moraes.

O curta-metragem de animação, produzido pelo estúdio paraense Iluminuras tem duração de 8 minutos e é dirigido e roteirizado por Andrei Miralha e Petronio Medeiros. Na história, Maria Estrela, uma menina de 7 anos, adora histórias antes de dormir, mas já cansou de ouvir sempre as mesmas e inventa a sua, um “conto mirabolante”. 

A partir daí, o público acompanha a narrativa da menina que traz de sua imaginação uma história sobre o Terrível Mapinguari da Amazônia, um enorme monstro que perdeu o único olho que tinha. O problema é que um Mapinguari sem olho, causa desequilíbrio na natureza e Maria Estrela sai em busca do olho perdido, montada em Esperança, seu fabuloso Boi-Bumbá alado. 

O curta-metragem foi realizado em animação digital 2D, com 8 minutos de duração, voltado para crianças de 4 a 8 anos de idade. A campanha de divulgação iniciou no início deste mês, com pré-estreias que passaram pela UsiPaz da Cabanagem, pelo Teatro do Curro Velho e na última quarta-feira, chegou à biblioteca Clara Galvão, no Museu Emílio Goeldi, tendo na plateia alunos de escolas púbicas e das comunidades, onde estes espaços estão inseridos. É possível acompanhar essa jornada pelo perfil criado no Instagram @contos_mirabolantes.

A cotação de história como espaço ao imaginário

A ideia de fazer esse curta vem da prática da leitura, diz Andrei Miralha, que tem uma filha de cinco anos que adora ouvir história. "Eu conto historias pra ela, às vezes invento e provoco que ela conte também. E aí pensei, porque não levar isso para filme e absurdas tudo isso?". Após a ideia, o trabalho seguiu em co-criação com Petronio Medeiros, que assina, além de roteiro, a direção junto com Miralha.

A partir desse trabalho coletivo, que vai idealização para o roteiro, e para o anymatic, storiboard, gravação de vozes, até que chega a animação. "É sobretudo um incentivo a cotação histórias, brincar de contar uma historia, é uma brincadeira. É a principal proposta do curta, brincar, a partir desse imaginário amazônico", continua Andrei.

Participação de jovens animadores na equipe

Na equipe, diversos animadores, são jovens que vêm atuando no mercado, muitos deles, a partir de um trabalho de formação em animação que vem sendo desenvolvido pelo Laboratório de Animação do espaço Cultural Curro Velho.

"É muito satisfatório poder ter feito parte desse projeto, porque ele trás elementos da nossa cultura de uma forma mais divertida e encantadora, o que para o público infantil faz uma grande diferença. Espero que quando as crianças assistam ao Contos Mirabolantes queiram saber mais sobre o mapinguari, cobra grande e tantos outros personagens presentes nas nossas histórias, que queiram inventar seus próprios contos, e se divirtam imaginando novos mundos", diz Thalyne Chrystina, animadora que trabalhou no curta.

O diretor chama atenção para a importância que temos em trazer essa pauta para as crianças. "A gente distribui de brinde livrinhos que contam lendas da Amazônia. É legal estar tratando com essas crianças esses referenciais, muitas vezes consumimos referências culturais estrangeiros", alerta.

Linguagem da animação abre inúmeras possibilidade

Esse é um ponto crucial também para Petronio,  usar a linguagem da animação para tratar dos elementos que ãesto inseridos na cultura amazônica, de um jeito potente que o cinema de animação tem, estimulando a criança a pensar e imaginar esse universo fantástico da floresta. Para ele, a cultura e o imaginário são vivos e pulsantes, a medida em que são contados e recontados e essas imagens circulam. 

"A linguagem da animação, por suas várias características ligadas ao fantástico, abrindo a possibilidade de trabalharmos com formas, cores e texturas, contribui para o fortalecimento desse imaginário da cultura amazônica. Trazendo essas figuras, como o Mapinguari, a partir da narrativa de uma criança, a  gente coloca esse lugar da cultura e do imaginário, do popular, no cotidiano", reflete.

A sessão inicia com uma apresentação da equipe, e em seguida à exibição, as crianças são convidadas a contar histórias e a se divertir, com o olho do Mapinguari e o Boi Bumbá Alado no qual quem quiser vai poder vestir e tirar fotos. Para brincar com as crianças, Cleber Cajun e Otânia Freire.

O curta “Contos Mirabolantes – o olho do Mapinguari” foi patrocinado através do Edital de Patrocínio do Banco da Amazônia por meio da Lei de Incentivo à Cultura- Ministério da Cultura do Governo Federal.

Ficha Técnica

 direção e roteiro ANDREI MIRALHA E PETRONIO MEDEIROS produção e produção executiva ANDREI MIRALHA elenco de JULIANA NASCIMENTO, ADRIANA CRUZ E AJ TAKASHI storyboard/animatic ANTÔNIO LOBATO E ANDREI MIRALHA  trilha sonora e desenho de som ANDRÉ MOURA arte conceitual e ilustrações IGOR ALENCAR E FERNANDO CARVALHO setup ERIK PEREIRA rigging GENILSON CARDOSO supervisão de animação ANDREI MIRALHA animação THALYNE CHRYSTYNA, GIZANDRO SANTOS, GENILSON CARDOSO, CARLOS GUSTAVO SANTOS, ARTHUR BRAGA, ANTÔNIO JOAB, CLARA SIERRA  montagem e composite YAGO MENDONÇA assessoria de comunicação LUCIANA MEDEIROS design gráfico CAROL ABREU assessoria contábil FERNANDA FREIRE

Serviço

Estreia do curta “Contos Mirabolantes, o Olho do Mapinguari”, neste domingo, 30 de abril, às 10h, no auditório Eneida de Moraes, no Palacete Faciola – Av. Nazaré, com Dr. Moraes. Faixa etária livre. Gratuito.

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