28.8.23

Carmen Palheta lança a 1a obra na Bienal do Livro

A jornalista e escritora paraense Carmen Palheta aporta na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, para realizar o pré-lançamento de seu primeiro livro “A Borboleta Azul e Outras Crônicas – Afeitos e Afetos”. Publicado pela Editora Labrador, é composta por 49 crônicas, além de cartas e poemas. Após a Bienal, o lançamento oficial em Belém ocorre no dia 13 de setembro, na Loja Ná Figueredo, às 19h.

Atuando no jornalismo paraense há mais de 25 anos, Carmen estreia agora como escritora, num processo de amor pela literatura que a acompanha por toda a vida. 

“A Borboleta Azul” que dá título ao livro também é seu primeiro poema publicado, quando ela ainda tinha 11 anos de idade. Incentivada por seu pai, a então menina estreou em edição nacional de poesia junto com outros autores.

“Eu tinha 11 anos quando escrevi ‘A Borboleta Azul’. Um dos primeiros poemas. Meu pai o datilografou e enviou por Correio, para um concurso nacional de poesia. Meu texto foi escolhido entre outros tantos enviados do país inteiro e compôs um livro de poetas brasileiros. Era 1982. Eu era apenas uma menina. Sequer possuía asas em forma de ideias para voar”, relembra a escritora. 

Uma vida inteira se passou desde aquele distante 82.  Em sua carreira como jornalista, Carmen também trabalhou em projetos literários como editora de livros na Imprensa Oficial do Estado do Pará, onde também criou o projeto Livro Solidário. Mas foi somente após encerrar a carreira de servidora pública que a jornalista começou a se dedicar integralmente à escrita. 

Com a expansão dos cursos on line nós últimos três anos, ela pôde se inscrever em cursos de escrita criativa e clubes de escritores, como o de “Escrita Afetuosa” de Ana Holanda e a Comunidade de Escritores também criada por Holanda.  “Os cursos serviram pra dar um gás na minha escrita, pela troca com outros autores. A escolha da editora, por exemplo, foi uma indicação da própria Ana e eu fiquei muito feliz com o resultado”, conta. 

Carmen explica ainda que o livro é o resultado de um processo vivenciado pelo luto de seu pai, o que inclui as próprias cartas dedicadas a ele e presentes neste seu primeiro trabalho como escritora. “O livro, na verdade, a escrita em si é um processo de refúgio e também de libertação. Eu me refugiei na escrita para vivenciar o luto do meu pai. E para resgatar esse lado meu que se perdeu ao longo dos anos por conta de trabalho”. 

Com a força da pena na mão e a leveza na alma de quem segue fluida pelo ar, Carmen Palheta alarga sua entrega e se coloca transbordante diante do público leitor. Seu resgate pessoal desembocou em escritos que dialogam com aqueles que se permitem também olhar pra si.

“A menina de 11 anos dia desses me visitou. Dei-me conta que sem aquele primeiro poema eu talvez não tivesse despertado para outras narrativas dentro de mim. O trivial é o que, afinal, faz a vida acontecer. Há alguns anos tatuei uma borboleta azul nas costas. Borboletas precisam de lugar pra pousar e repousar. Para mim esse lugar é a escrita.”

Serviço 

Coquetel de Lançamento e noite de autógrafos de “A Borboleta Azul e Outras Crônicas”, de Carmen Palheta. Participação do DJ Marcelo Alves com jazz, blues e MPB.  Quando: 13 de setembro, às 19h
Onde: Ná Figueredo – Gentil Bittencourt, 449 Entrada franca.

(Holofote Virtusal com informações da assessoria de imprensa)

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