“É a segunda vez que vamos ter o Elói no programa. Ele merece ser conhecido em todo o Brasil”, disse Vieira se referindo ao protagonismo e pioneirismo do cantor e performer no movimento LGBTQIA+ brasileiro. Vieira esteve em Belém para uma série de gravações. Além da Festa da Chiquita, ele também acompanhou o Auto do Círio, cortejo cênico que ocorre na sexta-feira, celebrando Nossa Senhora de Nazaré, antes da grande procissão de domingo.
Todos os anos, a festa traz um tema. Em 2023, foi “Red Carpet” (Tapete Vermelho), comemorando 46 anos de luta pela visibilidade e direitos da comunidade LGBTQIA+. “O tema é político. Nós estamos no tapete vermelho e não queremos apenas a visibilidade, queremos dignidade e também queremos poder”, bradou Iglesias.
E também foram diversas as vozes que ecoaram no palco montado em frente ao Theatro da Paz, na Praça da República, como a da convidada especial Symmy Larrat, Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+
Em mais de quatro décadas, a Festa da Chiquita passou por diversas transformações, sem nunca ter perdido de vista seu objetivo maior e assim vem se reafirmando, a cada ano, como território político das questões de gênero. O ritual é o mesmo. Assim que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré passa pela Praça da República, na procissão da Trasladação do Círio, o palco se ilumina.
A programação do sábado iniciou com DJs, seguiu com carimbó do grupo Som do Pau Oco, e também contou com bandas que acompanharam personalidades, como as Drags e Themonias, Xirley Tão, Sachenka Levchenko, Flores Astrais, Celeste Volupa, Savana entre outras. A realização da festa contou com apoio da Prefeitura, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém - Fumbel.
Reconhecimento
Jane Gama, da Coordenadoria de Diversdade Sexual da Prefeitura de Belém, também foi agraciada. “Receber a botina de Ouro (pois são as lésbicas que recebem) é de todo um reconhecimento dos trabalhos, das políticas públicas da Prefeitura, o Governo da Nossa Gente, e desse olhar sensível às causas e demandas da população LGBTI+ , do município de Belém”, disse a titular da CDS.
“Foi um momento incrível, principalmente ao receber o prêmio das mãos de nossa querida empresária Ângela, dona do bar Refúgio dos Anjos localizado no Bairro do Guamá, bar de lutas e resistência que já existe há 27 anos. A Festa da Chiquita nos fortalece em nossas causas e lutas junto à população LGBTI+”, completou.
(Texto publicado originalmente na Agência Belém / Fotos: Luciana Medeiros).
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