22.11.23

II Encontro Warao celebra ancestralidade e lazer

Fotos: (IEB)
Uma das primeiras organizações de indígenas refugiados no Brasil, o Conselho Warao Ojiduna promove o II Encontro de Cultura Warao neste fim de semana,  dias 25 e 26 de novembro, na Usina da Paz do Bengui. 

Haverá debates e jogos tradicionais da cultura Warao em Belém, com atividades como bailes, danças e cantos tradicionais, venda de artesanatos, jogos tradicionais e a assembleia geral dos Warao na Usina da Paz do Bengui. Entrada gratuita.

No sábado, 25, pela manhã será realizada a eleição da Madrinha do Conselho Warao Ojiduna e a assembleia geral da organização com apresentação das ações realizadas neste ano, já pela tarde a programação contará com apresentações de bailes, cantos, contação de histórias e uma grande homenagem aos ancestrais. 

No domingo, 26, serão realizados os jogos tradicionais como futebol, voleibol, natação, cabo de guerra, ralado de mandioca e arco flecha.

“Para nós não é uma simples atividade, é um evento que nós realizamos todo ano, que nos dá força para mostrar a todos a nossa cultura, nos enche de orgulho. E também é uma forma de buscar melhorias para os Warao que vivem em Belém e Ananindeua, é isso que queremos!”, liderança Warao, Isneiris Nunez, do Conselho Warao Ojiduna.

Para Israel Gárcia, “É importante mostrar nossas culturas ancestrais, nossos cantos, danças e bailes, para continuar não podemos deixar de celebrar os nossos ancestrais”, afirma o comunicador do Conselho Warao Ojiduna. 

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) estima que, atualmente, 1.200 indígenas da etnia Warao vivem no estado do Pará, majoritariamente na capital Belém e no município de Ananindeua, na Região Metropolitana.

Conselho Warao Ojiduna

É uma organização comunitária fundada e liderada por indígenas venezuelanos com a finalidade de unir e representar a população Warao que vive no Pará, estado brasileiro que sediará a COP 30 em 2025. 

O conselho tem sido porta-voz das comunidades no diálogo com órgãos governamentais, Justiça e movimentos sociais na busca de melhores condições de vida à população indígena refugiada e migrante no Estado.

O propósito da luta é que o Estado brasileiro os reconheça enquanto população indígena para que passem a acessar direitos básicos e políticas públicas específicas de educação, saúde, trabalho e moradia.

“É muito importante dar continuidade ao encontro de cultura warao porque é o momento que todos temos para não desanimarmos, que os warao que vivem em Belém e Ananindeua não se dividam, continuem unidos. Para que nunca percamos nossa cultura mesmo vivendo em outro país, isso é o mais importante!”, complementa Isneiris Nunez.

Com 1 ano de existência, o Conselho contou com os apoios do edital de incentivo à arte e à cultura da Fundação Cultural do Pará e Governo do Pará, além da assessoria do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), que possibilitaram a realização do II Encontro de Cultura Warao.

Serviço

II Encontro de Cultura Warao, nos dias 25 e 26 de novembro, das 8h às 18h. Local: Usina da Paz do Bengui - Estrada do Benguí. S/N. Bairro do Benguí. (ao lado do Parque de Retenção do Detran).

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