Criado em 2017 por Bruno Benitez e Márcio Macedo, o Festival surgiu com o objetivo de destacar a identidade musical latino-amazônica existente no estado do Pará, representada por gêneros musicais como a Cumbia, Merengue, Zouk, Lambada, Guitarrada e outros.
“Desde a primeira edição, a gente fez uma curadoria que fizesse um recorte do eixo musical que o festival destaca que é a identidade latino-amazônica. Estamos falando de Cumbia, Merengue, Lambada, Guitarrada e da própria Salsa, que chegou um pouco para cá também, além de trabalhos voltados para ritmos mais ancestrais, como o Carimbó, mas que fazem parte de um território que está inserido nesse contexto de ser um território latino-americano, independente de ser do Brasil ou da Amazônia brasileira”, explica Bruno Benitez, realizador da terceira edição do Festival.
A terceira edição do Festival terá três shows e conta com a participação de cinco artistas: Raízes Latinas convida Márcio Macedo, Bruno Benitez convida Julia Passos e Carimbó Selvagem. A noite abre com o show Raízes Latinas convida Márcio Macedo, que reúne o projeto nascido em 2020, fruto da amizade do mestre Nazaco Gomes, percussionista e pesquisador de ritmos latinos, amazônicos e caribenhos há 40 anos, com o paranaense Gabriel Dietrich, que há três anos pesquisa e vive a música em Belém do Pará, com o músico e produtor cultural Márcio Macedo.
Para a apresentação, Bruno, que iniciou sua carreira profissional em 1995, integrando trabalhos musicais como Arraial do Labioso e a banda Mundo Mambo, vai levar canções que fazem parte de sua história e autorais que fazem parte de seus quatro álbuns: “Coração Tambor”, de 2014, “Miscigenado”, de 2018, “Tropicodélico, de 2021), e o projeto audiovisual “Disco Vivo” (2023).
Encerrando a noite, tem o grupo paraense “Carimbó Selvagem”, que além de representar toda a musicalidade do Carimbó, também busca destacar a importância da preservação do patrimônio histórico da cidade de Belém, uma vez que enquanto artistas de rua da Amazônia, têm uma conexão grande com a cidade, especialmente com o Ver-O-Peso.
“Mais do que a questão da música em si, a curadoria procura, desde a primeira edição, encarar a Amazônia brasileira como um território latino-americano, um território que faz parte ancestralmente de um contexto maior. A Amazônia sempre foi uma coisa só, independente de ser o território que hoje a gente conhece como Brasil, ou como Colômbia, ou como Peru. Então, ela sempre foi conectada, de alguma forma, com toda essa região e também com as conexões que vieram a partir do século XX, como o Caribe, com o comércio, com a radiodifusão, tudo isso”, conclui Bruno.As duas primeiras edições do Latinidade foram realizadas em 2017 e 2018 com o formato de Festival Itinerante, já que passou por casas de show, teatros e espaços públicos, levando aos palcos artistas como Bruno Benitez, Félix Robatto, Ronaldo Silva, Guitarrada das Manas, Pinduca, Mundo Mambo, Fruta Quente, Warilou, Arraial do Pavulagem, Farofa Tropikal, Sentinelas do Norte, Naieme, Franklin Gomez (Cuba), Joelma Kláudia, Mahrco Monteiro e Jeff Moraes. As duas primeiras edições foram realizadas através da lei municipal de cultura Tó Teixeira. Já a terceira edição é realizada pela Lei Federal Paulo Gustavo, via Secult-PA.
O III Festival Latinidade será realizado quarta, 15 de maio, às 20 horas, no Teatro Margarida Schivasappa com ingressos mediante entrega de 1 kg de alimentos não perecíveis.
Serviço
III Festival Latinidade com shows de Bruno Benitez, Júlia Passos, Carimbó Selvagem, Márcio Macedo e Raízes Latinas. No dia15 de maio, às 20h, no Teatro Margarida Schivasappa (Av. Gentil Bittencourt, 650 - Batista Campos - Belém - PA, 66035-340) . Ingresso|: 1 kg de alimento. Realização: Lei Federal Paulo Gustavo via Secult-PA.
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