Fotos: DiegoDiSouza |
Encenado pela primeira vez em 1888, Ubu-Rei, Uma sátira da Estupidez, a obra de Alfred Jarry segue atual e recebendo adaptações. Apresentada ao ar livre, dialoga com o público, colocando em cena pautas atuais e debatidas mundialmente em relação ao poder. A narrativa atual parte dos personagens Pai e Mãe Ubu, que vivem num país chamado Embustônia, com ares latino-americanos, em novo cenário, entre influencers e cachos de bananas.
Apostando no humor e na ironia, a produção partiu da análise do trabalho de bufão, termo referente a uma figura dramática marginalizada da idade média, uma espécie de palhaço grotesco e ao mesmo tempo charmoso, crítico dos setores dominantes da sociedade. Outros referenciais para a construção da obra foram a música, composta e executada pelo próprio elenco, e a expressão e potência do teatro popular enquanto espaço coletivo de comunicação, de troca e de construção do pensamento crítico.
A itinerância é realizada pelo Ministério da Cultura e patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A turnê do projeto, pelo Norte e Nordeste do país, conta com os grupos de teatro Clowns de Shakespeare, Facetas e Asavessa, todos do Rio Grande do Norte.
Veja dia, locais e horários das apresentações
O espetáculo em Belém, ganha sessões nos dias 24, em Outeiro, no estacionamento da Praia do Amor, e 25 de maio, na Praça do Carmo. Em ambos os locais, a apresentação inicia às 19h. Em Ananindeua, a primeira apresentação será no dia 26 de maio, às 15h, no barracão comunitário, da comunidade de Cabeceiras, na Ilha João Pilatos, e a segunda, no dia 28, às 19h, na área externa do Teatro do Parque Cultural Vila Maguary.
Não é necessária a retirada de ingressos para as apresentações. Todas as apresentações contarão com interpretação em Libras, serviço de audiodescrição e serão realizadas em locais que disponibilizam acessibilidade a pessoas com deficiência motora.
Oficina compartilha experiência do teatro de rua
A oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua” apresenta aos participantes as principais estratégias adotadas pelos Clowns de Shakespeare em suas criações cênicas, visando a construção de uma cena que dialoga diretamente com a tradição do teatro popular e de rua. Assim, serão compartilhados procedimentos de criação que deram origem ao espetáculo mais recente do grupo, “Ubu: o que é bom tem que continuar!”.
Em Belém, será realizada nos dias 21 e 22 de maio, na Casa da Linguagem, das 9h às 12h. Em Ananindeua, nos dias dia 27 e 28, das 10h às 13h, no Teatro do Parque Cultural Vila Maguary. Com duração de 06 horas distribuídas em dois dias, a oficina tem como público-alvo os interessados em teatro de modo geral, com ou sem experiência, a partir dos 14 anos de idade. Número máximo de 30 participantes. Haverá presença de intérprete em Libras.
Inscrições: pelo link na bio doperfil @teatroclowns
Sobre os grupos da circulação
O Clows de Shakespeare foi fundado em 1993 em Natal (RN), e desenvolve um trabalho continuado com foco na pesquisa, formação e criação em busca de um teatro de expressão popular, nordestina, brasileira e latino-americana. Esta trajetória de um teatro que alia rigor com potência de comunicação com o público, seja em salas de espetáculo ou na rua, fez com que o grupo seja hoje indicado como um dos principais da cena teatral brasileira.
Já o Facetas nasceu em 1999 entre jovens da Escola Estadual Berilo Wanderley. De lá, o grupo conquistou o Departamento de Artes da UFRN e o cenário artístico da cidade. Dentre suas obras, destacam-se “O bizarro sonho de Steven”, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em 2008, “Ida ao teatro” e “Sal, menino mar”. O grupo fundou o TECESOL – Território de Educação, Cultura e Economia Solidária, espaço que hoje é o principal polo de criação e resistência cultural da cidade de Natal, abrigando diversos grupos, dentre eles os Clowns, o Grupo Estação e o Estandarte.
E o Asavessa, é um grupo que surge como um desdobramento do Laboratório da Cena de Parnamirim 2015, realizado pelos Clowns de Shakespeare, tendo como obra inaugural “Julieta mais Romeu”, com direção de Paula Queiroz. Durante a pandemia, o coletivo criou dois trabalhos: “Este é um espetáculo autobiográfico mesmo que não sejamos um grupo com tempo suficiente de ter um espetáculo autobiográfico – e, sim, este título está longo demais” e “Hoje mais cedo vi um gato comer a língua de um porco”, ambos de 2021.
PROGRAMAÇÃO BELÉM
21.MAI | TER - Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)
Horário: 9h às 12h
22.MAI | QUA – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)
Horário: 9h às 12h
24 MAI | SEX – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Outeiro
Local: Estacionamento da Praia do Amor / Água Boa – Outeiro (Pistão da Praia do Amor)
Horário: 19h
25 MAI | SAB – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Na Cidade Velha
Local: Praça do Carmo – no anfiteatro (SN – Cidade Velha)
Horário: 19h
PROGRAMAÇÃO EM ANANINDEUA
26 MAI | DOM – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar - Comunidade
Local: Ilha João Pilatos / Comunidade Cabeceiras – no barracão comunitário (Região das Ilhas do município de Ananindeua)
Horário: 15h
27 MAI | SEG - Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Teatro do Parque Cultural Vila Maguary (Estrada do Maguari, 3360 - Maguari, Ananindeua)
Horário: 10h às 13h
28 MAI | TER – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Parque Cultural Vila Maguary (Estrada do Maguari, 3360 - Maguari, Ananindeua)
Horário: 10h às 13h
28 MAI | TER – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Parque Cultural Vila Maguary
Local: Área aberta do Teatro (Estrada do Maguari, 3360 - Maguari, Ananindeua)
Horário: 19h.
Mais informações:
@teatroclows
@holofote_virtual
Ficha Técnica
Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto; Elenco: Caju Dantas, Diogo Spinelli, Giovanna Araújo, Paula Queiroz e Rodrigo Bico; Colaboração Dramatúrgica: Camilla Custódio; Figurino e adereços: Marcos Leonardo; Cenografia: Fernando Yamamoto e Rafael Telles; Dramaturgia musical: Marco França e Ernani Maletta; Música: Marco França, com colaboração de Franklyn Novaes, Maria Clara Gonzaga, Júlio Lima e Caio Padilha. Produção: Talita Yohana; Coordenação do projeto: Renata Kaiser: Elaboração de projeto, acompanhamento e prestação de contas para Lei de Incentivo à Cultura: Arlindo Bezerra (Bobox Produções) e Ana Paula (Alma do Minho).
Acessibilidade: Amanda LeLibras; Produção local: Produtores Criativos, com Cristina Costa, Fafá Sobrinho, Andréa Rocha, Nanan Falcão e Thiago Ferradaes; Assessoria de imprensa: Holofote Virtual - Comunicação Arte Mídia; Projeto: Realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale.
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