7.12.11

Fábio Castro lança “Entre o Mito e a Fronteira”

Professor da UFPA, doutor em sociologia e pesquisador do programa de pós-graduação Comunicação, Cultura e Amazônia, o autor assina o blog Hupomnemata e disponibiliza o site do livro, onde se pode interagir deixando comentários ou perguntas. O lançamento é nesta quarta-feira, 07, às 19h, na Fox Video da Dr. Moraes.

No ano passado, Fábio Castro lançou “A Cidade Sebastiana”,  resultado de seu trabalho de Mestrado, orientado pelo professor, escritor e filósofo Benedito Nunes e defendido em 1995, na Universidade de Brasília.  Na obra, que aborda a Belém no ciclo do látex, o autor discorre sobre uma metrópole mercantil, governada por uma burguesia associada ao capital estrangeiro e as heranças deixadas no imaginário coletivo da população até os dias de hoje.

Desta vez, Fábio nos traz parte de seu trabalho de doutoramento. Intitulado “Entre o Mito e a Fronteira”, seu novo livro traça uma análise da produção cultural amazônica no seu plano histórico e uma descrição conjuntural da "fronteirização" da Amazônia, pela sociedade nacional brasileira, ao longo desse período de 30 anos (1970 - 2000) que encerra o século XX. 

Ao trabalhar o campo da intersubjetividade, cuja investigação situa-se no espaço amazônico, seu novo livro, que tem como subtítulo de "Estudo sobre a figuração da Amazônia na produção artística contemporânea de Belém", discute o processo de tipificação de uma "identidade" amazônica. 

No campo da sociologia da cultura, Fábio observa como artistas e intelectuais de Belém procuraram demarcar o espaço do é essa "identidade" ou essa "cultura", num esforço que estabeleceu códigos de significação, formas de controle do discurso, comportamentos e hábitos de consumo cultural. 

“... se não é possível historiar o presente, será possível, certamente, observá-lo e, talvez, intuí-lo. Por intuí- lo pode-se dizer vivenciá-lo, constituí-lo enquanto experiência sensível. Narrá-lo. É nesse sentido que a sociologia compreensiva e fenomenológica que vislumbro converte-se, ainda, numa prática etnográfica: narrar o que nos submerge, resgatando a compreensão – e a intuição – de um todo ainda complexo”, disse em seu blog. 

A perspectiva adotada é a da crítica a toda forma patrimonialista e essencialista da identidade. Parte-se do debate sobre a tipificação dos conhecimentos identitários para interpretar como, no fundo, toda identidade é uma questão que se põe, sempre, politicamente: como a afirmação de um próprio diante do avanço de um outro. 

(com informações dos blogs do autor)

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