O primeiro CD com certeza a gente nunca esquece. Com uma carreira recente, o jovem músico Lucas Guimarães, vindo de Abaetetuba para Belém, com este firme propósito, de investir na carreira e lançar um disco, conta aqui no Holofote Virtual um pouco mais sobre sua trajetória e sobre o disco "Caliandares", que ele lança, neste sábado, 13, às 18h, no Sesc Boulevard.
Ele vai se dividir em três momentos, neste sábado, quando a cidade fervilha em sua primeira Virada Cultural. Toca agora de tarde na loja Na Figueredo e à noite, com o Les Rita Pavone, no palco da praça da Bandeira. O show mais importante, pode-se dizer, porém, será o do Sesc Boulevard, onde ele lança oficialmente o primeiro CD de sua carreira.
Com produção musical de Léo Chermont e do próprio Lucas Guimarães, “Caliandares” vem sendo maturado há meses para este lançamento. O nome do disco faz alusão ao barco que, na década de 1970, era o principal meio de transporte de cargas e passageiros que vinham do município de Abaetetuba para Belém. A relação com o interior foi o elemento que, desde o primeiro momento, atribuiu um caráter peculiar às composições de Lucas, agregando lirismo e doçura à sonoridade do músico.
“Para mim, a minha música é o meu Caliandares que, da beira do rio, desatraca. É onde subo só, navego rumo aos portos, procurando direitos e tortos, afim de multilar a solidão e apreciar os sentimentos”, diz.
Lucas inicia sua carreira em 2011, o lançamento da demo/disco “1930”, e conta com uma trajetória de apresentações no projeto “Esquentando a Fita”, da galeria Gotazkaen (julho de 2012); participação no Programa Protótipo, da TV e Rádio Cultura (2013/2014), duas apresentações no Espaço Cultural Casa Dirigível (out/2013 e Mar/2014, Fev/2014), além da participação do show “Três para Quatro”, do coletivo Sãodiponte, no Teatro Waldemar Henrique (2014).
Mais recentemente, Lucas foi atração do projeto Ensaio Aberto, da loja Na Figueiredo (maio de 2014), espaço em que também tocará hoje à tarde, pela Virada Cultural. O moço, de 25 anos, também esteve realizando uma pequena turnê pelo sudeste, este ano, chegando a São Paulo e Rio de Janeiro. Na entrevista abaixo, ele revela mais detalhes da trajetória.
Holofote Virtual: É uma ousadia chegar na cena e já de cara, lançar um CD. Como você tem pensado isso e quais as expectativas de mostrar teu trabalho, num lançamento oficial do CD?
Lucas Guimarães: A maioria das pessoas preferem lançar EP e depois o disco eu não acho que isso é uma regra, costumo dizer que sou mais compositor que um cantor ou musico então quero mostrar as musicas que faço, foi até um processo de certa forma ruim ter que escolher só dez musicas.
Em relação ao show de lançamento do disco eu espero levar felicidade as pessoas e ser feliz também o Caliandares tem como objetivo mostrar que apesar de todos os problemas da vida nós podemos viver com leveza.
Holofote Virtual: Você já vem se apresentando em Belém e, mais recentemente, fez aparições em São Paulo. Como é esta trajetória de tocar em Belém e como foi a experiência paulista?
Lucas Guimarães: Em Belém toquei bastante esse ano e em vários locais. Em São Paulo foi massa, toquei em uma casa de jazz o “Jazz B”, tive uma experiência muito energética quando toquei no apartamento do Neto Rocha, da banda o Campo e a Cidade, e fiz um show no Puxadinho da Praça, em um projeto de bandas novas, o “Festival Irrigavalle Garagem”.
O público me recebeu bem e comenta sempre sobre o fato de tocar só e gravar os arranjos ao vivo, um tipo de mono banda. E toquei no Rio de Janeiro também, em um projeto chamado “Fixos e Fluxos”, que rola em um bar na Lapa chamado Cabaret.
Holofote Virtual: Está bem mais "fácil" de produzir, hoje, um disco, embora isso ainda tenha um custo financeiro, muitas vezes pesado dependendo do apoio que você possui. Este disco é um investimento próprio, e você tem tido uma produção bem legal, lançou site, tem uma identidade visual, enfim, vamos falar dessa concepção do trabalho.
Lucas Guimarães: Fácil não é, mas quando queremos muito uma coisa... Eu vendi algumas coisas em Abaetetuba pra gravar o disco, porém sou um rapaz de sorte por que ao longo desse ano em que moro aqui conheci muita gente que me adotou e aposta no que faço, como a Três Produção Cultura Comunicação, que vem me produzindo.
Tem o Starlone Sousa, que fez as ilustrações do disco, e a Raíssa Araújo, que faz o site, além do Pedro Tobias, que faz as fotos, a Dani Franco, que faz minha assessoria de imprensa e a Tainah Fagundes, que coordena tudo, além do Anderson Alcantara (back), que me ajuda em tudo. Essas são algumas, das pessoas que eu tive sorte de conhecer e que me adotaram.
Holofote Virtual: Tocas sozinho, com o apoio de uma parafernália eletrônica. Como surge este trabalho, neste formato?
Lucas Guimarães: Eu faço música por vício e prazer e não tem um jeito que gosto de fazer ou um estilo preferido, no Caliandares quis colocar músicas com temas diferentes que remetessem tudo de bom e ruim que a vida pode proporcionar. Há músicas tristes, felizes, mas tudo com leveza da forma que gosto de levar a vida.
Holofote Virtual: Que parcerias você vem estabelecendo?
Lucas Guimarães: No disco, as composicões são todas minhas. Além do meu projeto solo, faço parte também da banda Les Rita Pavone, mas em parceiros de escrita tenho uma afinação com o Mateus Moura, com o Back, e recentemente tem uma parceria espiritual e de ideologia com a Da Tribu (acessórios/moda).
Holofote Virtual: Vais tocar no Na Figueredo, pela Virada Cultural, e lançar o disco no Sesc. Tudo no sábado... Preparado?
Lucas Guimarães: Ainda tem o show com Les Rita Pavone, no mesmo dia, também na Virada, abrindo o palco da Praça da Bandeira. Estou sempre pronto pra ser feliz, não tenho por que reclamar do que me faz bem. Quero mais dias assim.
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