12.4.20

Briquedonautas está no ar na TV Cultura do Pará

Em tempos de Pandemia tem muita Live e dicas bacanas para você curtir on line, mas na televisão também está rolando algo interessante para distrair toda a família, mas principalmente, as crianças. Estreou na semana passada, no canal 2.1 da TV Cultura do Pará, a série "Brinquedonautas", que segue em exibição segunda a sexta, sempre às 18h. São 13 episódios de 7 minutos, produzidos pelo Iluminuras Estúdio de Animação, de Belém do Pará.

A animação apresenta um grupo de cinco crianças que viaja pelo mundo, para conhecer brinquedos e brincadeiras, a bordo de um fantástico Zeppelim que também é uma brinquedoteca ambulante. Por onde passam, os personagens se encontram com outras crianças, aprendem com elas novas e divertidas maneiras de brincar, descobrem novos brinquedos, resolvem problemas e conhecem diferentes visões de mundo com muita aventura e diversão.  Selecionada pelo edital de financiamento Prodav 08 – 2015 - Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro, que investe na produção de conteúdos para Tvs públicas, comunitárias e universitárias, a obra contou com recursos públicos geridos pela ANCINE.

Nesta primeira temporada, os Brinquedonautas viajam por vários lugares da Amazônia. Os animadores nos levam então a conhecer, junto com eles, os brinquedos de miriti, em Abaetetuba; o Boi de Máscara, em São Caetano de Odivelas, o carnaval no mangue, em Curuçá, no Pará; além dos piões de babaçu, em Camiranga, uma comunidade Quilombola, que fica na fronteira com o Maranhão. Passam ainda por Cabanas, numa aldeia Ashaninka, situada no Acre; as Pipas em Boa Vista (RR), o Marabaixo, em Mazagão (AP) e as fantasias de folhas, numa aldeia Tembé, dentre outras brincadeiras em diferentes localidades da região norte do Brasil.

“Nas temporadas seguintes o zepelim viajará por outros lugares do Brasil e da América Latina, mas nessa primeira temporada a gente decidiu mostrar algumas brincadeiras da Amazônia, encontrando crianças indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras que vivem em grandes e pequenas cidades da região", ressalta Andrei Miralha, um dos diretores da série. “Cada personagem, possui uma relação diferente com os brinquedos e brincadeiras, além de colocar em foco a inclusão social por meio de personagens que apresentam necessidades especiais”, explica.

No episódio que enfatiza Belém, algumas crianças brincam de jogar peteca na Praça do Carmo, quando veem enormes bolhas de sabão voando pelos céus. Uma das crianças aponta o dedo para cima e grita empolgado "Olha, são os Brinquedonautas!". De um fantástico Zeppelim que paira  no céu, as crianças descem magicamente, dentro de enormes bolhas de sabão. No chão, elas se encontram e conversam. "De onde eu vim, essa brincadeira a gente chama de bolinha de gude", diz uma delas. 

A inspiração para a série veio de uma antiga iniciativa que existia em vários bairros de Belém, as "ruas de lazer", uma prática sócio-cultural dos anos 80 e 90, quando algumas ruas eram fechadas dando vazão a uma série de brincadeiras. Era super divertido, com diversos jogos, brinquedos, competições, desafios e brincadeiras voltadas para crianças, mas que envolviam toda a comunidade. 

“O brincar as aproxima e pode ser o elo para construir admiração mútua e interação entre elas. Ainda que brinquem de múltiplas maneiras diferentes, o ato de brincar é universal, e um caminho para construir desde a infância o tão necessário respeito à diversidade”, afirma Petronio Medeiros, que também assina a direção e produção da série. Ele também assina o roteiro, junto com David Matos,  Rita Careli, Petronio Medeiros, Andrei Miralha e Marcus Vinícius de Oliveira. Os Storyboards, de Otoniel Oliveira, Ty Silva, Tiago Ribeiro, Andrei Miralha, Adriana Abreu, Arthur Braga, Mário Aires e Alexandre Coelho.

Outra coisa muito bacana e bem pensada pelos produtores da série, foi a trilha sonora. Cada episódio traz um clipe musical da brincadeira apresentada e todas as canções, arranjos e trilha sonora foram criadas pelo músico André Moura, inspirados nas referências culturais do local visitado pelos BRINQUEDONAUTAS. Para o episódio que se passa em Mazagão, no estado do Amapá, por exemplo, ouve-se as referências do Marabaixo, um ritmo musical com dança, típico daquele lugar. 

Produção é 100% paraense 

Produzido em Belém, com uma equipe multicultural, a série é assinada pelo Iluminuras Estúdio de Animação, que contou com a participação de mais de 50 profissionais, entre roteiristas, animadores, ilustradores, dubladoras, editores, músico, storyboarders, produtores, etc.

“O estúdio contou tanto com profissionais experientes quanto formou profissionais novos, que hoje estão aptos para trabalhar no mercado de animação em qualquer parte do mundo”, diz Otoniel Oliveira.  Dentre os profissionais experientes, destaca-se o ilustrador Fernando Carvalho, que desenvolveu a maioria das ilustrações digitais para os cenários que realiza um trabalho de qualidade internacional. Igor Alencar, que trabalhou como assistente de ilustração no projeto anterior, nessa nova produção, assumiu os desenhos conceituais dos personagens secundários e objetos de cena, além de outras ilustrações para a série.

Dentre os 10 animadores, a maioria obteve formação no próprio Iluminuras. Cinco deles já faziam parte da equipe principal da série Icamiabas na Cidade Amazônia, outro trabalho que encantou o público.  Arthur Braga, um dos animadores, começou a animar nas oficinas do Laboratório de Animação do Curro Velho antes de trabalhar profissionalmente no estúdio como animador.

Gizandro Santos, que começou a fazer animação dentro do Iluminuras, foi animador da Icamiabas, e nos Brinquedonautas passou a exercer a função de Gerente de Animação. “O processo de aprendizado é constante, a equipe vai evoluindo a cada novo projeto, ficamos muito felizes com a evolução de cada um, e principalmente em colaborar na formação de novos profissionais para área e no desenvolvimento do mercado de animação no Pará através desses projetos”, destaca Andrei Miralha.

Dica
Para acompanhar as novidades da série e conhecer mais sobre o trabalho dos animadores, acesse a página @iluminuras no Facebook.

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