16.4.20

MIS-SP oferece conteúdos on Line para todo o país

Nesta pandemia, o público vem tendo acesso a coisas que até poderiam ter sido disponibilizadas antes, mas que apenas com a necessidade de (re)existir, diante do isolamento social, vieram à tona mostrando o quanto de potencial estávamos deixando de explorar com a tecnologia. A campanha MisEmCasa, do Museu da Imagem e do Som de São Paulo, é um exemplo que faço questão de destacar aqui no blog.

A programação já vem rolando há uns dias, trazendo conteúdos em diferentes formatos em todas as plataformas digitais do MIS-SP. A ação, realizada em conjunto com o #Culturaemcasa, é desenvolvida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, par atender as orientações do Centro de Contingência do Covid-19 , determinada a partir de 17 de março. 

Nesta sexta-feira, 17, o público pode conferir conteúdos inéditos da exposição John Lennon em Nova York por Bob Gruen (inaugurada em 13 de março de 2020), que apresenta pílulas em vídeo com bastidores e curiosidades sobre a mostra. Em um vídeo, o curador da exposição, Ricardo Alexandre, fala ao público detalhes sobre o forte impacto da morte do astro em Nova York, vítima de assassinato.

Já no sábado, 18, fique atento. A quarta edição do Pontos MIS – bate-papo de Cinema, vai apresentar uma sessão de cinema online do longa nacional Meu amigo hindu, última obra de Hector Babenco, lançada em 2016. 

Para assistir, é preciso que se inscrever, há apenas 100 vagas disponíveis. Em seguida, haverá uma conversa, ao vivo, no canal do MIS no YouTube, com a atriz, diretora e produtora Bárbara Paz, que comenta sua atuação no filme, e com o pesquisador e crítico de cinema Cássio Starling Carlos.

No domingo, 19, O MisEmCasa traz mostra de curtas e média-metragens brasileiros produzidos entre os anos de 1980 e 1990 e que pertencem ao Acervo MIS.Serão mostradas obras provenientes do Prêmio Estímulo, ferramenta criada em 1968 pelo Governo do Estado de São Paulo com o objetivo de fomentar o surgimento de novos realizadores de cinema.

Os filmes dessa programação são versões digitalizadas de obras produzidas nos formatos 35mm e também 16mm. Estão programados: A matadeira (Dir. Jorge Furtado, Brasil, 1994, 15 min, 12 anos, ficção, colorido); O outro lado da lua (Dir. Francisco Magaldi, Brasil, 1983, 36 min, 12 anos, ficção/documentário, colorido); e Amor (Dir. José Roberto Torero, Brasil, 1994, 14 min, 10 anos, ficção, colorido)

Também no domingo, 19, tem CineCiência, tradicional programa mensal do MIS, que em sua versão on line vai discutir o filme Blade Runner, o caçador de androides, clássica ficção científica dirigida por Ridley Scott em 1982, a partir do romance de Philip K. Dick. O bate papo ao vivo será com a socióloga da cultura Laura Trachtenberg Hauser e o físico Dr. Luis Carlos Meneses, com mediação do Dr. José Luiz Goldfarb, coordenador do programa, a partir das 17h, ao vivo, no canal do MIS no YouTube. A dica é que você veja o filme, que está dispon;ivel em diversas plataformas de streaming (Netflix, Google Play, Apple TV, Microsoft e Looke), para aproveitar mais a live.

MIS-PA – Acessando a essa programação do museu paulista, não pude deixar de pensar no Museu da Imagem e Som do Pará, que poderia também trazer aos paraenses e para todo o país, suas pérolas, ah, quem dera. Recentemente fiz uma matéria lá, conversei com o cineasta Januário Guedes, atual diretor, e alguns dos mais antigos funcionários do Museu. 

Publicada na Revista Circular Digital, a reportagem desbrava seu acervo e também as dificuldades encontradas pela atual gestão e até que trouxe boa notícia, como a transferência física do MIS para um dos prédios que integram o complexo do Palacete Faciola, que está (ou estava) em obras. A pandemia, porém, vai mais uma vez paralisar um processo e por sua vez o sonho de que a nossa memória audiovisual tivesse uma morada pra chamar de sua. Oremos!

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