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Em dezembro de 2013, mais exatamente, no dia 4, era realizada a primeira edição do Circular Campina Cidade Velha. Eu ainda não estava no projeto, no qual entrei no início de 2015, apenas, mas publiquei aqui o material recebido de minha colega, a jornalista Dominik Giusti. Na ocasião lembro ter escrito no blog que o passeio pelo centro histórico de Belém naquele final de semana, poderia ficar mais interessante, graças a parceria entre seis espaços dedicados à arte e situados no entorno dos bairros da Campina e Cidade Velha: Kamara Kó Galeria, Atelier do Porto, Galeria Gotazkaen, Elf Galeria, Espaço Oficina Assim e a Associação Fotoativa.
Ao invés de ficar cada um no seu quadrado, a ideia era chamar, de forma coletiva o público para conhecer os ambientes culturais existentes nos bairros históricos. Na época, Makiko Akao, uma das idealizadoras e a primeira coordenadora, assumindo o projeto até 2017, explicava na imprensa que a ideia era, não só “valorizar a área histórica, estimulando sua melhor apropriação e utilização das estruturas e edificações ali existentes, subutilizadas, como também a criação e fortalecimento de negócios culturais e associados”.
E gosto de ser hoje testemunha de que tudo isso que ela disse lá em 2013, foi se concretizando a cada ano, contaminando outras pessoas, agregando parcerias, nos encantando a cada edição. Nestes sete anos de atuação no projeto tenho inúmeras memórias mas se me pedem para citar uma é impossível não lembrar do que foi a edição especial de 2016, comemorando os 400 anos de Belém. E essa foi apenas uma das coisas surpreendenres que o projeto tem trazido à cidade.
Memórias, desafios e continuidade de gestão
Janeiro de 2016. O Circular trouxe a Marujada para Belém - 400 anos. Viva São Benedito! Foto: Irene Almeida |
Makiko Akao me chamou, em 2015, para um café no charmoso quintal da Kamara Kó e me convidou para assumir a coordenação de comunicação do projeto, com o desafio de projetar o Circular na cidade por meio da imprensa, fazendo com que a informação e o convite chegasse à população mas que também, ao mesmo tempo, colocasse em pauta as principais metas do projeto em relação à área que ele ocupa na cidade, uma área histórica, patrimonial e, para nossa tristeza, esquecida.
Reunião no Mercedários/UFPA com o Reitor Emmanuel Tourinho - 2018 Foto: Cláudio Ferreira/Otávio Henriques |
Todas as edições do Circular passaram a ser registradas, não só por fotografias, na época sob o comando de Irene Almeida e também Marcelo Lélis, mas também com imagens, a partir da entrada da parceria com a Macieira Filmes em 2016, e depois, da Aruana Filmes, em 2017. No final deste ano, tudo isso se tornou o nossos primeiro documentário “Experiências, encontros e afeto no centro histórico de Belém”. Também entrou no projeto trazendo reforço na produção, Yorranna Oliveira, jornalista, produtora e hoje, já fora do Circular, se dedicando a sua vida acadêmica e ao ensino, como professora.
A realização do documentário, as edições da revista Digital e o volume cada vez maior de pessoas, parceiros e projetos participantes, envolvendo a comunidade, como no Porto do Sal, foram fundamentais para que no ano seguinte, em 2018, o Circular fosse um dos vencedores do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Material.
Fotoativa, em uma das edições antes da pandemia Foto: Otávio Henriques - 2019 |
Tínhamos agregado à equipe de comunicação o produtor audiovisual Felipe Cortez e o editor de vídeo Felipe Negidio, além do jornalista Wanderson Lobato e os fotógrafos Otávio Henriques e Cláudio Ferreira. O nosso desafio também tinha aumentado com a adesão de novos espaços à rede que se configura hoje. Chegamos a quase 50 espaços abertos nos domingos do Circular, até antes da pandemia.
Entre os desafios da gestão de Tamara Saré estava, ainda, a realização do nosso primeiro Ciclo de Ações Educativas e também do Mapa do Afeto Cidade Velha, lançado de forma digital em 2020 e presencial, este ano, já no biênio de gestão da jornalista Adelaide Oliveira, que sempre foi uma apaixonada e entusiasta do Circular Campina Cidade Velha. Em 2019, lançamos também o segundo documentário.
Pandemia: reviravolta e grandes aprendizados
Ação do Mapa do Afeto na República Emaús - 2021 Foto: Cláudio Ferreira |
Este ano também foi aprovado projeto na lei Aldir Blanc que possibilitou o lançamento presencial do Livro Mapa do Afeto, num evento que tomou a praça das Mercês em agosto, com shows, exposição e roda de conversa, além de uma incursão da equipe envolvida no espaço do Movimento República de Emaús. Em resumo iniciamos este ano nas plataformas digitais, em junho seis espaços resolveram abrir, trazendo aquele gostinho de quero mais nas próximas edições.
Em resumo, das cinco edições pautadas a cada ano, foram realizadas uma edição totalmente digital, duas edições híbridas e agora, nos despedimos do ano, chegando à 38ª, de forma totalmente e presencial, com 26 espaços abrindo suas portas. A programação está variada, colorida e afetuosa. O App está imperdível e é só o começo do que ele ainda virá a ser em 2022. O Circular hoje discute sua migração para um formato de associação cultural sem fins lucrativos, com CNPJ próprio. Até aqui trabalhou-se em parceria, primeiro com a Kamara Kó, e depois com a Associação Amigos de Belém, para acessar políticas públicas para a sustentação do projeto.
Mapa Circular - Centro HIstórico 2a edição - 2018 Foto: Otávio Henriques |
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Instagram: https://www.instagram.com/circularcampinacidadevelha/
Youtube para a live dos 8 anos: https://www.youtube.com/watch?v=IlijwTLQBqo
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