29.12.21

Marcelo Pyrull: disco solo sob a luz do modernimo

“AC DC – Antes da Chuva, Depois da Chuva” é o primeiro disco solo do guitarrista Marcelo “Pyrull”. Produzido sob a influência do movimento Modernista brasileiro, sua pluralidade estética antropofágica ressoa por meio da guitarra e do violão. O álbum foi realizado com apoio do prêmio de música da lei Aldir Blanc, gravado no Studio Z, com participação da banda Jardim Percussivo. 

 

As músicas já podem ser ouvidas no canal de Youtube do artista e em janeiro em todas as demais plataformas de streaming. O lançamento do CD físico será em fevereiro, comemorando o centenário da Semana de Arte Moderna.


São oito composições, todas instrumentais, trazendo ritmos amazônicos sob a influência do modernismo. Tal estética em AC DC, porém, extrapola a linguagem da música e a referência antropofágica do disco passa também está em sua identidade visual, na arte do projeto AC DC, assinada pelo artista visual AndSantos, cujos traços se remetem ao Odivelismo, movimento criado por ele para expressar a particularidade da cultura popular de São Caetano de Odivelas, município situado na região nordeste paraense. O projeto gráfico do projeto, aliás, coube à artista visual Carol Abreu. 

No encarte da obra física, cada música recebeu uma sinopse. Algumas, um subtítulo. “Antes da Chuva” (Paracuri), por exemplo, lembra o mormaço antes da chuva chegar. E o subtítulo se reporta à arte da cerâmica, por meio da poética onomatopaica de seu motivo melódico. Já em “Pra Saci Pular” (Asfalto Quente) se entrelaçam dois gêneros tradicionais da africanidade presentes na Amazônia: o samba e o merengue. Enquanto “No Meio do Mundo” (Guardiões do Marabaixo) reflete o impacto sonoro sentido por Marcelo, quando visitou as terras do Quilombo de Curiaú, no Amapá, em 2003.

Há músicas dedicadas a dois grandes nomes da cultura brasileira ligados na Amazonia ao movimento modernista, ou influenciados por essa estética. “Dança da Chuva”, que não traz um subtítulo, é dedicada ao violonista Sebastião Tapajós, falecido em outubro de 2021. E "Boi Bumbá", a última faixa do disco, de Waldemar Henrique, uma homenagem ao saudoso maestro, artista representante da terceira geração do movimento modernista. 

O álbum traz ainda “Um Dia Qualquer”, alusão ao filme do cineasta Líbero Luxardo; “Mirasselvas”, que lembra viagens da infância do músico com seus pais pelos trilhos da antiga Estrada de Ferro Belém-Bragança; e “Chuva” é uma dádiva poética ofertada à banda Mosaico de Ravena, pelo compositor Ronaldo Silva. 

ENTREVISTA AC DC - MARCELO PYRULL

Marcelo Pyrull: disco em formato virtual e físico
Foto: Eunice Pinto

Guitarrista do Mosaico de Ravena, grupo que marcou uma época em Belém, e atua desde os anos 1990 no Arraial do Pavulagem, Marcelo Pyrulltem formação técnica em violão, guitarra, regência e é bacharel em composição e arranjo pelo Instituto Estadual Carlos Gomes, Belém PA, onde cursa Regência. Pós-graduado em Musicoterapia, Trilha Sonora, Arranjo Musical, Ensino da Música, Metodologia do Ensino de Artes, é atualmente professor efetivo da Rede Municipal de Ensino de Ananindeua, onde leciona a disciplina Ensino das Artes e se dedica à pesquisa de metodologias artísticas musicais. Na entrevista a seguir, ele fala de suas influências do modernismo, da carreira e do disco, que considera uma atualização da carreira, além de revelar seus projetos para 2022.

 

Holofote Virtual: Como você entende esse momento profissional na tua vida e quais tuas expectativas?

Marcelo Pyrull: Talvez a palavra que defina meu espírito neste momento seja exatamente esta: expectativa. A Semana de Arte Moderna está prestes a completar cem anos e o AC DC é esse um álbum repleto de citações da estética modernista, cuja principais características foram o rompimento do modelo artístico tradicional, de cunho conservador e a valorização do que era mal visto ao longo do século IX que é a mestiçagem. 

É um momento muito importante não só na minha carreira de compositor, mas de pesquisador na área da arte educação e cultura, já que o álbum tem relação íntima com o movimento modernista brasileiro. Embora existam inúmeras pesquisas, teses e dissertações sobre a Semana de 22 e suas fases subsequentes, também existem lacunas à luz das questões contemporâneas, da questão da miscigenação brasileira como temática e marca do movimento, segundo especialistas. 

É um momento importante pela atualização da minha obra, que vai se expandindo para além das redes (rs). É o primeiro álbum solo. E agora são outros tempos, o mercado musical vive de streaming, talvez a época mais globalizada de todos os tempos, porém a mais democrática no sentido de que o streaming acabou com a guerra dos volumes, uma das premissas de “qualidade” da indústria cultural da fase anterior onde alguns segmentos mais populares e que masterizavam suas músicas com decibéis acima do padrão estabelecido pelas associações, no intuito de se obter atenção do ouvinte quando executadas. Isso é querer ganhar no grito! (rs). 

Portanto, participar desse “novo” nicho mercadológico é uma novidade para mim como artista solo,  porém, não muito diferente da época do LP independente, ou seja, da filosofia “faça você mesmo.” Por outro lado, há um certo contraponto no teor da minha afirmação, de demorar tanto para gravar discos.

Holofote Virtual: Exatamente. Porque tanto tempo para chegares ao disco solo?

Marcelo Pyrull
Foto: Eunice Pinto
Marcelo Pyrull: Respiramos música, vivemos imersos, desde jovens, nessa energia sonora chamada música. Seja atuando em shows e espetáculos musicais ou atuando como pesquisador, seja na escola lecionando ou ainda com as demandas de obras comissionadas, que são peças produzidas sob encomenda. Então essas atividades demandam tempo e por isso acabam postergando qualquer registro de composições direcionadas ao mercado musical. 

A produção de música em partituras para fins artísticos e didáticos, a divulgação e armazenamento nas redes e nuvens supriam essa necessidade de expressão, de lançar um disco, que exige uma produção direcionada ao mercado, que envolve direção executiva, artística e marketing e que não era a minha vibe. 

No mais, a pandemia nos mostrou a nossa finitude. A qualquer momento, no auge da carreira e da produção, poderíamos partir sem deixar nenhum registro, um legado para os entes queridos, sem as ideias e perspectivas de perpetuar-se através da nossa expressão artística, nosso campo maior. Meu espírito iria ficar muito inquieto do outro lado se morresse sem registrar minhas primeiras composições, de orientação popular (rsrs). Isso me fez refletir e pesou na hora de decidir qual seria a estética do trabalho ao me inscrever no edital da Lei que leva o nome e o legado do grande poeta Aldir Blanc. Graças a Deus que fui contemplado.

Holofote Virtual: Você fez história com o Mosaico de Ravena, segue com o Pavulagem e participa de outros trabalhos, além de vir se preparando também na academia. Como isso tudo converge para este resultado em AC DC?

Marcelo Pyrull: Esse primeiro CD solo é uma convergência entre as práticas do jovem músico autodidata que dedilhava um violãozinho, a guitarra e o performer-compositor-arranjador de formação acadêmica, ou seja, o CD apresenta músicas compostas antes do conhecimento e depois do conhecimento AC DC  (rs), a partir da retomada do curso técnico em violão clássico em 2003, que eu havia abandonado durante a década de 90, e recentemente, após a formação no bacharelado em composição e arranjo. 

Apresento neste disco músicas cujos temas melódicos foram compostos na época do Mosaico e do Pavulagem que quis retomar por ter relação com o modernismo brasileiro. Algumas músicas foram compostas utilizando a metodologia mão na massa, ou seja tocar, improvisar e experimentar estruturas harmônicas principalmente por dias para se obter o resultado esperado. 

Outras foram produzidas utilizando técnicas de composição, escritas diretamente na pauta, sem o instrumento, usando lápis e borracha apenas e depois repassadas para computador através de softwares de editoração de partitura. Isso é composição, ou seja, visualidade a serviço da sonoridade. Naquele tempo, utilizava um pequeno gravador de fita a fim de registrar as ideias musicais que surgiam. 

Um exemplo prático que distingue essas fases foi quando compus a introdução e a harmonização da canção Belém, Pará, Brasil, escrita e composta pelo Edmar da Rocha e interpretada pela banda Mosaico de Ravena, que é um pequeno estudo de harmonia para violão onde utilizo cordas soltas para extrair sonoridades impressionistas, etéreas, etc.. A introdução se encaixou perfeitamente na música a ponto de se tornar indissociável. Um exemplo das grandes coincidências da arte. Maktub... sei lá.

Holofote Virtual: Vamos falar das citações e relações mais diretas no modernismo nesse trabalho. Como isso está explícito no disco?

Foto: Eunice Pinto
Marcelo Pyrull: Neste disco solo a  pluralidade da estética modernista ressoa através de dois instrumentos de minha predileção: a guitarra e o violão, envolvendo sonoridades quentes e frias, que transpiram escaldante calor e inspiram intimista quietude. Os timbres quentes da guitarra (AC) e frios do violão (DC) emanam das oito composições instrumentais, repletas de citações das propostas modernistas que retratam a simbólica relação deste caboclo compositor com o indefectível ciclo do verão e inverno amazônicos, sobre a sombra do movimento modernista, do Movimento Antropofágico, que influenciou todos os outros movimentos futuros. 

O álbum está repleto desses respingos modernos, da formação do povo brasileiro, da mestiçagem, que é a grande marca dos modernistas. O movimento modernista se apropria dessa brasilidade para conceituar e estruturar sua arte moderna numa via de mão dupla, dialógica. Cada música tem um escopo e sua correspondência com os signos, símbolos  da Amazônia modernista. 

Na música “Um Dia Qualquer”, em homenagem ao cineasta paulista Líbero Luxardo, que é modernista, porque seu cinema tem influências do Cinema Novo, traço uma conversa entre duas guitarras nos moldes do “Choros Número 2”, de Villa-Lobos, que retrata um diálogo estético entre flauta e clarinete, instrumentos que representam a moda de viola e o choro, abrangendo dois centros tonais diferentes. 

Na parte acústica, “Depois da Chuva”, a relação é com o Trenzinho Caipira, através da faixa “Mirasselvas”, que retrata uma viagem de trem pela antiga Estrada de Ferro Belém-Bragança, hoje a Rota Turística, entretanto, as comparações param por aí.  “Um Dia Qualquer'' é música popular, no sentido de ser agradável ao ouvido, uma marca sonora do Sistema Tonal sistematizado por Bach há mais de quinhentos anos e não música moderna, de pouco mais de cem anos. Costumo chamar a música de Villa de chocante quando estou lecionando, música intocável nas grades de programações das rádios comerciais (rsrs).  

Holofote Virtual: Essa influência modernista sempre esteve presente na tua trajetória?

Com o Jardim Percussão no Studio Z
Foto do Instagram de Marcelo Pyrull
Marcelo Pyrull: Sim. A música “O Sumiço do Muiraquitã”, por exemplo, fiz inspirado no livro Macunaíma de Mário de Andrade, que trata simbolicamente do sumiço da identidade brasileira. A obra retrata o sumiço do muiraquitã, o amuleto perdido por Macunaíma e a saga para recuperá-lo. Coincidentemente à época da composição havia sumido um milenar Muiraquitã de um museu aqui de Belém. Serviu como trilha sonora para a história. Essa música não está neste primeiro álbum, ela entrará no segundo volume.  Com ela fui ranqueado no II Festival Cultura de Música, realizado em 2011, na categoria Melhor Intérprete Instrumental.

O modernismo sempre foi o farol dos importantes movimentos culturais brasileiros.  Nos primórdios foi a cultura popular que influenciou a arte modernista e não o contrário, embora o movimento tenha determinado caminhos, apontando direcionamentos, como a invenção da Bossa Nova, o Tropicalismo, quando os líderes do movimento se espelharam no Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, o mais demolidor dos Modernistas, para produzir suas obras.

Aqui no Pará encontramos a influência do Modernismo na primeira fase do Carimbó, quando Pinduca eletrifica o gênero e também na segunda fase, quando ele (carimbó) ressurge em trabalhos de autores como Ronaldo Silva, César Escócio e demais compositores dessa fase, também na canção “Belém Pará Brasil” do Mosaico e no próprio Pinduca quando re-grava “Esse Rio é minha Rua”, de Paulo André e Rui Barata. É necessário ressaltar que o AC DC não é um disco de música moderna no sentido erudito, mas um álbum recheado de menções ao modernismo, da essência, da inspiração e influências modernistas, de orientação popular.  

Sempre fui diletante, um entusiasta da história da arte e na faculdade de música nos debruçamos sobre a disciplina. Lembro que participei, como ouvinte, de uma conferência sobre  o Modernismo, com a participação do maestro Waldemar Henrique e de outros intelectuais nos idos de 90, que foi a primeira fagulha, o despertar para as artes brasileiras, para a música praticada na Amazônia etc. Desde jovem gostava de ouvir o compositor Heitor Villa-Lobos, o Índio de Casaca, como Menotti Del Picchia o apelidou. Voltei a frequentar o Conservatório por sua musicalidade, por sua sonoridade de inspiração social, do morro, do sertão, da floresta que permeiam suas obras, seja para violão, camerística ou sinfônica.

Holofote Virtual: A música sempre foi a sua primeira escolha?

Marcelo Pyrull: Meu primeiro vestibular foi para o curso de Comunicação na Ufpa, que acabei desistindo para focar no desenvolvimento técnico da guitarra quando entrei na banda Mosaico de Ravena em 1987. Os músicos sabem bem, que requer muito tempo de estudo e prática. Concomitantemente a dedicação à guitarra e ao violão, frequentei um curso livre de Filosofia Clássica, mas foi através do convívio com os amigos do Mosaico e por influência do Leg, compositor, letrista e tecladista do Mosaico, neto do grande escritor, saudoso Ildefonso Guimarães, pelos quais tenho enorme apreço, que me direcionei aos estudos musicais formais. 

De manhã cabulava algumas aulas no colégio Ideal para frequentar a residência do escritor Ildefonso Guimarães, uma verdadeira faculdade de letras. Os cômodos da casa, situada no bairro da Cidade Velha, eram verdadeiras bibliotecas. Nunca frequentei uma casa com tantos livros. Todos organizados em estantes etc. Sou um felizardo por folhear livros raros e neles me deparar com autógrafos como os do casal de filósofos Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, por exemplo. 

Na literatura me identifico com o realismo fantástico e romance principalmente, talvez pelas questões sociais próprias da linguagem. Gabriel Garcia Marques, Milton Hatoum, Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa, o próprio Ildefonso Guimarães, Dias Recurvos e Senda Bruta são referências, lia muita literatura paraense, Bruno de Menezes e Dalcídio Jurandir, os “modernistas paraenses''. Nunca encontrei em um livro uma alegoria literária, uma imagética modernista tão profunda quanto em “Chove nos Campos de Cachoeira”. É impressionante!  Encontra-se na passagem sobre a alcova do casebre de Irene quando Dalcídio descreve Eutanázio taciturno apreciando um calendário com a foto da Estátua da Liberdade e a Ilha de Manhattan ao fundo. Arrebatador. Fruição total.

Holofote Virtual: AC DC é música, cultura popular, literatura e também artes visuais. 

Com Wesley Jardim
Foto do Instagram de Marcelo Pyrull
Marcelo Pyrul: Sim. Transitando entre luminosidade e amenidade, as composições desvelam as singularidades estéticas do Odivelismo, arte grafismo concebido pelo artista visual AndSantos, inspirado nos costumes do povo do interior, como você pode vislumbrar nas ilustrações do projeto gráfico. AndSantos é criador do Odivelismo. Há uma sinopse de cada faixa relacionada à música para o ouvinte ler e se situar sobre a sua paisagem sonora condizente com a proposta do álbum. Aliás, o projeto gráfico produzido pela Carol Abreu é de uma beleza ímpar.

Convidei o AndSantos para criar as ilustrações da capa, contracapa e encarte por termos em comum a relação com a cultura popular. Me identifiquei enormemente pela sua arte após participar de uma das lives do grupo Arraial do Pavulagem. Em seguida nos encontramos para conversar, para eu conhecer seus processos criativos a fim de repassar aos meus alunos o conceito artístico do Odivelismo e o convidei para realizar as ilustrações sobre cada música do álbum. Nas rodas das nossas conversas, das quais outros artistas de diferentes linguagens fazem parte, consideramos a possibilidade da criação de um movimento artístico homônimo.

Holofote Virtual: Vai haver lançamento presencial e disco físico também em 2022, um ano em que você também tem já outros projetos previstos. Vamos falar desse futuro próximo. 

Marcelo Pyrull: 2022 é o ano de conclusão de alguns projetos e início de outros.  A ideia é terminar as gravações do AC DC II, a fim de circular com o show, participar de festivais etc.  Pretendo montar um case durante as apresentações que consistem em palestras sobre os processos criativos do disco e suas relações com o modernismo brasileiro em instituições e empresas.  

Também esperamos concluir o projeto “Anjos do Banjo”, pesquisa arte educativa, cujo foco são os mestres da cultura popular, artesãos que confeccionam e tocam o instrumento, mediadores entre os protagonistas do passado e da nova geração de banjoístas. Esta pesquisa resultará em um projeto educacional direcionado às escolas públicas e privadas, onde serão ministradas oficinas de Banjo e sensibilização da cultura popular amazônica. Em um site serão expostos, além das entrevistas e depoimentos, os instrumentos produzidos por esses mestres. Pretendo concluir minha terceira graduação em música, curso de bacharelado em “Regência De Bandas Sinfônicas”, terminar mais uma especialização, em Musicoterapia, antes de partir para o mestrado em composição. 

Além destas atividades, também pretendo participar de mostras de artes com uma instalação sonora, uma ideia interessante sobre a paisagem sonora ribeirinha, e produzir uma série de vídeos mappings sobre os temas transversais educacionais. A ideia é reunir alunos e a população em geral para prestigiarem as projeções em pontos estratégicos da cidade, espécie de aulas em espaços não formais. Para finalizar, apresentaremos aos gestores e empreendedores duas propostas de um projeto urbanístico para o embelezamento da nossa cidade, aproveitando que estamos na era das cidades inteligentes.

E também vem aí o segundo volume do AC DC. É que a princípio eram dezesseis músicas dessa produção digamos, anacrônica. Então decidi distribuir em dois volumes porque só 8 já excedem o formato EP, e não queria sobrecarregar o álbum. Portanto, a estratégia foi dividir em dois álbuns e duas partes: quatro músicas com guitarra e quatro com violão, o que caracteriza conceitualmente o AC DC. O lançamento do formato físico pretendo realizar shows em teatros como parte das comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna que acontecerão, acredito em Fevereiro de 2022.

AC DC - Antes da Chuva, Depois da Chuva

Ouça as faixas na playlist do músico:

https://youtube.com/playlist?list=PL7dvneozM2EfrSdC00BvBQYL8gneELSni

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Projeto realizado com o Prêmio de Música – Lei Aldir Blanc Pará, SECULT e Governo do Pará, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo e Governo Federal.

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