1.12.21

Tapajazz agora é um patrimônio cultural paraense

Tito Barata e Guilherme Taré
Foto: Sérgio Malcher

É isso mesmo, gente. O Tapajazz acaba de se tornar Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará, uma conquista regada a muito suor e dedicação. A notícia chega logo após a realização da 9ª edição do festival, em Alter do Chão, Santarém, que rendeu um grande Tributo ao violonista Sebastião Tapajós, patrono desta iniciativa e que nos deixou em 2 de outubro, mas que marcou presença com sua música!

“É uma vitória que não é só minha, mas de todos os paraenses, por terem um festival potente com edições anuais, feito por uma equipe  comprometida. Agradeço aos que vestem essa camisa, a equipe técnica, os artistas e os patrocinadores que acreditam na iniciativa”, disse o produtor Guilherme Taré, ao receber a notícia publicada no Diário Oficial do Estado, onde está a sanção do Governador Helder Barbalho.

O Tapajazz é um acontecimento, por receber artistas grandiosos, realizar atividades culturais e formativas, além de entretenimento à população. Há dois anos que Belém também recebe uma mostra especial, que já ganhou o palco do Teatro Waldemar Henrique, em 2020, e o do Teatro Margarida Schivasappa do Centur, em agosto de 2021. A magia, porém, é maior à beira do Tapajós, em Alter do Chão, lugar de beleza turística que tem despertado o interesse das pessoas em todo o país e também do exterior.  

No ano passado, a população de Santarém ficou privada da edição ao ar livre, mas pôde acompanhar as apresentações da capital, pela Internet. É que com a Pandemia, todas as edições do festival passaram a ser transmitidas pelo canal de Youtube do Tapajazz, e ficam ali disponíveis para quem e quando quiser, acessar shows como de Armandinho Macedo, Badi Assad, Amazônia Jazz Band, Márcio Jardim, Arismar do Espírito Santo, Ney Conceição, Andreson Dourado, só para citar algumas das atrações que estiveram recentemente em Alter do Chão, na 9ª edição. 

Também já passaram por lá, estrelas renomadas do jazz nacional, como Hermeto Paschoal, Hamilton de Holanda, Toninho Horta e Yamandu Costa, além de grandes nomes da música paraense, como o patrono o violonista e compositor Sebastião Tapajós, que nos deixou no dia 2 de outubro, mas que permanecerá sempre junto com sua música.

Sonho sonhado junto se torna realidade cultural em Santarém

Guilherme Taré foi o primeiro a acreditar, em Santarém, que o sonho de ter um grande festival de jazz na Amazônia, era possível. E um sonho só se torna realidade quando sonhado junto com muitas outras pessoas.  

“Tenho muitos agradecimentos a fazer hoje, e começo pela Deputada Marinor Brito (PSOL), que teve a sensibilidade como presidente da comissão de cultura da Assembleia Legislativa do Estado que apresentou o requerimento, que por sua vez passou por unanimidade na ALEPA”, diz o produtor e também músico percussionista.

A lista de agradecimentos, na verdade, é bem maior. “Quero agradecer também ao Deputado Chicão, que foi muito importante na condução de tudo, assim como o relator do projeto, e agradeço ainda a Secretária de Cultura do Estado, Ursula Vidal, que antes mesmo de estar titular da pasta, já apoiava esse projeto e agora não nos abandonou, mesmo nas horas mais difíceis”, comenta. 

Taré cita ainda o apoio incondicional do músico Alcides Alexandre Ferreira. “Esse cara é um irmão que eu tenho, aquele irmão que não é de sangue, mas uma escolha recíproca entre nós, ele sempre me acolheu nos momentos difíceis, fiquei muitas vezes em Belém, na casa dele”, continua Taré, que também traz na alma e no sangue a música, pois é percussionista que já ganhou o mundo ates de voltar ao Pará com a ideia de realizar um evento musical a altura das tradições que o município sempre teve em relação à música.  

Descontração. Artistas no meio do público.
Foto: Sérgio Malcher

“Esse momento é muito importante pra mim, sinto felicidade e gratidão. Posso até estar esquecendo de citar pessoas aqui nominalmente, mas quero que todos e todas saibam que estou agradecido. Aos meus parceiros daqui de Santarém e à toda comunidade de Alter do Chão, à Casa do Saulo e também ao Holofote Virtual, ao Dako que faz a sonorização de qualidade, à equipe de transmissão, ao jornalista Tito Barata que apresenta o evento, e a todos os músicos que participam, aceitam o convite e fazem o festival engrandecer mais ainda”.

Guilherme Taré, aliás, já está tramando coisas em sua mente criativa e musical. Ele espera que o Tapajazz seja cada vez mais itinerante, sem nunca, claro, deixar de ser realizado em sua casa. “Esse reconhecimento como patrimônio cultural de natureza imaterial do estado, nos possibilita agora ir mais longe, tendo a liberdade de trânsito por todo o Pará. Estou profundamente emocionado”, finaliza Taré, que já está pensando na edição de 2022, aguardemos! 

E sigam o @tapajazz que tem sempre novidades por lá! O Holofote Virtual se sente também feliz e honrado em fazer parte, desde 2020, desse projeto. Vida longa! 

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