18.10.24

Tecno Barca Bailique abre no Banco da Amazônia

Série Auto Retrato
De Elias dos Anjos
Foto: Ierê Papá
O Espaço Cultural Banco da Amazônia recebe em Belém,  a exposição Tecno Barca Bailique, que abre na terça, 22, com vernissage às 18h30, trazendo um panorama artístico que conecta memória, meio ambiente e tecnologia. Inspirado nas vivências das comunidades ribeirinhas do arquipélago do Bailique, no litoral do Amapá, além de obras em formatos diversos, o projeto também oferece oficina, visitas guiadas e mostra de filmes.

O projeto Tecno Barca Bailique foi contemplado pelo Edital de Pautas do Espaço Cultural Banco da Amazônia 2024. A mostra é composta opor  23 obras, entre fotografias, vídeos de arte e uma instalação sonora, que retratam uma década (2012-2022) de trocas socioculturais entre artistas brasileiros e estrangeiros e as populações locais daquela região. 

Para o Banco da Amazônia, "apoiar iniciativas como a da exposição representa o compromisso que a nossa instituição tem em fomentar a cultura e a arte da região. Além disso, reforçamos nosso papel de agente transformador social, colaborando para um desenvolvimento cultural e econômico da Amazônia", diz Luiz Lessa, presidente da instituição.

Dividida em três "ilhas" temáticas – Ilha das Imagens, Ilha Audiovisual e Ilha das Narrativas –, a exposição convida o público a imergir em diferentes perspectivas do Bailique, abordando desde memórias afetivas e sociais até questões socioambientais urgentes, como o impacto das terras caídas. Na ilha das imagens as fotografias exploram as memórias sociais, ambientais e emocionais do Bailique, capturando interações com humanos e não humanos. 

Já na ilha audiovisual, há vídeos que abordam as urgências socioambientais relatadas pelos moradores da região, como o fenômeno das terras caídas, além de experimentações sensoriais entre o Bailique e a cidade de Barcelona, na Espanha. E por fim, na ilha das narrativas, onde redes e rádios convidam a minutos de descanso, enquanto se ouve histórias e memórias regionais narradas pelos moradores do lugar.

Foto: Thales Lima
"As obras presentes na exposição trazem um Bailique e suas populações pelo olhar de artistas que viveram intensamente a realidade sócio ambiental e culturas desse recanto amazônico amapaense nos ultimos 10 anos. A exposição é uma oportunidade de fazer ecoar as vozes, imagens e urgências humanas da região frente aos desafios ambientais e climáticos que se agravam ano após ano", diz Wellington Dias, que coordena o projeto.

O arquipélago reúne comunidades que dependem da pesca, do extrativismo do açaí e da agricultura de subsistência e enfrentam desafios como a erosão costeira, conhecida como "terras caídas", que afeta suas moradias e áreas produtivas, além da infraestrutura precária, com acesso limitado a serviços de saúde e educação. Apesar das dificuldades, projetos de desenvolvimento sustentável e iniciativas culturais, como essa, vêm promovendo a valorização das tradições locais e soluções para melhorar as condições de vida na região.Amapá.

Mais ações

Oferendar-me (Releitura) - Obra de Napoleão
Guedes e Anderson Barroso - Foto: Dayane
Oliveira
Além da exposição, o projeto contará com uma programação complementar ao longo de novembro, que inclui visitas guiadas, a Mostra Cine Catraia – com filmes sobre a Amazônia seguidos de debates –, e um laboratório performativo que explora a relação entre corpo e espaço. As atividades trazem discussões sobre sustentabilidade, preservação ambiental e os desafios enfrentados pelas populações ribeirinhas da região.

Em outubro ainda haverá um laboratório performativo, com o ator e diretor Wellington Dias. Já em novembro, as visitas guiadas ocorrem de 6 a 28, com monitores que conduzirão os visitantes por um passeio de duas horas pela exposição, apresentando as obras e promovendo diálogos sobre as temáticas socioambientais e artísticas do Bailique.

De 14 a 21 de novembro é a vez da Mostra Cine Catraia, que exibirá filmes produzidos na Amazônia, seguidos de debates sobre questões como sustentabilidade, racismo e violência. A curadoria é de Rayane Penha, e os filmes selecionados incluem: Açaí (AP), Cabana (PA), E nós tínhamos água à vontade (AP), Encantes (AP) e Uma escola no Marajó (PA).

PROGRAMAÇÃO

Exposição Tecno Barca Bailique

De 22 de outubro a 20 de dezembro

Espaço Cultural Banco da Amazônia

Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

Av. Presidente Vargas, 800

Lab. Performativo Errâncias do Corpo/Espaço

Dia: 23 de outubro

Horário: 14h às 17h

Descrição: Um laboratório criativo com foco nas artes performativas, facilitado pelo ator e diretor Wellington Dias, para explorar o corpo e o espaço em diálogos sensoriais.

Visitas Guiadas

Dias: 06 e 28 de novembro

Horário: 14h30 às 16h30

Espaço Cultural Banco da Amazônia 

Av. Presidente Vargas, 800

Mostra Cine Catraia

Dias: 14 e 21 de novembro

Horário: 14h30 às 16h30

Local: Cine Dira Paes / Palacete Pinho

Rua São Boaventura – Cidade Velha

Filmes: Açaí (AP), Cabana (PA), E nós tínhamos água à vontade (AP), Encantes (AP) e Uma escola no Marajó (PA).

Serviço

Período da Exposição: 22 de outubro a 20 de dezembro de 2024

Horário: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

Local: Espaço Cultural Banco da Amazônia, Av. Presidente Vargas, 800, Belém-PA

Redes Sociais: Instagram (@tecnobarcabailique | @giramundoap) | Facebook (Tecno Barca)

Realização: Associação Gira Mundo (AP)

Este projeto é patrocinado pelo Banco da Amazônia, por meio do Edital de Pautas do Espaço Cultural Banco da Amazônia 2024.


Nenhum comentário: