Dançarina, compositora e cantora, reconhecida como a mais célebre cirandeira do Brasil, intitulada como Patrimônio Vivo do estado de Pernambuco, Maria Madalena Correia do Nascimento quando pisa no palco chama atenção por sua presença e personalidade forte, com 1,80 metros. No próximo dia 12 de janeiro, ela completa 79 anos vividos na ilha de Itamaracá, onde nasceu e onde começou a participar de rodas de ciranda com 12 anos de idade.
Após sua apresentação, estivemos com ela no camarim, onde mais uma vez ela nos ensinou sobre a ciranda da vida e do amor pela cultura. O vídeo está no meu Instagram (@holofote_virtual). O festival segue assertivo, em sua essência, ao escalar tal mestra para essa edição especial. Em 2017, tive a honra de conhecê-la pessoalmente e de apresentar a ela e seu grupo, ninguém menos que Mestre Vieira. Estávamos em Niterói para o Interculturalidades/Território das Artes (UFF/FUNARTE). Foi um poderoso encontro que presenciamos e ontem, espero tê-lo estendido pelas páginas do songbook que Lia levou em mãos.
Mistura de ritmos e cenas marcam o último dia
Focando no estilo rock/heavy metal, o Madame Santana surgiu em 2003, durante a composição da trilha sonora da montagem de Ubu – Uma Odisseia em Bundalele, espetáculo inspirado na obra de Alfred Jarry. Chegou a lançar, e chegou a lançar três álbuns, “O Tao do Caos” (2004), “Madame Saatan” (2007) e “Peixe Homem” (2011).
Até 2011, fizeram shows e participaram de diversos festivais em todo o Brasil, destacando-se na cena independente do Metal Nacional, até que em outubro de 2012, um acidente de trânsito que atingiu o baixista Ícaro Suzuki, muda também o destino do grupo.
Esse show especial e que tem clima de um possível retorno da badan é, portanto, plateia obrigatória para quem acompanha a história do rock paraense. Também estarão no palco deste domingo, Luedji Luna (BA), Flora Matos (DF), BK’ (RJ), MC Naninha (RJ), Surreal Crocodilo Arthur da Silva, Rawi (Santarém), Ogro Jazz Band (RJ), Filhos de Maiandeua (Maracanã), Victor Xamã (AM), Viviane Batidão, Reggaetown convida Negro Edi, Bruna BG e Bruno BO e Badsista (SP) completam a programação da noite.
“Já já a gente se encontra no Festival Psica. Convido a todos para a gente se encontrar e cantar as canções do ‘Bom Mesmo É Estar Debaixo d’Água’. Para mim é uma honra imensa fazer parte desse line-up, nesse festival que é capitaneado por pessoas amazônicas, pretas e periféricas do Norte”, vibra Luedji.
A programação do Festival Psica tem como objetivo valorizar a cultura amazônica e periférica de todo o país, dialogar sobre decolonialidade, a partir das cidades do interior e de suas manifestações culturais de resistência secular, e promover acesso à cultura. “São artistas que refletem as bandeiras que o Festival Psica levanta ao longo desses 10 anos como um movimento cultural de música periférica, preta e nortista”, explica Gerson Júnior, diretor e criador do Psica.
Veja também papo com a cantora e cirandeira, no instagram: https://www.instagram.com/reel/CmUjaP7joDh/?utm_source=ig_web_copy_link
Sobre a Psica Produções
O Psica, muito além de um festival multicultural, é um movimento artístico preto e periférico nascido na Amazônia que vem alcançando influência em todo o Brasil. A Psica Produções também é responsável por um selo, a Psica Gang, que reúne 17 artistas da música e das artes visuais e que este ano assinou contrato de distribuição musical com a Warner Music Brasil.
Serviço
Festival Psica 10 Anos. Local: Espaço Náutico Marine Club - Avenida Bernardo Sayão, Nº 5232 - Guamá. Mais informações @psicaproducoes
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