Neuber (Boa Vista - Roraima) |
O evento propõe uma experiência de turismo cultural, oferecendo vivências gastronômica, belezas naturais e o contato com a cultura local, por meio de seus moradores. Durante três dias o público vai transitar entres os municípios de Soure e Salvaterra, consumindo cultura popular e a música do norte do país.
Além dos paraenses, a programação traz um convidado especial, o artista Neuber Uchôa (RR), artista com dezenas de discos gravados, solo e em parceria, considerado um dos patrimônios vivos da música roraimense e amazônica, chegando a fazer de sua própria casa um centro cultural na cidade de Boa Vista.
De Belém, participam Allan Carvalho, Luizinho Lins (Icoaraci), Kleyton Silva (Belém), Jeff Moraes (Belém) e Priscila Cobra (coaraci). E do Marajó, estão presentes o Grupo Paracauari (Salvaterra), Mestre Damasceno (Salvaterra), Tambores do Pacoval (Soure), Grupo Cruzeirinho (Soure), Banda Na Cuíra (Belém), entre outros, além dos espetáculos teatrais “Quem vai pagar o pato?” e “Histórias de Riomar”.
E, completando a curadoria deste ano, como não poderia faltar, haverá uma roda de conversa sobre políticas culturais com o professor Valcir Bispo. Afinal, estamos aí com as leis paulo Gustavo e Aldir Blanc na pauta do dia, com 100% dos municípios paraenses envolvidos.
Imersão e auto estima cultural
Mestre Damasceno (Salvaterra - PA) |
“Eu tenho quarenta e poucos anos de carreira, mas esse festival é algo que eu nunca participei, uma festa tão rica, né? Que liberta a cultura pros mais jovens e pros turistas . E isso é enriquecedor. Então eu penso nisso, o que isso representa na minha carreira?”, reflete o artista.
O Festival é produzido pelo Coletivo Pulsar Marajoara, formado por amigos que têm em comum o amor pelo Marajó, uma presença habitual na ilha e um longo histórico de envolvimento com a comunidade local, em uma relação que não está restrita apenas ao período do Festival.
“O Festival tem um impacto pessoal, na autoestima emocional da comunidade, mas também tem o impacto financeiro, na cadeia produtiva dessa economia. O Marajó é muito vendido como turismo, mas às vezes, é um turismo ruim de base predatória, de exploração sexual. E quando a gente coloca o Festival com essa característica que a gente está descrevendo, você tem aí um turismo cultural, né?" , reflete Marcelo Carvalho, do Coletivo Pulsar Marajoara e um dos idealizadores do projeto.
Cortejo - AMPAC |
Para a curimbozeira e artesã, Cilene, integrante dos Tambores do Pacoval, o Festival Marajoara de Cultura Amazônica é mais uma oportunidade que se abre para potencializar toda a mobilização de preservação cultural e do meio ambiente realizada pela organização.
“O Tambores já nasceu com essa característica de ser um carimbó popular. Um carimbó pra estar no meio da multidão, no meio do povo.O Festival é mais uma janela que se abre, uma oportunidade da gente mostrar o nosso trabalho. Que não é só tocar por tocar, né?", diz a artista.
Para ela, o festival é mais uma oportunidade para apresentar uma tradição. "Por isso que é tão importante pro Tambores participar. Tem toda uma questão também da poesia, do professor Ailton Favacho, tem os membros do Tambores do Pacoval, que fazem parte da sede, nossa área de produção ambiental, o movimento de valorização dos nossos mestres, a manutenção das atividades para a nova geração. Tudo isso é demonstrado”, finaliza Cilene.
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira (14/07) – Roda de Conversa e Luau - Salvaterra
Local: Pousada Bosque dos Aruãs
17h Roda de conversa - Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo - Valcir Bispo
19h Luau – Programação audiovisual e musical
- Vídeos dos festivais anteriores
- Websérie Memórias e Afetos (Episódios Mestres Piticaia e Mestre Zampa)
- Videoclipe Matinta (lançamento) - Mateus Moura
- Espetáculo Histórias de Riomar - Leonel Ferreira
20h Música - Allan Carvalho, Neuber Uchôa, Luizinho Lins, Kleyton Silva, Jeff Moraes e roda de carimbó com o Grupo Paracauari
Sábado (15/07) - Soure
15h Roda de conversa Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo - Valcir Bispo
Local: Travessa 17, esquina com a 12ª rua, Bairro Umirizal) – Local: AMPAC, Soure.
16h Concentração do Carimbloco no Bar do Jamil
17h Cortejo até a sede da AMPAC
20h Roda de carimbó na AMPAC
Tambores do Pacoval, Priscila Cobra e participações especiais
Domingo (16/07) - Salvaterra
15h Concentração do Carimbúfalo na orla da Praia Grande, com Mestre Damasceno e convidados
17h Saída do Carimbúfalo em direção ao Bar Trampolim, com Mestre Damasceno, Nativos Marajoara e Luizinho Lins
19h Espetáculo teatral “Quem vai pagar o pato?” - Grupo Experimental de Teatro
20h Encerramento
Local: Bar Trampolim (Prainha)
Atrações: Grupo Cruzeirinho, Allan Carvalho, Neuber Uchôa, Jeff Moraes, Banda Na Cuíra, Gilmarajoara Nascimento e DJ Jack Sainha.
Participação especial: Grupo de Carimbó do Quilombo Caldeirão (resultado da oficina Curro Velho - FCP)
Serviço
6° Festival Marajoara de Cultura Amazônia. De 14 a 16 de julho em Salvaterra e Soure. Realização: Coletivo Pulsar Marajoara. Apoio: Pousada Bosque dos Aruãs, Bar Porto Trampolim, Henvil Transportes e Ampac. Patrocínio: Gutunes Produções. Mais informações: https://www.instagram.com/festivalmarajoara/
(Holofote Virtual com informações e fotos enviadas pela assessoria de imprensa do evento)
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