10.11.16

"Banquete Amazônico" abre com música ao vivo

O Ver-o-Peso, um símbolo da cidade, detalhes da flora, fauna, frutos da região. A luz de um por do sol, num tempo nublado e raios. “Banquete Amazônico”, que também dá nome à exposição, traz uma imagem atemporal. É uma das nove telas que estarão expostas a partir deste sábado, 12, na mini galeria, que se espalha ao longo do aconchegante bistrô da Casa do Fauno. A abertura, às 19h, contará com coquetel especial e música ao vivo do VKTrio, a partir das 22h, no quintal.

Pela temática da tela que dá nome à mostra, o autor bem poderia ser da região, só que não, Vadim Klokov é russo, músico que já morou em Belém por mais de uma década, atuando como professor de Fagote do Instituto Carlos Gomes, integrando a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. 

Há uns três ou quatro meses de volta a Belém, o artista pretende investir numa carreira independente. “Ficarei mais tempo por aqui, pois tenho algumas encomendas interessantes de pintura, inclusive retratos, além da ideia da gravação do novo disco”, diz.

Influenciado pela Escola Holandesa entre os séculos 15 e 17, como o Hieronymus Bosch, e os russos Mikhail Shimiakin e Viktor Safonkin, o artista plástico e músico Vadim Klokov conta que a pintura (desenho) esteve presente desde de cedo em sua vida, e desenvolveu-se de forma autodidata. 

"Existia o dilema da música ou pintura. Na época venceu a primeira, mas voltei a pintar aqui no Brasil, e já não me vejo mais sem esta parte da minha arte, que vive mesclada à música. Uma alimenta a outra", diz.

A exposição “Banquete Amazônico” esteve em cartaz no Cosanostra Café, até a semana passada. A tela homônima, inclusive, foi vendida, mas o proprietário, o engenheiro florestal, Milton Kanashiro, a cedeu para a nova temporada de Vadim, que também está trazendo ao público um trabalho independente, ao piano, com o VKTrio.

Vida intensa entre Belém e Moscou

Vadim morou por mais de uma década em Belém, mas também viveu no Rio de Janeiro, onde também trabalhou como músico de orquestra, Minas, onde ele inicia projetos independentes e se volta à pintura, e em São Paulo, onde, em 2009, Vadim se reencontra com Carlos  “Canhão” (A Euterpia e Albery Project), e forma o VKTrio, que se apresentou em diversos espaços da capital paulista. 

“Na época morávamos junto numa casa dividida por vários músicos onde começamos a ensaiar”, conta Vadim. “Depois se juntou a nós Saulo Rodrigues, um excelente baixista de Atibaia (SP), e com esta formação se apresentaram em várias casas e clubes de Sampa”, relembra ele que em Belém fez o convite a Tom (A Euterpia e O Não Lugar) para assumir o baixo.

E é nesta formação que o trio chega ao quintal da Casa do Fauno. O artista e músico fagotista promete uma noite musical intensa, celebrando, ao piano, a abertura da exposição e dos 10 anos do CD Jivelox (vida intensa) , gravado no Brasil, sob as influências das transformações vividas por ele entre Moscou e Belém. O show traz músicas do álbum e inéditas de seu trabalho autoral, que mistura o erudito ao jazz, blues e rock .

Serviço
Abertura da exposição "Banquete Amazônico", de Vadim Klokov. Abertura dia 12 de novembro (sábado), às 19h, com coquetel, e às 22h, show com VKTrio. Na Casa do Fauno - Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa. Contato: 91 98134.7719 e 3088.5858.

Nenhum comentário: