Atualização em 12.02.2019
10 dias após o Corpo de Bombeiros ter interditado o MEP, a exposição Saramago: Os Pontos e a Vista foi reaberta ao público, nesta terça-feira (12), seguindo aberta à visitação até domingo, 17.
Atualização em 02.02.2019:
Lamentamos informar que a exposição está suspensa. Um laudo do Corpo do Bombeiros atestou risco de desabamento do MEP.
Mais informações: http://bit.ly/2G8SRuD
"Os Pontos e a Vista" é passeio imperdível no MEP
'Nossa, quanta gente encontrei na exposição do Saramago'. É o que tenho ouvido por aí e que também vivenciei quando a visitei, em um domingo. Emoção a mais, sentimos ao ver a montagem que nos remete ao universo do escritor, ele que, como poucos, soube usar da palavra para falar ao coração e despertar a consciência. "Os Pontos e a Vista" segue no MEP até dia 17 de fevereiro.
10 dias após o Corpo de Bombeiros ter interditado o MEP, a exposição Saramago: Os Pontos e a Vista foi reaberta ao público, nesta terça-feira (12), seguindo aberta à visitação até domingo, 17.
Atualização em 02.02.2019:
Lamentamos informar que a exposição está suspensa. Um laudo do Corpo do Bombeiros atestou risco de desabamento do MEP.
Mais informações: http://bit.ly/2G8SRuD
"Os Pontos e a Vista" é passeio imperdível no MEP
'Nossa, quanta gente encontrei na exposição do Saramago'. É o que tenho ouvido por aí e que também vivenciei quando a visitei, em um domingo. Emoção a mais, sentimos ao ver a montagem que nos remete ao universo do escritor, ele que, como poucos, soube usar da palavra para falar ao coração e despertar a consciência. "Os Pontos e a Vista" segue no MEP até dia 17 de fevereiro.
O convite é para entrar numa onda sonora de palavras que ecoam pelo ar e são ouvidas ao longo de todo o percurso da exposição, que não é tão longa quanto poderia, mas se demora em média duas ou três horas para ver, ler e ouvir tudo. Sentir. E eu não aconselho nenhuma pressa.
Entre imagens e sons penetramos na linha da vida e obra de Saramago. De forma lúdica e interativa, entramos em contato com mobiliários e acessórios originais do escritor, como óculos, lupa e cama, que integram o acervo da Fundação José Saramago.
A palavra, porém, mais que objetos, dão o tom da exposição. Em um mundo cuja ordem é ditada pelo capital, Saramago joga luz sobre a cegueira e nos convida a sair da caverna. Nos faz lembrar que o espírito do Natal foi tomado pelo mercado. "Pilar, o que devo falar", pergunta à mulher que o fez viver mais, segundo ele próprio.
Aos poucos a mostra te leva por vários ambientes, com projeções e muitas palavras, que nos remetem à vida, obra e pensamentos do autor. São seis salas do pavimento térreo do MEP, ocupadas. Em cada uma delas, uma dimensão da vida de Saramago. E é fácil mergulhar neste universo.
A atmosfera está toda lá. Sua visão sobre a vida e a morte, os lugares por onde passou e o encontro com a jornalista, escritora e tradutora espanhola Pilar Del Río, com quem se casou em 1988.
O público pode interagir. Colocar um fone e ouvir trechos de falas ou entrevistas, ao olhar para o teto onde abaixo estão vários brinquedos de madeira, e vemos um vídeo em que Saramago fala sobre o Natal, que deveria ser entendido de outra forma, ser todos os dias, o que lhe faz lembrar que foi feliz, pois sempre construiu os próprios brinquedos.
A exposição, com curadoria de Marcello Dantas, é baseada na integração de vários módulos, que trazem textos explicativos e objetos, que se mesclam com a projeção de vídeos de momentos da vida do autor de “Ensaio Sobre a Cegueira”, “O Homem Duplicado”, entre outros livros premiados e que além destes também tenho "A Caverna" e o "Evangelho segundo Jesus Cristo", que nunca emprestei de um amigo e nunca devolvi. Não me julguem.
No espaço destinado à cronobiografia, estão disponíveis livros para consulta, além de fotos e vídeos, entre estes alguns selecionados a partir do acervo de imagens do diretor português Miguel Gonçalves Mendes, que produziu o filme “José e Pilar”, após anos de convivência com o casal.
O Museu do Estado fica em frente á Praça D. Pedro II, na Cidade Velha - Belém do Pará. Visitação de terça à sexta, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 9h às 13h. Entrada gratuita.
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