A arte de Maria José é expressão de um olhar atento ao seu redor: "eu olho para o cotidiano da minha cidade, do meu bairro e o entorno. Lanço meu olhar também aos ribeirinhos, que falam de uma Amazônia onde todos nós estamos incluídos", diz a artista, que começou a atuar no campo artístico em 1997 depois de fazer oficinas na então Fundação Curro Velho, com Mestre Nato (1952-2014), e vem participando de exposições e projetos culturais dentro e fora do estado.
Na exposição, também estão obras de Clara Moreira - Recife, PE; Guilhermina Augusti - Rio de Janeiro, RJ; Jasi Pereira - Salvador, BA; Josi - Itamarandiba, MG; Marjô Mizumoto - São Paulo, SP; Panamby - Raposa, MA; Terroristas del Amor - Fortaleza, CE; Vulcanica Pokaropa - Presidente Bernardes, SP, além de Moara Tupinambá, também de Belém, como Maria José.
A seleção coube ao júri formado por Aline Albuquerque, Júlia Cavazzini, Horrana de Kássia Santoz, Priscyla Gomes, Renata Bittencourt, Rita Vênus e Sallisa Rosa. Cada artista recebeu a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para despesas relacionadas à produção e transporte das obras, além de acompanhamento do júri por meio de conversas on-line, visando o enriquecimento e o aperfeiçoamento de suas pesquisas e práticas, evidenciando o caráter formativo da premiação. A oitava edição se completa com a publicação de um catálogo impresso com as obras presentes na mostra.
Realizado desde 2009, o prêmio promove em 2022 uma edição especial voltada exclusivamente a artistas mulheres trans, cis e pessoas não binárias, buscando reconhecer trajetórias e potencialidades, respondendo à falta de visibilidade historicamente conferida a essas produções.
Serviço
8º Prêmio Artes Tomie Ohtake. Em São Paulo, de 19 de novembro até 05 de fevereiro de 2023. Mais informações: https://premioartes.institutotomieohtake.org.br/
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