As filmagens aconteceram no período de 21 a 27 de novembro do ano passado e a partir daí foram 3 meses de gravação e edição, no município de Salvaterra. O documentário traz o depoimento de uma infinidade de amos e madrinhas do Boi Bumbá. Entre eles, Mestre Damasceno, natural da comunidade quilombola do Salvá e amo do Búfalo-bumbá Segredo das Meninas; Amo Reginaldo, do Boi-bumbá Sete Estrelas (comunidade quilombola de Mangueiras ).
Também estão registrados, a madrinha do Boi Brinquedo, Páscoa Sarmento (comunidade quilombola do Bairro Alto); Mestre Robledo e o Grupo Paracauari (Salvaterra – Boi-bumbá Garantido); a madrinha do Boi Flor do Campo; dona Eloísa Trindade (Passagem Grande); Alana Modesto e Edinara Modesto, madrinhas do Boi Pimpão; o Grupo Unidos do Marajó (Boi-bumbá Primavera) e ainda os mestres Zampa, Pau Que Ronca e Vavá, que faleceram no decorrer do ano de 2022.
Este não é o primeiro documentário do diretor Guto Nunes dedicado ao Marajó. A relação do diretor e o maior arquipélago da América Latina começou ainda na infância através da casa de família de veraneio, localizada em Salvaterra, e se solidificou através de amizades com os moradores, como a relação que se consolidou com mestre Damasceno, com quem realiza trabalhos desde 2005. Em 2013, Guto realizou “Mestre Damasceno – O Resplendor da Resistência Marajoara” e recebeu os prêmios de Melhor Documentário do Festival Internacional de Cinema (2015), o de Melhor Documentário e Melhor Direção no Festival Audiovisual de Belém (2015).
Após o lançamento em Salvaterra, o documentário “O Boi-bumbá de Salvaterra e suas Comunidades Quilombolas” será lançado no canal do Youtube da Gutunes Produções, a produtora responsável pelo desenvolvimento do produto audiovisual. “A Gutunes Produções surgiu a partir de uma necessidade de melhor organização do trabalho e emissão de nota fiscal. É uma empresa sediada em Salvaterra e que presta serviços exclusivamente para essa região. Está ativa desde 2019”, explica a produtora executiva, Ana Paula Gaia.
A equipe de gravação atua juntos há dez anos e é composta por nomes como Marcelo Rodrigues ( diretor de fotografia), Leo o Chermont (áudio) e Kleyton Silva (still). Na visão do diretor e também cinegrafista no documentário, Guto Nunes, a entrega da equipe e a parceria com empreendimentos locais é o que faz possível a realização de audiovisual na Amazônia, em específico numa ilha continental como o Marajó, “a gente tem que superar muitas coisas, né? Primeiramente temos que destacar a equipe. São pessoas que nos acompanham há mais de dez anos. E nos acompanham até hoje porque eles entendem que esse processo que a gente vive é muito além da técnica e muito além das etapas de produção. Em relação a logística, conseguimos subsidiar muitas coisas através da parceria com colaboradores do Marajó”, finaliza Guto.
Serviço
Lançamento dia 21/01/2023, às 19h, no Espaço Cultural Encanto Tayná. Endereço: Oitava Rua, entre PA e Rua Paulo Ribeiro. Bairro: Marabá. Salvaterra-Pará.
(Holofote Virtual com material enviado pela Assessoria de Imprensa)
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