13.9.24

Delcley Machado celebra 35 anos de trajetória

Delcley Machado/ Foto: Walda Marques
Delcley Machado traz em sua história mais de 30 anos de paixão pela música, com destaque à música instrumental. O dia 20 de setembro, sexta-feira, será uma noite de comemoração à jornada do músico, compositor e produtor paraense, que realizará o Show Celebração - 35 Anos de Carreira, no espaço Ná Figueredo, às 20h.

O show Celebração vai reviver memórias e composições. Haverá momentos de emoção e surpresas, com  um repertório que passeia pelos três álbuns lançados pelo artista. O primeiro foi lançado em 2002, intitulado “Cordacesa”, no qual há homenagem ao filho na faixa “Lucas”. O álbum, de forma natural e rápida, se tornou referência na música instrumental do Pará. 

O segundo veio em 2010, intitulado  “Temporal”, com faixas que permitem uma imersão à Amazônia. Inspirado pelo som da chuva e passagem do tempo, o álbum conta com parcerias importantes, como Jorge Andrade na letra de “Das Ruas” e Marcos Campelo em “A Voz Guardada”. Em 2020, ele lança o terceiro disco “Ensolarando”, com a participação de artistas como Vital Lima, Toninho Horta e Cláudio Nucci, mostrando a sua maturidade musical e surpreendendo os seus ouvintes. 

“A apresentação vem com essa cara de festa, de celebração da existência dos meus álbuns. Cada álbum é pessoal demais, é o sangue do artista ali. Quando um disco é pensado e sonhado, ele é diferente. Nós vamos tocar com muito carinho o repertório dos três discos”, conta Delcley, ansioso pela apresentação, que contará com a presença especial de grandes músicos e amigos no palco: Jacinto Kahwage (piano), Davi Amorim (baixo), Leandro Machado (bateria), com participação de Luiz Pardal, Fabrício Machado, Príamo Brandão e Lucas Machado.

Música e Amazônia na veia! 

A trajetória musical de Delcley é marcada por sua conexão com a Amazônia e por colaborações que perpassam gerações. A paixão pela música iniciou ainda na infância, quando ganhou um cavaquinho de seu pai, que foi músico e o responsável pelos primeiros passos de Delcley no universo artístico paraense.  

“O meu pai era músico da banda da polícia militar e tocava à noite. Ele conhecia muitos músicos e eu cresci num meio onde havia muitos artistas. Na minha infância, quando eu tinha 7 anos, eu ganhei um cavaquinho, me interessei pela música, e nunca mais parei”, conta o músico.

Aos 14 anos, ele começou a tocar guitarra, depois violão, e foi quando se interessou pela música brasileira. Depois conheceu o Jazz e este, por ser um estilo livre, acabou o conduzindo pela música instrumental de forma mais ampla.

“O que eu me orgulho da minha carreira musical é ser uma pessoa persistente pelo gênero instrumental. Eu digo música instrumental, porque quando se fala de jazz, se determina que é um gênero, e a música instrumental engloba tudo, inclusive o Jazz. Quando eu me identifiquei com isso, percebi que minha música poderia ter mil características diferentes, mil formas de interpretá-la e mostrar uma arte muito vasta. Isso é a música instrumental, um som livre que nos permite criar”, comenta Delcley. 

“Hoje, eu estou muito feliz por perceber o que minha música alcançou. Eu sinto um resultado positivo, como se eu estivesse concretizando algo que eu sonhava e que, através da música, vou atravessar o tempo e ir adiante. Às vezes a gente encontra pessoas que dizem que ouvem até hoje minhas músicas no café da manhã com a família, em encontros com amigos e momentos especiais. Eu vejo o meu impacto de uma forma afetiva na vida de quem aprecia o meu trabalho”, celebra o paraense. 

A música instrumental em Belém

Delcley Machado/
Foto: Walda Marques
Segundo Delcley, apesar de não ter tanto destaque, o cenário da música instrumental em Belém é muito vivo. “Possuímos um potencial muito grande. São muitos artistas que estão trabalhando nesse cenário. Eu gostaria que todos esses músicos e artistas estivessem mais na visão do povo. O movimento é muito bom, cada vez mais chegam músicos interessados. Os jovens estão entrando nesse cenário e se destacando, deixando o movimento mais bonito. Porém, é preciso que as pessoas apareçam mais, se mostrem mais tocando e se divulguem”, reforça ele.

O também produtor comenta que a música instrumental local se diferencia do Brasil pela paixão com que os paraenses tocam. “Criamos um vínculo com o repertório e por isso, sem necessidade de aprovação, ou uma busca incessante para agradar o mercado, ou alguém, seguimos”, conta Delcley. Ele aproveita e declara que compor, para ele, é um estado de espírito. 

“Não tem a ver com local, com droga, com cachaça, com rua, com nada. É algo que se sente. Eu não diria que é um presente extra-sensorial, mas você vai buscando. Parece que você sente o tempo que você tem que compor. Você pega o instrumental e vai criando. Eu aleatoriamente pego o instrumento e vou fazendo sons, caminhos, acordes harmônicos, até que, em algum momento, algo vai criar uma força e surge uma composição”, explica o músico.

Fluxo Estúdio

Foto: Divulgação (Álbum Temporal)
Em parceria com seu filho, Lucas Machado, Delcley coordena o Fluxo Estúdio, onde produz e grava os seus trabalhos e de outros artistas. Em maio deste ano, em parceria com o músico carioca Carlos Malta, Delcley lançou o EP intitulado “Mokõi”, que reúne 6 regravações instrumentais de composições de Waldemar Henrique.

“O EP surgiu como parceria e união com Carlos Malta. O título Mokõi, na língua Guarani, significa "dois", expressando a união dos sopros, dele, e das minhas cordas”, conta Delcley Machado. Após a boa repercussão do lançamento, os músicos pretendem lançar uma continuação do Ep. 

Serviço

Delcley Machado – Show Celebração - 35 anos de carreira

Data: 20 de setembro de 2024

Horário: 20h

Local: Na Figueredo (Belém, PA)

Ingressos: $15

(Holofote Virtual com colaboração de Vagner Mendes)

Belém recebe evento internacional sobre turismo

A Delegação da União Europeia no Brasil, com apoio da Prefeitura de Belém, realiza na próxima quarta-feira (18), o evento “Conectando culturas e natureza: Iniciativas de turismo sustentável de Brasil e EU”, com participação de especialistas de diversos países. 

O encontro, que acontecerá na véspera da reunião dos ministros de Turismo do G20, será uma oportunidade única para discutir e promover melhores práticas em ecoturismo e conservação da natureza, além de destacar estudos de caso sobre turismo cultural e comunitário. 

A oficial de políticas da Comissão europeia, Marlène Bartès, fará a palestra de abertura do evento. A Delegação da UE no Brasil será representada pela oficial de programas Stephanie Horel.

Stephanie Horel ressalta que este evento “representa uma grande oportunidade para fortalecer a colaboração entre Brasil e UE em iniciativas de turismo sustentável, promovendo práticas que respeitam o meio ambiente e valorizam a cultura local”. “É de particular importância realizar o evento em Belém, que sediará no ano que vem a COP 30.”

Entre os palestrantes já confirmados, destacam-se Julia Gorayeb, secretária de Turismo de Belém; Inês Silveira, presidente da Fundação Cultural de Belém (FUMBEL); Ricardo Blanco, diretor de Turismo Sustentável da Secretaria de Estado do Turismo da Espanha;  Luís Campos, representante de Assuntos de Turismo de Portugal na União Europeia; e Luiz Fernando Destro, representante de turismo da República Tcheca no Brasil.

Os estudos de casos sobre turismo cultural e comunitário serão apresentados pela professora Silvia Cruz, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e pelo professor Carlos Costa, da Universidade de Aveiro, Portugal. Já Caroline Couret, do Creative Tourism Network, vai liderar o workshop sobre envolvimento das comunidades locais e promoção do patrimônio cultural.

Conectando culturas e natureza: Iniciativas de turismo sustentável entre Brasil e UE

Evento aberto ao público.

Inscrições, com vagas limitadas: https://forms.gle/oKwQrkPVXMj2uXJh7

Data: Quarta-feira, 18 de setembro de 2024 – 14h às 18h30

Local: Casa Mia Eventos, na Tv. Quintino Bocaiúva, 1696 - Reduto, Belém/PA

12.9.24

Tacacazeiras ocupam o Boulevard da Gastronomia

Em março na Sala em reunião com o 
IPHAN
Valorizando a cultura regional, o Boulevard da Gastronomia recebe no período de 13 a 15 de setembro a 5ª edição do Festival das Tacacazeiras, com o objetivo de reunir famílias, turistas e amantes da gastronomia paraense. De forma gratuita, a partir das 17h, o público poderá imergir nos sabores tradicionais do Pará e apreciar as apresentações culturais e musicais, que celebram a herança cultural do estado.

“O festival é muito importante porque vem como uma homenagem para todas as tacacazeiras de Belém e todas que fazem parte da nossa cultura. Ele é importante porque mostramos a forma de valorizar o nosso conhecimento, que é passado de geração para geração. Esperamos que toda a população venha prestigiar nosso festival e experimentar a nossa culinária”, reforça a tacacazeira Neide Sobrinho.

Organizado pela Associação das Tacacazeiras e Comidas Típicas de Belém (Astacom), o festival comemora o Dia das Tacacazeiras, celebrado no dia 13 de setembro. O evento tem apoio da Prefeitura de Belém, por meio Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel); Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Sebrae Pará e Secretaria de Estado de Cultura. 

Além do tacacá, o público poderá saborear pratos da culinária local, como vatapá, caruru, maniçoba, arroz com galinha e o tão famoso arroz paraense. A expectativa é receber cerca de dois mil visitantes ao longo dos três dias de evento.

A presidente da Fumbel, o festival fortalece o reconhecimento da importância da culinária local. “O público poderá contemplar o evento em um espaço pensado e organizado para ser palco da cultura de Belém, no que tange à música, gastronomia e a arte como um todo”, reforça Inês Silveira.

Atrações musicais -  No dia 13, sexta-feira, a  programação musical inicia com a apresentação do “Samboulevard”, que comandará um samba de mesa com I Love Pagode, Cabanagem, Pagode das Meninas, Leozinho do Cavaco e DJ Dieguinho Rock Doido. 

No dia 14, sábado, o carimbó tomará conta da programação com a apresentação do grupo Instituto Cultural Mistura Regional. No domingo, 15, a programação fica por conta do DJ Barrail e Banda Calando.

Patrimônio - Há 11 anos, as vendedoras de tacacá são reconhecidas como patrimônio cultural imaterial para o município de Belém, pela Lei 8.979 de 13 de setembro de 2013. Em 2024, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) iniciou os estudos nos estados do Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins para orientar o processo de registro do Ofício de Tacacazeira como patrimônio cultural do Brasil. 

Serviço

5º Festival de Tacacazeiras

Local: Boulevard da Gastronomia (Boulevard Castilhos França - Campina)

Horário: A partir das 17h

Acesso gratuito

(Holofote Virtual com informações da Agência Belém)

52o Festival de Brasília com inscrições abertas

Em sua 57ª edição, o festival abre inscrições para filmes que vão compor as suas diversas mostras, e a expectativa é alta entre cineastas e o público apaixonado por cinema. Realizadores de todo o país podem participar.

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos eventos mais aguardados do calendário cinematográfico do país, já tem data marcada. De 30 de novembro e 7 de dezembro de 2024, a capital federal será novamente o palco de grandes estreias e debates sobre o cinema nacional. 

Com a curadoria renovada e a promessa de uma programação que mescla inovação e tradição, o festival pretende apresentar mais de 50 títulos ao longo de suas mostras Competitiva Nacional, Brasília, Festivalzinho, além das sessões especiais e mostras paralelas. 

A seleção será rigorosa: seis longas-metragens e 12 curtas-metragens farão parte da Mostra Competitiva Nacional, com premiações de R$ 30 mil para os longas e R$ 10 mil para os curtas. Além disso, o Troféu Câmara Legislativa vai distribuir R$ 240 mil em prêmios para os filmes que se destacarem na Mostra Brasília, focada em produções locais.

Entre as novidades o retorno de Eduardo Valente

Um dos destaques desta edição é o retorno de Eduardo Valente à direção artística do festival. Valente, cineasta e crítico de cinema, já ocupou o cargo entre 2016 e 2018, e volta com a missão de conduzir um dos festivais mais antigos e prestigiados do país. Além de sua expertise em curadoria, Valente traz a experiência de ter atuado em grandes festivais internacionais, como o Festival de Berlim e o Olhar de Cinema.

A proposta de Valente é ambiciosa: criar um “fio narrativo” que costure as diversas temáticas presentes nas produções inscritas, oferecendo ao público uma visão ampla e ao mesmo tempo profunda do cinema brasileiro contemporâneo. Ele também será responsável por montar as mostras paralelas e por liderar as três comissões que irão julgar os mais de mil filmes esperados nesta edição.

Outro ponto que merece atenção é o Festivalzinho, uma programação especial voltada para o público infantojuvenil. Realizadores que trabalham com animação e filmes para crianças são incentivados a inscrever suas obras, contribuindo para formar novos públicos e trazer mais diversidade à tela. Esse é um espaço dedicado a explorar a imaginação e criatividade dos mais jovens, e é sempre uma atração à parte dentro do festival.

Inscrições abertas

As inscrições para a 57ª edição estão abertas até o dia 25 de setembro de 2024. Para se inscrever, basta acessar o site oficial do festival (www.festcinebrasilia.com.br) e preencher o formulário. 

Podem participar filmes finalizados entre 2023 e 2024, com preferência para aqueles inéditos. Além do regulamento completo, o site também disponibiliza o edital do Troféu Câmara Legislativa.

A seleção completa dos filmes será divulgada em novembro, e, até lá, a expectativa só cresce. O Festival de Brasília promete, mais uma vez, ser um ponto de encontro entre os maiores talentos do cinema brasileiro e o público que aprecia e celebra nossa cultura.

(Com informações da assessoria de imprensa  / Fotos: Humberto Araújo)

7º Lambateria rende homenagem a Nazaré Pereira

Nazaré Pereira (Foto: Divulgação)
Este ano, o festival traz como tema "Um Novo Brasil", convida banda peruana como atração internacional e rende homenagem à cantora acreana de coração paraense Nazaré Pereira. O evento acontece na sexta, 11 de outubro, em total clima da festa de Nazaré, no NaBêra, antigo Insano Club, em Belém, a partir das 19h.

Uma das principais homenagens a Nazaré Pereira será o espetáculo "Um Outro Brasil", reunindo artistas como Lia Sophia, Luê, Naieme e Taynara Garcia, que interpretarão clássicos de Nazaré. A cantora fará uma participação especial no show, reforçando a importância de sua obra para a música popular brasileira.

“Ela é uma das pioneiras a apresentar esse universo da música latino-amazônica para países estrangeiros, que até então conheciam basicamente o Samba e a Bossa Nova. Foi Nazaré Pereira, uma diva que cantou o norte e nordeste brasileiros e por isso ficou conhecida por apresentar ‘um outro Brasil’, diz Sonia Robatto, da organização do festival. 

Lor Mirlos (Foto: Cláudia Córdova Zignago) 
A novidade internacional do ano é a banda peruana de cumbia Los Mirlos, que se apresentará pela primeira vez em Belém. O encontro entre a nova e a velha guarda paraense também se destacará na noite, com nomes como Félix Robatto, Carimbó Selvagem, e Ver o Brass, este último acompanhado pelos cantores Liège e Lins.

Também estão na programação a cantora Rebeca Lindsay, uma das vozes do tecnobrega, que faz um show com as participações de Jeff Moraes e Nega Lôra. Já a aparelhagem Mega Príncipe Negro trará o peso das batidas eletrônicas, com a presença icônica de Valéria Paiva, rainha das aparelhagens.

O evento já faz parte do calendário da cidade, sendo realizado na sexta-feira que antecede o Círio de Nazaré. Este ano são 20 atrações ao todo, fortalecendo o movimento musical paraense que transita pela cultura latino-amazônica, e reforçando o festival como ação de conexão entre os países da pan-amazônia e do mundo.

“Mais do que distâncias geográficas, nós temos uma cultura bem diferente do centro-sul brasileiro, nossas conexões e sonoridades sempre estiveram mais pro Norte: os países que fazem fronteira, o Caribe, os países da pan-amazônia”, complementa Sonia. 

Serviço

Festival Lambateria no Círio Ano 7 

NaBêra (Rua São Boaventura, 268 - Cidade Velha - Belém/PA)

11 de outubro de 2024 (sexta-feira que antecede o Círio)

Ingressos: A partir de R$ 60 / Meia entrada (estudantes, prof. da rede pública, profissionais da saúde): R$ 50 / Ingresso inteiro a R$ 100 / Camarote: R$ 120 por pessoa (camarote para 10 pessoas) / Vendas antecipadas no Sympla com taxa do aplicativo ou por PIX pelo whatsapp 91 98025-1028.

A sétima edição conta com patrocínio do Guaraná Tuchaua, via lei de incentivo Semear, e apoio da Cerpa. A venda dos ingressos já está disponível pelo Sympla e por whatsapp.

11.9.24

UFPA recebe palestra do cubano Leonardo Padura

A Universidade Federal do Pará (UFPA) recebe nesta sexta, 13, às 17h, a palestra "Leonardo Padura por ele mesmo: trajetória literária", no Auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes (CEBN), com a apresentação do reitor Emmanuel Zagury Tourinho e moderação de Ivana Jinkings, fundadora da Boitempo.

Considerado um dos maiores romancistas contemporâneos, Padura iniciou sua trajetória no jornalismo em Havana, atuando nos principais periódicos da cidade. Nos anos 1990, decidiu se dedicar inteiramente à literatura, com suas obras traduzidas para mais de 30 idiomas. Os livros são publicados no Brasil pela Boitempo. 

As narrativas de suas obras exploram temas como amizade, medo, repressão e, principalmente, memória e história, em uma busca constante por refletir a “condição humana universal”, conectando-se com o leitor em níveis profundos e pessoais. Essa rica produção literária lhe rendeu, entre outros, o Prêmio Nacional de Literatura de Cuba em 2012.

Em 2015, Padura foi laureado com o Prêmio Princesa de Astúrias, na categoria Letras, em reconhecimento ao seu papel como um “inquiridor do culto e do popular”, além de ser descrito como um intelectual independente, com uma postura ética firme. 

Em 2018, recebeu o Prêmio Internacional de Novela Histórica Barcino, concedido pela Prefeitura de Barcelona. Já em 2016, com Passado Perfeito, Padura apresentou ao mundo o detetive Mario Conde, personagem que protagoniza seus romances policiais e foi adaptado para a série de streaming Quatro Estações em Havana.

Edições brasileiras pela Boitempo

Após a palestra, Padura estará disponível para uma sessão de autógrafos no hall do Centro de Eventos Benedito Nunes, onde suas obras também poderão ser adquiridas. 

Entre os títulos estão: O homem que amava os cachorros (2015), Hereges (2015), Paisagem de outono (2016), Passado perfeito (2016), Máscaras (2016), Ventos de quaresma (2016), A transparência do tempo (2018), O romance da minha vida (2019), Água por todos os lados (2020), Como poeira ao vento (2021), Febre de cavalos (2022) e Pessoas decentes (2023). 

A visita de Padura ao Brasil, após cinco anos, resulta de um convite do Clube de Leitura do Centro Cultural Banco do Brasil, sediado no Rio de Janeiro. Em Belém, a iniciativa é organizada pela Reitoria da UFPA, em parceria com a Editora da UFPA e apoio da Boitempo e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). 

Serviço

Evento: Palestra “Leonardo Padura por ele mesmo: trajetória literária”

Data: 13 de setembro (sexta-feira)

Horário: 17h

Local: Auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes (CEBN), Campus da UFPA, Belém

Entrada: Gratuita, sem necessidade de inscrição prévia (sujeita à lotação).

7.9.24

Seresta do Carmo emociona com carimbó e samba

Ontem à noite, Belém reviveu uma de suas tradições: a Seresta do Carmo. Após 20 anos, o evento retornou à Praça do Carmo, no mês de maio e repetiu a dose, nesta última sexta-feira, no bairro da Cidade Velha. A segunda edição de 2024 reuniu público e artistas em um encontro emocionante com a cultura e o patrimônio da cidade. Além disso, mostrou também a força das mulheres no carimbó e no samba!

Está na memória afetiva e pelo povo, é um patrimônio da cidade, por estar também inserida numa área de tomabemento histórico. A maior prova de sua conexão com a população foi o seu retorno em maio, numa noite muito chuvosa e que mesmo assim trouxe à Praça de Carmos centenas pessoas que viveram seus tempos áureos, nas décadas de 80, 90 e inicio dos anos 2000. 

De volta ao nosso convívio, o desejo é que o projeto continue sendo realizado com o mesmo cuidado em que está sendo feito em sua retomada, promovida pela Prefeitura de Belém, com patrocínio do Banco da Amazônia e do Governo Federal. Sob as luzes do centro histórico, o público assistiu, nesta última sexta-feira, 6, a mais uma edição onde o passado e o presente dialogaram musicalmente. 

A noite começou com o grupo Sereias do Mar, formado por mulheres trabalhadoras da Vila Silva, em Marapanim, que desde 1994 apresentam o carimbó. Comandadas pela Mestra Bigica, as canções trouxeram ao palco a cultura amazônica e animaram o público, destacando a presença feminina no carimbó. 

O grupo vem da Vila Silva, localidade do município de Marapanim, na zona do salgado paraense, onde elas criaram um espaço educativo que reune crianças e jovens em torno da cultura do carimbó. 

Recentemente, suas vivências foram registradas no documentário Mestras, e algumas de suas integrantes, incluindo sua mestra, estiveram em Gramado (RS) com a artista visual Roberta Carvalho e a cantora Aila, que assinaram a direção do filme, selecionado para o festival de cinema mais famoso do país.

Na seresta elas deram um show em que celebraram Mestre Verequete e apresentaram seu repertório autoral, exaltando o carimbó e a presença feminina nesta cultura. Disseram que gostariam de voltar mais vezes à capital. 

Em seguida, Mariza Black subiu ao palco. Com 20 anos de carreira, ela interpretou clássicos nacionais e músicas do seu álbum "Samba Parauara". Sua presença marcante no palco, encantou todo mundo, mais uma vez mostrando que aqui ninguém é doente do pé. 
A apresentação reafirmou a presença do samba paraense no cenário cultural.

A noite ganhou um tom especial com quando Mariza chamou ao palco para uma participação, nada menos que Creuza Gomes, um ícone, que iniciou sua carreira nos anos 60. Alternando entre samba, bolero e outros ritmos, Creuza reafirmou seu legado na música paraense, e simplesmente emocionou a plateia. Entre a nostalgia e a vitalidade, Creuza encantou ao transitar entre samba, bolero e outros ritmos que embalaram gerações. E mostrou por que é a "Rainha do Samba Paraense" e também o "Rouxinol da Amazônia".

Noite de Memória Cultural

A Seresta do Carmo, criada em 1983, voltou a fazer parte do calendário cultural de Belém, não apenas como um evento musical, como também um momento de memória e celebração das tradições da cidade. 

A noite de ontem na Praça do Carmo reforçou que a cultura de Belém segue presente e conectada às suas raízes. O evento foi um marco para os que puderam participar.

No início da programação,  às 18h, a palestra sobre Preservação do Patrimônio Cultural,  que seria ministrada pelo arquiteto urbanista Matheus Vieira, foi suspensa, devido a falta de luz no Teatro Popular Nazareno Tourinho, causada pelo estouro de um transformador.

O palco não foi prejudicado. Mas a palestra foi adiada para outra data que ainda será divulgada. Todos os que se inscreveram serão avisados e haverá mais vagas, pois a plateia desta vez ocupará a Sala Vicente Salles, no Memorial dos Povos.

5.9.24

Arrastão do Círio chega em clima de celebração

Vai ter Arrastão do Círio!!! A programação está de volta e terá um período de ensaios e vivências para os brincantes do Batalhão da Estrela, que já começaram a se organizar para a festa. Essa agenda será divulgada nesta sexta (6), e no sábado (7), rola o show de lançamento desta 22ª edição a partir de 19h, no Boulevard da Gastronomia, em um show gratuito da banda Arraial do Pavulagem com abertura de Pelé do Manifesto, Íris da Selva, Rafael Veredas e Paulo Moreno.

O Arraial do Pavulagem está em dupla festa. Além de trazer de volta o arrastão em seu formato devoto e festivo da época em que celebramos a diversidade no Círio de Nazaré em homenagem a Nossa Senhora, o presidente Lula acabou de sancionar a lei que reconhece essa nossa tradição, sim, já é uma tradição, inclusive reconhecida como patrimônio cultural do estado, como Manifestação da Cultura Nacional. Então há muito o que comemorar. 

Esse arrastão do Círio se diferencia dos tradicionais Arrastões juninos do Pavulagem. No lugar do Boi Pavulagem, a protagonista é a Barca de Miriti, simbolizando o Procissão Fluvial e a Rainha das Águas. Além disso, elementos cênicos e personagens do período são incorporados, alinhando-se às celebrações do Círio de Nazaré.

Como em todo Arrastão do Círio, haverá uma celebração de Nossa Senhora de Nazaré, com o Batalhão da Estrela posicionado para “receber” a Santa assim que ela chegar do Círio Fluvial. O momento é marcado por uma homenagem dos brincantes à padroeira dos paraenses.

Ronaldo Silva, presidente do Instituto Arraial do Pavulagem, revela uma grande satisfação em realizar mais uma edição do Arrastão do Círio.

"O cortejo do Círio é muito significativo para nós, pois é a nossa maneira de participar desse momento tão importante para o povo paraense. É uma oportunidade de mostrar como conseguimos trabalhar o imaginário popular dessa época, que é repleto de uma religiosidade rica e fundamental. Como sempre, estamos empolgados e cheios de expectativa para viver esse grande momento de alegria com todos no Círio", afirma.

Serviço 

Lançamento Oficial do Arrastão Do Círio 2024. Show da Banda Arraial Do Pavulagem, com Abertura de Pelé Do Manifesto, Íris Da Selva e convidados. Neste sábado, 7, a partir de 19h, no Boulevard da Gastronomia – Campina. Entrada franca. 

3.9.24

Olympia na Rua traz feira, carimbó e lenda urbana

A 4ª edição do Olympia na Rua celebra mais uma vez o cinema paraense e, neste domingo, 8, a partir das 18h30, exibe mais 5 produções, entre videoclipe, documentários e ficção. Tudo em frente ao Cine Olympia, atualmente passando por obras de restauro e requalificação. 

A programação traz relíquias, não percam a oportunidade. Para abrir a noite, será exibido o videoclipe "Suíte Olympia", uma homenagem do violonista Salomão Habib ao centenário do Cinema Olympia. Em seguida, veremos o curta-metragem "Fotógrafo de Família", de Denise Espíndola, traz à tela uma narrativa intimista sobre memória e resistência em tempos de mudança tecnológica.

Já o documentário "Chama Verequete", dirigido por Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira, promete emocionar o público ao retratar a vida e a obra de Mestre Verequete, um dos grandes nomes do carimbó, ritmo-raiz do Pará.  Já o curta "Josephina", de Zienhe Castro, resgata a lenda urbana da Mulher do Táxi, trazendo um olhar poético e experimental sobre a história trágica de Josephina Conte, que faleceu aos 16 anos em 1931.

Fechando a programação, "Ver-o-Peso", dirigido por Januário Guedes, Sonia Rangel e Peter Roland, transporta os espectadores para o cotidiano do mercado mais famoso de Belém, mostrando suas cores, sons e histórias por meio de uma narrativa documental-ficcional.

Além da curadoria impecável, assinada por Marco Antônio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), o Olympia na Rua se destaca pela sua estrutura inclusiva e acolhedora. Em todas as sessões, são disponibilizadas 100 cadeiras cobertas para o público, além de uma área externa liberada para aqueles que preferem trazer suas próprias cadeiras de praia. O evento também conta com banheiros químicos, equipe de segurança, intérprete de Libras e sistemas profissionais de projeção e som.

A iniciativa surge em meio à requalificação do Cinema Olympia, coordenada pelo Instituto Pedra em parceria com a Prefeitura de Belém e apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto de requalificação é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale e Banco da Amazônia, reforçando o compromisso com a preservação e valorização do patrimônio cultural da cidade.

Serviço

4ª edição da mostra de cinema Olympia na Rua

Domingo, 8 de setembro de 2024, às 18h30

Rua Arcipreste Manoel Teodoro, 918, Campina (em frente ao Cinema Olympia)

Entrada gratuita e por ordem de chegada.

Lotação: 100 pessoas sentadas

2.9.24

Seresta do Carmo realiza a 2a edição nesta sexta

A 2a edição da Seresta do Carmo, inicia às 18h, nesta sexta-feira, 6, com uma palestra de educação patrimonial às 18h, no Teatro Nazareno Tourinho, e shows, a partir das 19h30, do grupo Sereia do Mar, Mariza Black e Creuza Gomes. Na Praça do Carmo, com apoio da prefeitura de Belém e patrocínio do Banco da Amazônia (Basa) e Governo Federal. 

A programação inicia com a palestra “Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural”, às 18h, no Teatro Popular Nazareno Tourinho, ministrada pelo arquiteto Matheus Vieira, profissional que já coordenou projetos de restauro do Cine Olympia,  Praça do Relógio, Solar da Beira e Forte de Macapá.

Após a palestra, o público contará com dois grandes shows. Iniciando às 19h30, o Grupo Sereia do Mar, formado somente por mulheres do município de Marapanim, abre o palco apresentando um repertório autoral de carimbó. E logo depois tem

“A parceria com o Basa sela a retomada da Seresta na praça do Carmo, um projeto que tem uma representatividade muito grande no setor cultural e está no primeiro bairro da cidade. Esta é a segunda edição do ano e vamos dar continuidade ao movimento na praça e em seu entorno, incentivando a cultura e a economia criativa”, reforça a presidente da Fumbel, Inês Silveira.

O grupo é formado por Mestra Bigica, Maria Cristina, Alinne Ribeiro, Keyla Freire, Martinha Freire, Maria Nilce Freire, Risolene Carvalho, Maria Feliz Freire, Ádria Silva, Creusa Freire, Cleo Modesto e Geovana Vieira.

A partir das 21h, Mariza Black traz muito samba no pé, paixão pela música, além de uma convidada especial, a cantora Creuza Gomes. Ambas são grandes artistas e intérpretes do samba paraense. 

Com 20 anos de carreira, Mariza Black representa a voz e a presença marcante que canta e encanta ao som da percussão e do cavaquinho , bem como na interpretação de grandes clássicos nacionais.

Creuza Gomes traz a magia e o histórico de todo o seu legado na música paraense, atuando no cenário desde 1964, e mantendo viva a chama do samba reacional em Belém. “A  Seresta do Carmo é um evento maravilhoso que nos permite resgatar a tradição de celebrar na Praça do Carmo. Eu fico muito feliz e honrado por poder levar um pouco da minha música. Eu quero fazer todo mundo dançar e cantar comigo e resgatar a magia da seresta”, declara Creuza Gomes 

Seresta do Carmo
- O projeto iniciou em Belém no ano de 1983  e seguiu até 1985, organizado pelo grupo de cultura da antiga Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec), com a participação de artistas, trovadores, poetas, músicos, e outros artistas. O projeto foi reeditado durante os governos de Edmilson Rodrigues (1997 – 2000) e (2001 – 2004) na Prefeitura de Belém.

Em 2024, a Seresta do Carmo retorna com 3 edições realizadas pela Prefeitura de Belém, via patrocínio Banco da Amazônia. A primeira edição ocorreu no dia 24 de maio. A segunda será realizada nesta sexta e a terceira está prevista para o mês de novembro.

Programação: 

18h - Palestra: “Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural” com Matheus Vieira, no Teatro Popular Nazareno Tourinho.

19h30 - Apresentação Musical: Grupo Sereia do Mar, na Praça do Carmo.

21h - Apresentação Musical: Mariza Black, com participação especial de Creuza Gomes, na Praça do Carmo.

Fecant realizará a décima edição em novembro

O X Festival Canção da Transamazônica (Fecant) será realizado nos dias 7, 8 e 9 de novembro, em Altamira, região do Xingu, no Pará. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 15 de setembro através do site oficial do festival, fecant.com.br.

Nesta edição especial de 10 anos, o Fecant distribuirá R$ 44 mil em prêmios para os vencedores de três categorias: “Fecant Kids”, “Fecant Regional” e “Fecant Nacional”, consolidando-se como um importante palco para novos talentos e músicos consagrados, atraindo participantes de diversas partes do país. 

Recentemente, o Fecant foi incluído no TOP 10 dos Melhores Festivais Lusófonos e Hispânicos e está em processo de ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do Pará pela Assembleia Legislativa do Estado.

Anualmente, o festival atrai visitantes à Altamira, movimentando o turismo e impulsionando a economia local. Além disso, promove a inclusão social ao incentivar a participação de crianças e adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica na região de Altamira e Volta Grande do Xingu.

Durante o festival, também ocorre a Feira Indígena de Economia Criativa, que oferece aos nove povos indígenas do Xingu uma oportunidade de expor e vender seus produtos, valorizando a cultura e a economia das comunidades locais.

A programação é diversificada e contempla diferentes faixas etárias e estilos musicais. Na noite de abertura, 7 de novembro, acontecerá o “Fecant Kids”, competição dedicada a jovens intérpretes entre 6 e 17 anos, moradores de Altamira e comunidades próximas. 

No dia seguinte, 8 de novembro, é a vez do “Fecant Regional”, que destaca composições originais de músicos das cidades ao longo da Transamazônica e do Xingu. Para encerrar, no dia 9 de novembro, o “Fecant Nacional” apresentará canções de compositores de outras regiões do Pará e de todo o Brasil, celebrando a rica diversidade musical do país.

Como participar

Para os jovens interessados em participar do Fecant Kids, é necessário estar matriculado na escola e residir em Altamira ou nas comunidades adjacentes há pelo menos um ano. Doze candidatos serão selecionados para a competição, com duas vagas determinadas por votação popular online no canal do festival no YouTube, e as demais decididas por uma comissão interna.

Já nas categorias “Fecant Regional” e “Fecant Nacional”, os candidatos podem inscrever até duas músicas originais, que podem ser em português ou em idiomas indígenas. As composições devem ser de autoria ou co-autoria própria e não podem ser plágio. Não há restrições quanto ao gênero musical, oferecendo uma plataforma ampla para a expressão artística.

Premiações - Fecant Kids

1° lugar – R$3.000

2° lugar – R$2.500

3° lugar – R$1.500

Cada participante não classificado nos três primeiros lugares, receberá R$ 500 pela participação.

Fecant Regional

1° lugar – R$7.000

2° lugar – R$5.000

3° lugar – R$3.000

Melhor Intérprete: R$1.500

Fecant Nacional 

1° lugar – R$10.000

2° lugar – R$5.000

3° lugar – R$4.000

Melhor Intérprete: R$1.500,00

Serviço

X Fecant - Inscrições gratuitas até 15 de setembro através do site: fecant.com.br.

(Com informações enviadas pela assessoria de imprensa)