Integrando a programação da 18ª Primavera dos Museus, o projeto nos convida a mergulhar na história da cidade através de seus palacetes nas avenidas Nazaré e José Malcher. Neste sábado, 28, com saída às 16h.
O trajeto, que começa no Palacete Mac Dowell, atual Museu Nacional da Assembleia de Deus, às 16h, propõe um olhar atento sobre a história da arte e da arquitetura que moldou a paisagem urbana de Belém. O passeio turístico é também um convite a uma experiência de conexão com a identidade cultural e afetiva que os palacetes representam para os paraenses.
Rosa Arraes, diretora do Museu Casa Francisco Bolonha e curadora da Rota dos Palacetes, explica que o projeto busca criar um diálogo entre passado e presente. “A memória da cidade é um dos maiores patrimônios que podemos preservar. Ao caminhar pelas ruas do bairro de Nazaré, queremos que o público reflita sobre o tipo de cidade que deseja e o quanto é necessário cuidar desse legado arquitetônico”, ressalta.
Educação Patrimonial e Turismo de Experiência
A Rota dos Palacetes também não se limita a revisitar prédios históricos. Ela faz parte de um movimento maior que envolve a educação patrimonial e o turismo de experiência, permitindo que tanto os moradores de Belém quanto os visitantes de fora conheçam de perto a rica herança cultural da cidade.
O projeto transforma as ruas em espaços vivos de aprendizado, onde o público se aproxima das histórias de antigos moradores, das influências arquitetônicas e dos movimentos sociais que marcaram cada construção.
Belém, conhecida como a "Cidade das Mangueiras", carrega um patrimônio arquitetônico que remete aos tempos áureos da borracha. Os palacetes, com suas varandas decoradas, azulejos importados e estilos que variam entre o Art Nouveau e o Neoclássico, são testemunhos de um passado opulento, mas também de um presente em que o resgate dessas memórias é essencial para a preservação da identidade cultural.
Uma Rota de Redescoberta
O trajeto passará por dez palacetes, incluindo o Palacete Augusto Montenegro, residência do governador do Pará no início do século XX, e o Palacete Bolonha, que abriga o Museu Casa Francisco Bolonha e será o único a receber visitação interna. Ao final do percurso, no Memorial dos Povos, haverá uma feira cultural criativa e visitas mediadas, ampliando o debate sobre a preservação do patrimônio histórico e artístico de Belém.
Para Inês Silveira, presidente da Fumbel, a Rota dos Palacetes é uma oportunidade única de aproximar a população da história de Belém. “Democratizar o acesso à informação sobre o nosso patrimônio arquitetônico é fundamental. Convidamos todos, estudantes, professores e amantes da história e arquitetura, a participarem deste momento que valoriza a nossa cultura e memória como paraenses”, afirma.
Incentivo a uma releitura da cidade. Em tempos onde o desenvolvimento urbano e a preservação do patrimônio histórico frequentemente se chocam, o projeto coloca em discussão a importância de um olhar cuidadoso sobre o futuro da cidade, sem esquecer as raízes que a formaram.
Serviço
A participação na Rota dos Palacetes é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. O ponto de partida será o Palacete Mac Dowell, às 16h, na Av. Magalhães Barata, ao aldo do Colégio Gentil Bittencourt, com previsão de chegada ao Memorial dos Povos, na Gov. JOsé Malcher, 257, às 17h40. O Museu Casa Francisco Bolonha estará aberto para visitação das 16h às 20h, com uma programação cultural imperdível.
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