1.11.10

Três documentários e uma ficção paraenses na disputa do Amazônia Doc

Os docs são: “Nos Caminhos do Rei Salomão”, de Chico Carneiro; “Camisa de onze varas”, de Walério Duarte e Mãos de Outubro, de Vitor Souza Lima  “Quando a Chuva Chegar”, de Jorane Castro, é o único curta de ficção do Pará na mostra competitiva.

Com cerca de 80 filmes na programação, a segunda edição do Festival Pan-Amazônico de Cinema - Amazônia Doc começa nesta quarta-feira, 03, no Cine Olympia, exibindo “Viajo porque preciso, volto porque te amo”, um road movie experimental dos já consagrados Karim Aïnouz, (Madame Satã e O Céu de Suely) e Marcelo Gomes (Cinema, Aspirinas e Urubus).

O longa, que teve sua première mundial na mostra Horizontes, do Festival de Veneza 2009, é o resultado de dez anos de captação de imagens e de um mergulho subjetivo dos dois diretores pelo sertão nordestino.

O festival vai até dia 14, com várias mostras que prometem dar um panorama da produção audiovisual do Brasil, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa e Suriname. Mas este ano, o Festival que focava unicamente o festival se abriu para o cinema de ficção.

Entre ficções, documentários, curtas, médias e longas – que ganharão a tela do Cine Olympia, Cine Líbero Luxardo e IAP, o festival recebeu filmes de cineastas de Belém, dos países Pan Amazônicos já citados acima, e ainda de São Paulo (SP), São Luís (MA), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Rio Branco (AC), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE), Palmas (TO), Aracaju (SE), Salvador (BA), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB).

O que você vai ver - Na categoria Documentário, foram selecionados os filmes “Terras”, de Maya Da-Rin (RJ); “Belair”, de Noa Bressane e Bruno Safadi (RJ); “Tamboro”, de Sérgio Bernardes (RJ); “Um Lugar ao Sol”, de Gabriel Mascaro (PE); “Carregadoras de sonhos”, de Deivison Fiúza (SE); “Terra Deu Terra Come”, de Rodrigo Siqueira (SP); “Nos Caminhos do Rei Salomão”, de Chico Carneiro (PA); “O Areal”, de Sebastian Sepúlveda (Chile/Brasil); “Fordlândia”, de Marinho Andrade e Daniel Augusto (SP); “Camisa de onze varas”, de Walério Duarte (PA), “Rosto no Espelho”, de Renato Tapajós (SP); “Mãos de Outubro”, de Vitor Lima (PA); “KinOpoÉticas – Torpellino”, de Pedro Dantas (Colômbia/Brasil); “Arte do açúcar”, de Adelina Pontual (PE); “Confessionário”, de Leonardo Sette (PE); “Periferias Interiores”, de Sérgio Gracia Locatelli (Peru/Espanha); “Aperreio”, de Doty Luz e Humberto Capucci (MA) e “Munganga”, de Lineu Gabriel e Laboratório Cisco (SP).

Na categoria Ficção, os selecionados foram: “Quando a chuva chegar”, de Jorane Castro (PA), “Essa não é a história de Gregor Samsa”, de Thiago Luciano (SP); “Ernesto no país do futebol” (foto), de André Queiroz e Thaís Bologna (SP); “O Lugar das Histórias”, de Luiz Felipe Botelho (PE); “Avós”, de Michael Wahmann (SP); “Vela ao Crucificado”, de Frederico da Cruz Machado (MA) e “Naiá e a Lua”, de Leandro Tadashi (SP).

Eles disputarão os prêmios de Melhor Longa e Melhor Curta Documentário; Melhor Longa e Melhor Curta de Ficção; Melhor Direção; Melhor Roteiro e Melhor Filme Eleito pelo Voto Popular. Antes das sessões, cada espectador receberá uma cédula de voto, que será depositada em uma urna lacrada, localizada na saída do cinema.

Novidade - A idéia inicial era realizar o festival em cinco dias. Mas dada a qualidade dos filmes recebidos, o Comitê de Pré-Seleção, composto pelos cineastas/ críticos paraenses Zienhe Castro; Arnaldo Prado Jr; Fernando Segtowich; Dedé Mesquita; Marco Moreira e Felipe Pamplona; sob a coordenação de Augusto Pacheco, decidiu abrir mais uma janela de exibição: uma Mostra Especial, composta por 25 filmes, o que prolongou a programação em mais uma semana. 

Desta forma, o Amazônia Doc ganha mais sete dias, sendo realizado de 3 a 14 de novembro de 2010. Ambas as mostras – Competitiva e Especial – acontecem no Cinema Olympia, que do alto de seus 98 anos de existência, figura como o cinema mais antigo do Brasil ainda em funcionamento.

Além das duas mostras, o festival contempla ainda a Mostra forumdoc.bh, que traz um recorte do festival homônimo que acontece já há 13 anos na capital mineira, em uma importante conexão entre festivais que têm como principal foco o documentário; e a Mostra ABD da Amazônia Legal, realizada pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará – ABDeC-PA.

Mostra Pan-Amazônica - Além de participar dos debates, vários convidados terão trabalhos exibidos no Cine Líbero Luxardo durante a Mostra Pan-Amazônica, que prevê bate-papos com os diretores após as sessões.

“A que distância”, longa roteirizado, produzido e dirigido pela equatoriana Tania Hermida; “Zona Sur” (foto), longa-metragem do boliviano Juan Carlos Valdívia, prêmios Especial do Júri, Melhor Roteiro e Melhor Ator no Festival Internacional de Guadalajara, e Melhor Filme e Melhor Roteiro no Sundance Film Festival 2010; “História de Um Dia”, da venezuelana Rosana Matecki, estão entre os filmes exibidos na mostra.

O longa-metragem brasileiro “Serras da Desordem”, de Andrea Tonacci, também integra a programação, que também tem assinatura do moçambicano Victor Lopes. Cineasta pioneiro na utilização de equipamento de vídeo portátil no Brasil, Tonacci realizou ampla documentação de culturas indígenas das Américas entre 1977 e 1984.

Além das salas de exibição, o Amazônia Doc se desdobra em oficinas e seminários, com a participação de importantes nomes do cinema pan-amazônico. Fica ligado, acesse o site e veja todos os detalhes desta programação que promete movimentar Belém nos próximos dias.

Serviço
O Festival Amazônia Doc 2010 – Festival Pan-Amazônico de Cinema acontece em Belém de 3 a 14 de novembro, no Cine Olympia, Cine Líbero, Instituto de Artes do Pará e Casa da Linguagem. Realização: Instituto Culta da Amazônia, com patrocínio da Oi por meio da Lei Semear. Apoio: Oi Futuro e Ecleteca Cultural. Mais informações no site www.amazoniadoc.com.br e pelo telefone (91) 3224-6159. O festival também está no Twitter: www.twitter.com/amazoniadoc.

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