14.6.12

Festa dos 70 anos de Gilberto Gil aterrisa na Black

Gil, nos anos 1970
No mês em que o cantor e compositor baiano Gilberto Gil comemora seu aniversário de 70 anos, a Black Soul Samba chama Olivar Barreto para prestar sua homenagem. É nesta sexta, 15, no palco do Palafita. O show "Cores Vivas de Gil" traz um repertório de hits, que conta parte da história política do Brasil, e estão na memória efetiva de grande parte da população. Quem ouviu, ontem, o programa da Black Soul Samba na Unama FM, já teve uma prévia do que vai ser a noite desta sexta-feira.

No próximo 26 de junho, Gil completa 70 anos de vida. As comemorações e o ritual de apagar as velas para este senhor de cabelos brancos e cenho cada vez mais lúcido, começaram em maio passado, quando ele lotou o Teatro Municipal do Rio de Janeiro em seu show de aniversário, afirmando que “a velhice é um imperativo categórico”

E ele dispensa qualquer tipo de apresentação. Sua vida é indissociável de sua música, e de sua atuação política. Política que ele começou a trabalhar quando, ao lado de Caetano, Gal e Bethânia, fundou o Movimentoum Tropicalista, e anos mais tarde pode atuar em todas as esferas da vida política cultural, como Ministro da Cultura, no Governo Lula. Gilberto Gil deixou a faculdade de arquitetura, na Bahia, para edificar a história da música brasileira, incluindo seu nome no cancioneiro nacional. 

Na Black Soul Samba, as músicas de Gil serão revisitadas pelo intérprete paraense, Olivar Barreto. “Tenho uma relação com o Gil desde sempre. Eu não apenas canto suas música, como escuto desde criança. A importância desse show é poder partilhar um pouco do que eu percebo na obra desse compositor fantástico. 

O show tem o nome de ‘Cores Vivas’ justamente porque pretende mostrar todas as facetas dessa obra que vai do samba ao rock, do reggae ao forró, da balada ao funk com talento e genialidade”, conta Olivar. Para ele, “não se trata apenas de cultuar suas canções, mas te tê-las como parte da minha vida, por isso está sendo muito bacana fazer esse show”, comemora.

Olivar: um show para Gil
Apaixonado por música brasileira, Olivar iniciou a carreira em 87, no ano seguinte estudou canto popular na Pró-Arte, no Rio de Janeiro, onde morou até 1993. De lá pra cá, o cantor já fez shows em homenagens a Noel Rosa, Cartola e Nelson Cavaquinho, além de varias participações em CDs de festivais, de coletâneas e de artistas como Felipe Cordeiro, Delcley Machado e Almino Henrique . 

Seu primeiro CD “Olivar Barreto”, foi lançado em 2002, com 13 canções de diversos autores paraenses, como Maria Lídia, Paulo André Barata, Walter Freitas, Pedrinho Callado entre outros. Em 2005, participou do show comemorativo ao Ano do Brasil na França, durante o período em que morou em Paris. Premiado em diversos festivais, Olivar vem acumulando primeiros lugares no Festival de Ourém (Pa), em 1995 e 2010, Alegre (ES) em 1999 e Bom Jesus da Lapa (2011) .

No ano passado, em junho, lançou seu segundo CD, “Esse Ruy é Minha Rua”, no qual mergulhou na obra do poeta, escritor e letrista paraense Ruy Barata (1920-90). O disco reúne 13 músicas de Ruy Barata compostas com Edyr Proença, Galdino Penna, Saint-Clair du Baixo, Paes Loureiro, Kzam Gama e De Campos Ribeiro, além de parcerias com seu filho Paulo André Barata, com quem Ruy começou a compor, em 1967. 

Felipe Cordeiro faz participações
Nove das canções gravadas eram inéditas em disco, contribuindo desta maneira para que o público tenha acesso a uma parcela até então desconhecida da obra de Ruy Barata. O intérprete pretende produzir até o final de 2012 seu terceiro CD com canções inéditas. Por enquanto, segue na energia de Gilberto Gil, interpretando sucessos e a vitalidade com suingue da Bahia. 

Dando vida ao repertório de mais de uma hora, Olivar Barreto vem acompanhado pelos maiores nomes da noite paraense: Renato Torres (guitarra), Quiure (guitarra), Maurício Panzera (baixo) e Arthur Kunz (bateria). E pra multiplicar a alegria desta sexta, o show terá ainda participações especiais do poeta Dand M. e do músico Felipe Cordeiro, parceiro de Olivar e que também já aportou seu som na Black Soul Samba. 

No clima, a Black Soul Samba traz ainda como DJ convidado, MR. Dagga, em interferência de dub e ragga no trabalho de Gil. Compondo com ele, seguem ainda Uirá Seidl, Fernando Wanzeller, Kauê Almeida e Eddie Pereira, fazendo visitas a todas as fases da discografia de Gilberto Gil, incluindo o clássico "Expresso 2222" que completa 40 anos de lançamento. Tudo para uma festa a altura da grandiosidade de Gil. 

Serviço
Nesta sexat, 15, tem “Gilberto Gil – 70 anos” com o Show “Cores Vivas”, com Olivar Barreto, na Black Soul Samba. No Bar Palafita – Cidade Velha, ao lado da Casa das 11 Janelas. Ingresso: R$ 10,00 – Com meia entrada para estudantes com carteirinha. Informações: (91) 8413 0861 e 8272 5105 ou no sblog www.blacksoulsamba.blogspot.com/ twitter @blacksoulsamba  e Fan page: BlackSoulSamba. Escute a Black na Rádio: Toda quarta, 21h, com reprise aos sábados, 22h, na Unama FM – 105.5.

(Com informações de Dani Franco, da assessoria de imprensa da Black Soul Samba)

Nenhum comentário: