O Trio Lobita e o Quarto Elemento + o grupo Choramingando farão a alegria de quem gosta de Choro, neste domingo, dia 17 de fevereiro, no Parque dos Igarapés. É a 2a edição do Projeto “Chorinho no Parque”, que iniciou no ano passado com uma deliciosa degustação assinada pelo mestre Ophir Oliveira. A iniciativa é viabilizada por meio da lei Tó Teixeira da Fumbel e Prefeitura de Belém, com realização do Instituto Ariri Vivo, em parceria com o Parque dos Igarapés, e apoio da Associação Sabor Selvagem e Nine Burguer Hamburgeria.
“Choro. Quem não conhece este nome ? Só mesmo quem não deu naqueles tempos uma festa em casa.”
A frase do violonista Alexandre Gonçalves, extraída do livro “o choro: reminiscências dos chorões antigos”, lançado em 1936, e reeditado nos anos 80, mostra bem como o estilo era popular no século XIX e nas primeiras décadas do século XX.
Período em que os músicos da época começaram a executar de forma inovadora, ritmos europeus como a valsa, “scottish”, polca e mazurca, à base principalmente de flauta, violão e cavaquinho, animando festas de famílias e bailes populares ao luar.
Mesmo com a influência do samba nesta amálgama musical, na sua gênese, o choro não constituía um gênero, mas sim, uma maneira dos músicos tocarem seus instrumentos, tendo se adotado o nome tendo em vista a forma “chorosa” com que os músicos executavam as canções.
Hoje em dia o "chorinho", como também é chamado, não detém a mesma popularidade, conquanto já seja mundialmente reconhecido como um autêntico Patrimônio Cultural Brasileiro. No Pará, a tradição do choro é mantida em pleno século XXI, principalmente graças a dezenas de músicos que dedicam-se a manter viva essa chama.
A tarde de boa música no Parque dos Igarapés, desta vez, será
conciliada com uma atividade de plantio e distribuição de mudas
amazônicas, incluindo sorteios do circuito de arborismo (esporte de
aventura realizado em copas de árvores) e tirolesa, para o público
presente. A programação musical inicia às 14h e o ingresso tem o preço
único de R$ 15,00, com entrada franca para pessoas acima de 60 anos,
deficientes, e crianças abaixo de 10 anos, acompanhada de seus pais.
Trio Lobita e o 4º elemento - Formado em 2009, por Paulinho Moura (violão de seis e sete cordas), Marcelo Ramos (violão, bandolim e escaleta) e Azarias Cardoso (violão de seis e sete cordas), o grupo passou a se chamar Trio Lobita (Lobita é o nome de um artrópode do período Jurássico) e o 4º elemento, quando Andréia Pinheiro se juntou ao trio de amigos.
Paulinho Moura relata que devido à grande participação da cantora nas apresentações em bares na capital, eles resolveram adotar definitivamente mais essa integrante no grupo.
O Trio Lobita apresenta um repertório composto de compositores variados, do choro ao samba, composições de nomes lendários como Pixinguinha, Lúcio Batista e Cartola, estão entre as canções que o grupo executa em suas performances.
O restante do repertório é formado por letras e arranjos feitos pelo próprio grupo, que se encontram todas as terças-feiras na casa de Paulinho para o que, de acordo com ele é 'trocar figurinhas'. 'Nesse dia da semana nós nos encontramos na minha casa para tocar, cantar, preparar os shows e conversar sobre vários assuntos, principalmente música', comenta o músico.
Choramingando - O grupo choramingando é basicamente constituído por membros do extinto projeto “Choro do Pará”. Com o término do projeto, em 2009, os jovens músicos: Edmar Silva(percussão), Albert Cordeiro(violão 7 cordas) e Reginaldo Junior(violão 6 cordas), decidiram continuar estudando e executando o tradicional gênero, enriquecendo a “teia” melódica do grupo, com a inclusão dos músicos: Robson conceição, no cavaquinho, e Eder dos anjos na clarineta.
Durante os ensaios, sempre descontraídos, brincavam com a qualidade do choro que produziam, pois como tiveram a chance de estudar e conviver com grandes chorões de Belém: Paulinho Moura, Mauro Ricardo, Diego Leite, Marcio Jardim, Bruno Miranda, Marcelo Ramos, Claude Lago, Marcos Puff, Carlos ‘Buchecha’, dentre outros, puderam observar o grau de virtuosismo que o Choro exige e sempre diziam entre si: “eles choram, nós ainda choramingamos”.
Desta brincadeira surge o nome Choramingando.
Vieram as primeiras apresentações em bares da Cidade Nova, aniversários, comemorações, festividades paroquiais e apresentações no Ver o rio. O entrosamento veio com mais força depois de uma longa temporada de apresentações nos bairros centrais de Belém, e assim, o grupo, mais maduro, tem hoje o devido reconhecimento como uma das principais revelações do estilo no norte do Brasil.
Serviço
2a Edição do Projeto “Chorinho no Parque” – No Complexo Ecológico Parque dos Igarapés, no conjunto Satélite – WE 12, n. 1000 (entrada pela Rodovia Mário Covas).
Quando: Domingo, 17/02, a partir de 14 horas.
Quanto: R$ 15,00, na portaria do Parque dos Igarapés
Informações: 8291-6992 / 3248-1718.
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