A música autoral feita no Pará é o foco de todas as edições que já
passaram pelo palco do Teatro Margarida Schivasappa e das que ainda vão
passar.
Como de costume, o que não faltam são atrações para todos os gostos. E
não podia ser diferente hoje, quando a noite trará os shows de Vinyl Laranja, Turbo, Espoleta Blues, Pedrinho Callado, Coletivo Rádio Cipó
e Mestre Vieira.
Mestre Vieira se apresentará com sua banda formada por Wilson Vieira (teclado), Valdecir Vieira (bateria), Roberto Marques (guitarra), Bené (baixo) e Kim Vieira (percussão). Filho de agricultores, Joaquim de Lima Vieira, Mestre Vieira, da guitarrada, arriscou os primeiros
acordes ainda na infância e já demonstrava notável habilidade com o
bandolim. Mais tarde, ao juntar de forma original elementos do choro, do
merengue e de outros ritmos, Mestre Vieira sintetizou na guitarrada uma
das mais ricas escolas musicais do país.
Nos anos 2000 o ritmo
atravessou fronteiras com o projeto Mestres da Guitarrada, que reuniu
Vieira, Curica e Aldo Sena. Com seu estilo genuíno, Mestre Vieira
influencia até hoje artistas dos quatro cantos do Brasil. Considerado um
dos precursores da guitarrada paraense, Mestre Vieira chega aos 78 anos
de idade tendo sua trajetória registrada no documentário “Coisa Maravilha” e grande parte de seu repertório no DVD 50 anos de guitarrada - ao Vivo no Theatro da Paz.
Mestre Vieira encerra a apresentação no Teatro Mragarida Schivasappa, mas quem abre é a banda Espoleta Blues, criada em 2012, trazendo em sua formação quatro pais, os amigos
papais Elder Effe (baixo e voz), Junhão Feitosa (Bateria), Argentino
Neto (Teclado, Sax e clarinete) e Fabrício Gaby (Guitarra).
Espoleta Blues |
Eles
preparam o terreno para que os filhos Sofia (Voz), Babí (Voz), João (Voz
e tambor) e Duda (Voz e guitarrinha) pintem e bordem no palco
Com
letras que falam de amizade, cachorrinhos, fantasmas, princesas e tudo
que permeia o universo infantil, o Espoleta segue conquistando fãs por
onde passa. O rock, funk, country, jovem guarda e até o bolero e o blues
estão presentes no repertorio da turma, que tem canções como “A
princesa”, “O trem fantasma”, “C.A.M.A.R.Ã.O” (composta para a trilha
sonora da animação ‘A Onda – Festa na Pororoca’).
Já o Coletivo Rádio Cipó, é um núcleo de produção que alia à tecnologia
digital “caseira” na produção de pesquisas sonoras, vídeos experimentais
e artes integradas na capital de Belém do Pará. O grupo é formado pelo
produtor Carlinhos Vas (bateria), MC Rato Boy, Renato Chalu (guitarra),
Jarede Almeida (baixo) e Rodrigo Jahmant (vocal e efeitos).
Em fase de
pré-produção, o álbum “Faroeste Samba Dub” promete mostrar um
amadurecimento e o enriquecimento do Coletivo Rádio Cipó em relação as
suas influências musicais: rock´n´roll, funk, afrobeat, reggae, entre
outros. Na discografia do grupo o CD “Formigando na calçada do Brasil”
de 2005 e o DVD “Eletrofunkdubsocial” de 2009. E entre as apresentações
realizadas pelo coletivo houveram as do Festival Se Rasgum 2006, 2007;
Sesc Pompéia(SP) 2007 a 2011;; LIFEN (Londres) 2009 e o OI Futuro(RJ)
2010.
Coletivo Rádio Cipó |
Possui dezenas de composições gravadas por muitos cantores como: Lucinha Bastos, Simone Almeida, Alba Maria e Olivar Barreto. O artista foi premiado em vários festivais paraenses e foi primeiro lugar no Festival de Música de Santarém Novo.
Também conseguiu
premiações importantes Brasil afora nos estados de São Paulo, Minas
Gerais, Goiás, entre outros. Pedrinho representou o Estado da Bahia no
Festival da Rede Globo (Canta-Nordeste). Em 2004 foi contemplado com uma
bolsa de pesquisa pelo Instituto de Arte do Pará, que gerou o CD
“Etnomúsica”, e também neste mesmo ano foi agraciado com o I Prêmio
Cultura de Música, promovido pela FUNTELPA.
Elaborou várias trilhas para
curtas como o Cartas da Irmã Doroth (com o ator Wagner Moura e Padre
Fabio de Melo). Em 2010 lançou o CD “HUM-HUM!” com participações de
convidados como Lucio Mouzinho e Mel Ribeiro, e atualmente estará
lançando seu novo CD denominado “Música na Rede é Peixe”.
Turbo |
A terceira atração é a banda Vinyl Laranja, surguida em 2004, conhecida pela sua
irreverência e atitudes inesperadas, que pontuam o post rock feito com
competência pela banda, formada atualmente por Andro Baudelaire, Saul
Smith, Bruno Folha e Wagner Nugoli.
O grupo tem um EP (If She Ask) e um
CD gravados (Unfaceless Bride), já se apresentou em Festivais como o
South by Southwest, e tem músicas conhecidas do público paraense como
“Tharuell”, “Jaws”, “Mariane” e “To Love”, sendo que essa última teve
videoclipe lançado recentemente.
Diversão, válvulas e guitarra no talo, a banda Turbo é a segunda a se apresentar para mostrar seu som repleto de elementos essenciais do som
setentão conhecido por Rock’n’Roll. A
banda é composta por Camillo Royalle (vocal e guitarra), Wilson
Fujiyoshi (baixo) e Netto B. (bateria). Em quase dez anos, a banda
gravou o disco intitulado “Turbo”, a fita k7 “Rajada on the tape Vol. 1”
e o compacto em vinil “Gostas do Delírio, baby?”, produzido no ano
passado e masterizado no estúdio “Abbey Road”, por onde já passaram
artistas como Beatles, Pink Floyd.
Suas performances são explosivas,
possuem composições que falam de loosers e garotas de uma maneira
extremamente única e divertida, fogem do padrão estabelecido até mesmo
pelos próprios seguidores do gênero que tocam. Agradam tanto quem curte
um som mais pop, como a galera do underground de Belém. O trio viajou no
início do ano para a cidade de Gotemburgo, localizada na Suécia gravar
“Eu Sou Spartacus”, disco que teve produção de Chips Kiesbye.
Allan Carvalho |
O
público já está acostumado, mas já vai entrando em clima de despedida. A partir do espetáculo desta noite, 9 de julho, só
restarão mais três noites de Mostra até o final da programação da
Mostra.
Na última terça-feira, mais uma vez, os ingressos esgotaram rapidamente e o público lotou o Margarida Schivasappa para assistir as apresentações de Luê, Davi Amorim, Ely Farias, Rafael Lima, Ronaldo Silva e Allan Carvalho, que surpreenderam todos os presentes com a diversidade musical característica da música paraense.
Na última terça-feira, mais uma vez, os ingressos esgotaram rapidamente e o público lotou o Margarida Schivasappa para assistir as apresentações de Luê, Davi Amorim, Ely Farias, Rafael Lima, Ronaldo Silva e Allan Carvalho, que surpreenderam todos os presentes com a diversidade musical característica da música paraense.
Até o seu final, a Mostra Terruá terá recebido, entre os meses de maio, junho e julho, no Margarida Schivasappa, 72 artistas que foram selecionados por um júri especializado. As apresentações da mostra recebem a avaliação de uma comissão artística formada pelo publicitário e produtor Gustavo Rodrigues, pelo radialista Beto Fares e do produtor cultural Márcio Macedo.
Da Mostra Terruá serão selecionados 12 artistas para compor o espetáculo Terruá, que dá início a série de ensaios logo após o final da Mostra, em setembro.
Na programação que segue no Schivasappa, as apresentações tem início sempre às 20h. Esta será a quinta noite da Mostra.
O espetáculo tem transmissão ao vivo pela Rádio e TV Cultura, e pelo site (www.terruapara.com.br/mostraterrua). Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Teatro Margarida Schivasappa no dia das apresentações, a partir das 18h. Mais informações: www.terruapara.com.br/mostraterrua/programacao.
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