O livro Som Direto no Cinema Brasileiro: fragmentos de uma história, de Márcio Câmara será lançado em Belém nesta sexta-feira, 30, às 18h30, na Livraria Fox (Travessa Dr. Moraes 584 - Batista Campos). O evento inclui um masterclass com o realizador audiovisual e técnico de som direto, que também é professor e pesquisador do tema.
O livro é resultado de uma pesquisa inédita que aborda as técnicas de gravação utilizadas e o papel criativo dos profissionais em filmes que fizeram história. O autor já está em Belém fazendo o som direto do novo filme de Roger Elarrat "Eu, Nirvana", com quem trabalhou em Juliana Contra o Jambeiro do Diabo pelo Coração de João Batista.
Já um conhecido do meio artístico do cinema paraense, Márcio Câmara (Fortaleza, Ceará, 1963), já participou também em Belém de filmes de Jorane Castro - Para ter onde ir, Ribeirinhos do Asfalto, Quando a chuva chegar, Invisivéis Prazeres Cotidianos, Mulheres Choradeiras e com Marta Nassar em A Origem dos Nomes.
Lançou em 2017 o longa metragem documentário Do Outro Lado do Atlântico, premiado em Cabo Verde, Berlin e Rio de Janeiro e exibido em Lagos, Nova Iorque, Lisboa, Habana e Trieste, e em diversas cidades brasileiras. O filme será exibido em Belém, no dia 3 de julho, seguido de debate, com o diretor no Cine Olympia.
O livro "Som Direto no Cinema Brasileiro" é baseado na pesquisa de dissertação de mestrado do autor apresentada na Universidade Federal Fluminense. A obra resgata o caminho percorrido pelo profissional que exerce a função de técnico de som direto no cinema. Na obra, o autor defende a importância técnica e criativa do som direto para a densidade narrativa de um filme.
Uma das contribuições importantes do livro está o encontro com Mark Van der Willigen, profissional da área que morou por 20 anos no Brasil e que esse ano ganhou o prêmio de melhor som pela Associação Brasileira de Cinematografia pelo seu trabalho em Chatô.
Willigen participou de filmes da retomada do cinema brasileiro, imprimindo rigor técnico, por meio de equipamentos de gravação de som que ainda não estavam disponíveis no Brasil, disseminou conhecimento e formou diversos técnicos que atuam no cinema brasileiro.
O doutor em Comunicação pela UFF e autor de Som no Cinema Brasileiro, Fernando Morais da Costa, assina o prefácio. Referência no campo de estudos de som no Brasil, o professor afirma que o texto de Márcio Câmara é o resultado das inquietações que movem o profissional, no que diz respeito ao papel criativo do técnico de som direto.
“A minha ideia foi propor uma pesquisa sobre a participação criativa do Técnico de Som Direto dentro da cadeia audiovisual. Para falar disso, utilizei de conversas com diferentes Técnicos de Som Direto, de diferentes épocas, com destaque no cinema brasileiro, para que eles me indicassem a participação criativa de cada um dentro da cadeia de produção de som no cinema brasileiro. Com isso consegui construir uma pequena história, mesmo que fragmentada, do desenvolvimento e da prática do som direto no cinema brasileiro”, diz Márcio Câmara.
O livro será lançado na Livraria Fox com a realização do masterclass onde o autor abordará a trajetória do som direto no cinema brasileiro desde dos anos 60 até hoje, com a exibição de entrevistas gravadas com os participantes dessa história, além de trechos de filmes que assinalam a participação criativa desses profissionais. Evento aberto ao público com entrada gratuita, às 18:30hrs.
Realizador e Técnico de Som de Direto
Graduado em Cinema pela San Francisco State University, Márcio é Mestre em Comunicação, na área de Estudos de Cinema, pela Universidade Federal Fluminense. Produziu.
Já dirigiu dirigiu Rua da Escadinha 162 (2003), ganhador de 30 prêmios entre eles o de Melhor Documentário Curta Metragem Brasileiro pela Academia Brasileira de Cinema (2004) e os também premiados Identidades em Trânsito (2007), Torpedo (2009), Saudade de Andrea (2010), Doido pelo Rio (2011), Joaquim Bralhador (2014) e Quitéria (2016), que fizeram carreiras em diversos festivais e mostras nacionais e internacionais.
Foi indicado cinco vezes ao prêmio de Melhor Som Direto pela Associação Brasileira de Cinematografia e quatro vezes ao da Academia Brasileira de Cinema pelo som direto de filmes como A Ostra e o Vento (1996), Lavoura Arcaica (1999), Deus é Brasileiro (2001), Peões (2002), Amélia (2002), Cinema, Aspirinas e Urubus (2003), Zuzu Angel (2004), Os Desafinados (2005), Mutum (2007), Salve Geral (2008), Elvis e Madona (2009), Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2010), Jogos da Paixão (2012) e Fera na Selva (2017).
Lançamento Literário
Som Direto no Cinema Brasileiro: fragmentos de uma história
Autor Márcio Câmara / RDS Editora, 100 págs
valor R$40,00
Dia 30 de junho de 2017 (sexta-feira), às 18:30hrs
Livraria FOX - Trav. Dr. Moraes, entre Av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus
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