O Cine Líbero Luxardo exibe nesta quinta (20), “O Último Trago” (16h), “Inferninho” (18h) e “O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva” (20h), que seguem em cartaz nos mesmos horários nos dias 23, 25 e 26 de junho. Ingressos: R$ 12,00, com meia-entrada R$ 6,00.
Um boa opção para quem
estiver na cidade.
Pode-se optar por um,
mas também fazer
uma imersão no recente
cinema brasileiro.
Em “O Último Trago”, de 2016, dirigido pelos irmãos Luiz e Ricardo Pretti e Pedro Diogenes, uma mulher resgatada à beira da estrada incorpora o espírito de uma guerreira indígena desencadeando uma série de eventos que atravessam tempo e espaço. Do sertão nordestino ao litoral, séculos de lutas de dominação e resistência. O longa ganhou os prêmios de melhor montagem, melhor atriz coadjuvante (Samya de Lavor) e direção de fotografia no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2016.
O filme foi considerado esteticamente experimental, onírico pela crítica. Luiz Santiago do site Plano Crítico disse que o "princípio dadaísta da construção do roteiro resultou em um drama histórico, marcado por um realismo mágico e político, investigando as raízes brasileiras, pensando sobre a História e memória nacional, sobre o massacre de índios e negros, sobre a presença esquecida das mulheres — existem três guerreiras simbolizando três patamares e tempos distintos do país –, sobre a opressão e a mortandade (oficiais ou não) no Brasil, que permaneceram esquecidas e/ou escondidas do grade público. O Último Trago é, portanto, um filme experimental sobre a História do sangue que regou o solo brasileiro desde o início da colonização. E convenhamos, a proposta é ótima".
O filme foi considerado esteticamente experimental, onírico pela crítica. Luiz Santiago do site Plano Crítico disse que o "princípio dadaísta da construção do roteiro resultou em um drama histórico, marcado por um realismo mágico e político, investigando as raízes brasileiras, pensando sobre a História e memória nacional, sobre o massacre de índios e negros, sobre a presença esquecida das mulheres — existem três guerreiras simbolizando três patamares e tempos distintos do país –, sobre a opressão e a mortandade (oficiais ou não) no Brasil, que permaneceram esquecidas e/ou escondidas do grade público. O Último Trago é, portanto, um filme experimental sobre a História do sangue que regou o solo brasileiro desde o início da colonização. E convenhamos, a proposta é ótima".
Já o “Inferninho” (2018), dirigido pelos cearenses Guto Parente e Pedro Diógenes, bem recebido pela crítica, que embora tenho o considerado um filme de "tom melancólico", o elogia por ser protagonizado por personagens LGBT .
Lou Cardoso, do Jornal Correio do Povo, do Ceará, escreveu que "esteticamente, o longa capricha no seu ambiente vazio e desorganizado, criando uma sensação de decadência de cada ser que frequenta o bar Inferninho".
O filme conta a história de Deusimar (Yuri Yamamoto), uma dona de bar que sonha em morar em um lugar distante, e Jarbas (Démick Lopes), um marinheiro recém-chegado com a intenção de construir relações sólidas. O encontro dos dois é o ponto de partida para o filme, que também conta a história de outras pessoas que enfrentam obstáculos para viver pelo simples fato de não se enquadrarem nos padrões da sociedade.
Lou Cardoso, do Jornal Correio do Povo, do Ceará, escreveu que "esteticamente, o longa capricha no seu ambiente vazio e desorganizado, criando uma sensação de decadência de cada ser que frequenta o bar Inferninho".
O filme conta a história de Deusimar (Yuri Yamamoto), uma dona de bar que sonha em morar em um lugar distante, e Jarbas (Démick Lopes), um marinheiro recém-chegado com a intenção de construir relações sólidas. O encontro dos dois é o ponto de partida para o filme, que também conta a história de outras pessoas que enfrentam obstáculos para viver pelo simples fato de não se enquadrarem nos padrões da sociedade.
A produção já coleciona quase 10 prêmios, entre eles, o de melhor filme no Festival Internacional de Cinema Queer, em Portugal; o Prêmio Felix Especial do Júri, no Festival do Rio; e as categorias de Melhor Filme, Direção e Ator, na Mostra Internacional de Cinema de São Luís.
No documentário “O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva”, a diretora Letícia Simões faz uma homenagem ao romancista marajoara Dalcídio Jurandir, depois de ter conhecido sua obra durante uma viagem ao Pará. O filme, de3 2018, foi vencedor do Prêmio Olhares Brasil e melhor longa-metragem pelo Prêmio Looke de Distribuição da 7ª edição Olhar de Cinema.
Francisco Carbone, do Jornal do Brasil, observa a sensibilidade da diretora, que "investiga o período em que Dalcidio precisou se afastar de sua recém formada família nos anos de 1930 para ser professor na afastada Ilha de Marajó, à época. Apartado dos amores que construiu, Dalcidio enfrentou a solidão através das cartas que enviou a esposa Guiomarina durante os tempos em que permaneceu longe". Para ele o filme frui entre a verdade do autor e a observação sobre o lugar filmado e sua realidade. "Mas o todo do longa é uma sucessão de acertos que compensa as questões, além de adensar a história familiar de Dalcidio com um momento de dor inimaginável", escreveu o crítico.
Serviço
"O Último Trago” (16h), “Inferninho” (18h) e “O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva” (20h). De 20 a 23 e nos dias 25 e 26 de junho, no Cine Líbero Luxardo - Av. Gentil Bittencourt, 650. Os ingressos custam R$ 12,00 a inteira e R$ 6,00 a meia.
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