29.7.21

A ideia do novo restaurante que deu em websérie

No Ver-o-Peso | Foto: Laís Teixeira
Foi pensando em cultura e tradição que Thiago Castanho resolveu apostar em um novo projeto de restaurante, o Bayuca, com Y,  alusão à Yuca, do espanhol, que significa mandioca, iguaria que seria o carro chefe do cardápio, e que também se conecta muito bem com a cultura da baiuca, com C. O que é, quais são os tipos, o que que rola, quais as pessoas que consomem no dia a dia. Tudo isso já estava mapeado quando a Bohemia fez o convite para Thiago Castanho apresentar a websérie “Do Boteco à Baiuca”, que estreou na semana passada no canal @thiagocastanho, no Instagram, e que lança o segundo episódio nesta quinta-feira, 29 de julho, com uma visita do chef no Ver-o-Peso, para mostrar um dos principais ingredientes da culinária paraense, quem adivinha aí qual é? 


Thiago Castanho é um chef jovem e bastante conhecido em Belém, além de ter reconhecimento em todo o país, a partir de seu trabalho também como apresentador da série de gastronomia Sabores da Floresta no canal Futura, onde ele representa a culinária paraense e todas suas tradições, buscando sempre elementos regionais e receitas que conectem a natureza do Pará e da Amazônia. Em abril de 2020 ele anunciou o fechamento do Remanso do Bosque, restaurante requintado situado próximo ao Bosque Rodrigues dos Alves, no bairro do Marco, para inovar em um novo empreendimento, desta vez, privilegiando o ambiente simples e intimista das baiucas.

O planejamento para o novo restaurante iniciou em 2019, quando Thiago Castanho estudou melhor o conceito da versatilidade e da simplicidade das baiúcas. "Esse novo restaurante vai misturar a cultura de boteco com a das baiucas", explica o chef. "A ideia era ter aberto em julho de 2020, mas a pandemia não deixou. Criei a marca, identidade visual, o plano de negócio. E aí a Ambev percebeu isso e nos reunimos. A partir daí,  passamos então a criar o projeto da websérie", complementa.

Ainda na fase de pesquisa para o projeto do restaurante, ele visitou várias baiucas de Belém, fotografando pratos, pessoas e dando visibilidade a tudo isso em seu Instagram. "Comecei a perceber que embora elas sejam muito comuns de serem encontradas no Pará, isso não tem a reverberação midiática que merece". O termo estava caindo em desuso e se tornando pejorativo, "como se fosse ofensa chamar bar de boteco ou baiuca, pois seria como rebaixar o conceito do lugar". 

O projeto do restaurante também cria o Guia Baiucas de Belém, onde as pessoas poderão conferir as referências que ele foi buscar e também seria uma iniciativa de criar um percurso novo na cidade, promovendo o turismo cultural de valorização dessa tradição, o que acabou caindo como uma luva nos projetos que a Bohemia está traçando para desenvolver no Pará este ano.

“A baiuca tem a nossa estética, é a nossa cultura como algo simples. Vários artistas, inclusive, se inspiram nesta estética em suas obras, como o fotógrafo Luiz Braga e os artistas plásticos Emmanuel Nassar e Marinaldo Santos. As pessoas precisam ter um olhar diferenciado para isso e não menosprezar a baiuca, não colocar um restaurante ou um bar acima de uma baiuca. E neste sentido o projeto da webserie soma muito”, defende Thiago Castanho. 

Bohemia e Belém, a tradição como receita

Foto: Laís Teixeira
A Bohemia foi a primeira cervejaria brasileira, ela surgiu em 1953 e, apesar da cerveja ser do Rio de Janeiro, hoje ela é uma marca 100% nacional. Está em todo o Brasil, mas quando se fala de Belém do Pará, especificamente, há uma conexão perfeita. “Aqui tem muita tradição e cultura e Bohemia traz isso no DNA. Falar de Bohemia é falar dessa tradição e sobre o movimento das tradições, como elas vão se atualizando ou como elas continuam sendo importantes na vida das pessoas. Então quando conversamos com o Thiago Castanho, não tivemos dúvidas em apostar na websérie”, explica a gerente regional da Ambev, Thalita Barreto.

A expectativa é estreitar laços com o paraense e levar também essa tradição para mais pessoas. “A marca alcança todo o país e a gente acredita também que, ampliando essa conexão entre o Pará e a Bohemia, vamos conseguir levar essa cultura tão maravilhosa para a vida de mais pessoas”, diz Thalita Barreto.

Há receitas que não devem ou são muito difíceis de mudar, como a maniçoba, por exemplo. “Se mexer tem que ser algo muito bem pensado, porque a tradição dentro do sangue paraense é muito forte. Você vê que há discussões sempre acaloradas quanto ao açaí, quando se coloca granola. Isso é inconcebível na cabeça do paraense, isso. E a Bohemia tem essa mesma receita e identidade  desde que surgiu", comenta Thiago que ao todo vai apresentar 8 episódios da série "Do Boteco à Baiuca". 

E a Ambev comemora. "Estamos muito felizes com essa websérie. Ela está visualmente e musicalmente está muito linda, assim como todos os personagens, convidados nossos e do Thiago que participam e trazem inúmeras informações sobre a cultura paraense", conclui Thalita Barreto.

Serviço

São 8 episódios da webasérie "Do Boteco à Baiuca", que vão vão estrear de 15 em 15 dias até outubro, uma semana antes do Círio de Nazaré, sempre focando na tradição cultural de Belém, característica que se conecta aos conceitos que a Bohemia também cultiva. Para acompanhar, acesse o canal de Thiago Castanho: https://www.instagram.com/thiagocastanho/channel/

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