O Tapajazz nasceu há oito anos banhado pelas águas do rio Tapajós, em Alter do Chão, Santarém, no Pará. O primeiro festival de jazz do interior amazônico é também um dos quatro maiores do gênero na região. A ideia foi do produtor Guilherme Taré, da Fábrica Produções, que conhece a tradição musical do município e viu nisso a oportunidade e importância de se criar um festival de música, a altura da qualidade musical do violonista Sebastião Tapajós e do saudoso Maestro Izoca, ícones da região.
Desde então, em suas seis edições realizadas em Santarém, o festival já reuniu e uniu músicos do quilate de Yamandú Costa, Hamilton de Holanda, Toninho Horta, além dos paraenses Mini Paulo, Delcley machado, Márcio Jardim, entre muitos outros. Em 2020, não satisfeito em realizar o evento anual de três dias em sua cidade, Guilherme Taré resolveu trazer um recorte da iniciativa para a capital paraense.
E assim, ano passado, a 1ª edição do Tapajazz Mostra Belém ocupou o Teatro Waldemar Henrique. Em três dias, também, o evento teve um público restrito, presencialmente, e foi transmitido pelo Youtube, condições exigidas do momento pandêmico que ainda estamos vivendo. Alguns artistas se apresentaram no palco do teatro e outros entraram, de São Paulo e Macapá (AP), ao vivo, pela internet.
Este ano, a segunda edição do projeto também terá formato híbrido, com programação de 12 a 14 de agosto, iniciando sempre às 19h30, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur. A transmissão será pelo canal de Youtube, mas a diferença é que em 2021, todos os artistas estarão em Belém, chegando na véspera e frequentando uns os shows dos outros. O clima será de encontros, reencontros, muita música e novos ares ao festival.
O Tapajazz Mostra Belém em 2021 está sendo realizado com apoio do edital Festivália, da Lei Aldir Blanc, Secult-Pa e Governo do Estado do Pará e Fábrica de Produções. O patrocínio é da ALCOA. Apoio da Prefeitura de Belém, Casa do Saulo e Holofote Virtual.
Foto: Marcelo Castello Branco |
Já gravou dezenas de discos e, mesmo na pandemia, ele não parou, e gravou um álbum, em casa, lançado nas plataformas digitais pela Fina Flor. Atualmente está gravando um novo CD, que vai se chamar Caderno Espanhol. Logo depois do Tapajazz Mostra Belém, ele se apresentará, como solista da Jazz Sinfônica de São Paulo e, em dezembro, com a Big Band Vale Jazz em Vitória.
O pianista paraense, Lenilson Albuquerque, que estará em formação de quinteto, com baixo, bateria, sax e percussão, entra logo em seguida no palco. O artista vem atuando com grandes nomes da música paraense, morou em Minas Gerais, e fez shows internacionais como na cidade do México. Arranjador e diretor musical, ele irá apresentar também, um pouco de seu repertório autoral.
O tom feminino plural do evento!
Badi Assad | Foto: Alex Ribeiro |
Badi Assad vem mostrar, no segundo dia (13.08) da mostra, o show “Volta ao Mundo em 80 Artista”, que é um dos desdobramentos do livro homônimo, lançado em 2018. O projeto além de show, se tornou CD, lançado nos EUA, onde a cantora está no momento cumprindo uma agenda, antes de voltar ao Brasil e voar para o Tapajazz, em Belém. A também violonista e compositora traz como convidada, a instrumentista baiana Lívia Mattos, desbravando assim, pela primeira vez, a presença feminina num palco principal do Tapajazz.
"Lívia é uma das melhores artistas da atualidade e vem participando de todos os meus últimos projetos. Ela não poderia deixar de participar da primeira atuação de artistas mulheres no festival de Tapajazz ao meu lado!". (Badi)
A artista tem mais de 14 álbuns lançados em todo o mundo e mais de 40 países visitados em 25 anos de carreira. Versátil e sempre envolvida em novos projetos, ela lançou, nesta semana, uma série de vídeos em que ela canta canções censuradas na Ditadura Militar. Fica a dica pra você assistir e se deleitar, com música, narrativa e, principalmente, história.
Armandinho Macêdo | Foto: Divulgação |
Armandinho Macêdo tem mais de 38 discos gravados, sendo os últimos “A Cor do Som - 40 Anos”, “B.A.S – Brazil Afro Symphonic” e "Armandinho Macêdo – Maria Vasco”, todos disponíveis para venda pelo perfil do artista, no Instagram. Nascido na capital baiana, ele é referência dos carnavais de Salvador, filho do criador do primeiro trio elétrico (Osmar Macêdo) com seu parceiro Dodô.
A partir do cavaquinho eletrificado e tocado pelo pai Osmar e o parceiro Dodô, Armandinho Criou um novo modelo de guitarra em que acrescentou cordas, refez a afinação, acrescentou uma alavanca, diminuiu o tamanho, elaborou um novo design, aperfeiçoou, deu o seu estilo, registrou a marca, e a batizou de. “Guitarra Baiana”, criando um instrumento de características únicas que vem se tornando cada vez mais internacionalizado dando ao guitarrista uma projeção maior em todo o âmbito nacional.
Sebastião Tapajós e convidados
Um dos violonistas brasileiros de maior prestígio no exterior, Sebastião Tapajós voltou a residir em Santarém, optando por uma vida simples, numa casa de frente para a praia de Pajuçara, mas em agosto, ele estará na capital paraense. Ao longo da carreira, tocou com nomes consagrados da música brasileira e internacional, da importância de Hermeto Pascoal, Sivuca, Paulo Moura, Waldir Azevedo, Astor Piazzolla, Gerry Mulligan, Oscar Peterson e Paquito D’ Rivera. Possui dezenas de discos gravados. Até hoje tem grande popularidade na Alemanha, onde já esteve 90 vezes e lançou mais de 30 discos.
Serviço
Tapajazz – Mostra Belém – 2021. De 12 a 14 de agosto, às 19h30, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur. Gratuito. Haverá distribuição de ingressos respeitando as orientações e protocolos de saúde vigentes. Em breve novas informações. Siga o Tapajazz nas redes sociais @tapajazz. O Tapajazz Mostra Belém é um projeto selecionado pelo edital Festivália, da Lei Aldir Blanc, Secult-Pa e Governo do Estado do Pará em realização com a Fábrica de Produções, patrocínio da ALCOA. Apoio da Prefeitura de Belém, Casa do Saulo e Holofote Virtual. Siga o @tapajazz no Instagram e Facebook.
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