Fotografia de Valdir Curz |
Fotografias, pintura, videoarte, objetos e interferência urbana. A 37ª edição do Salão Arte Pará, com curadoria geral de Paulo Herkenhoff, traz como eixo central a área Indígena. Abertura, dia 10 de outubro, às 19h30, no Museu da UFPA, e dia 11, às 10h30, na Rocinha - Museu Paraense Emílio Goeldi.
Partilhar aproximações e estranhamentos culturais, além de preservar um patrimônio cultural indígena. "A ideia é dar voz desse a esse patrimônio e entendê-lo como atual e não apenas como algo do passado, seja um passado recente, seja um passado mais remoto”, diz Vânia Leal, curadora educacional do salão. Ela adiantou ao blog um pouco do que o público vai ver neste evento, que já integra o calendário cultural da cidade de Belém, no período do Círio de Nazaré.
Este ano são 21 artistas convidados, que vão atravessar a temática da cultura indígena em diversos núcleos. "Haverá um núcleo de vídeos extraordinários com os artistas: Letícia Parente, Guerreiro do Divino Amor, Juliana Notari, Katia Maciel, Niura Bellavinha, Isabel Ramil, Octávio Cardoso e Armando Queiroz”, continua a curadora.
Já no núcleo da pintura estão trabalhos de Nina Matos, Dina de Oliveira, Eder Oliveira, Armando Sobral e Ruma. No núcleo da fotografia, Edu Simões, João Farkas, Rogério Assis, Valdir Cruz, Claudia Andujar, Xadalu e Berna Reale trazem em suas obras o reconhecimento da identidade indígena como parte integrante e ainda atuante na própria identidade brasileira.
Videoperformance "Mimoso", de Juliana Notari |
“Identidade que muitas vezes é pensada somente como uma participante ancestral na construção do Brasil, mas que, no entanto, é fator vivo em nosso país. O artista Xadalu (RS), da etnia Guarani, fará uma interferência urbana em pontos estratégicos. Ainda é surpresa mas deixará marcas na cidade”, adianta Vânia Leal.
Ainda na fotografia, Walda Marques vai apresentar o vídeo resultado do Projeto Senhora Raiz, além de registros fotográficos, segundo a curadoria, ricos em detalhes do trabalho com foco na mão-de-obra feminina, que há muito está intimamente ligada à atividade artesanal, desde a colheita, plantação e preparo da farinha.
“Por sua ação agregadora, a mulher é personagem principal nesse processo. Ela conduz com maestria, debulha, carrega o cesto, descasca, tritura, seca e transporta em canoas”, diz Walda ao ressaltar que, todo esse processo é foco do registro e está presente em cada etapa da cadeia produtiva da mandioca paraense até chegar às mesas de todas as classes sociais, sem distinção.
Serviço
37º Arte Pará. Abertura dia 10, às 19h30, no MEP, e dia 11, às 10h30, no Museu Emílio Goeldi. Patrocínio: FIBRA - Faculdade Integrada Brasil Amazônia. Apoio: SetransBel, Sol Informática e O Liberal na Escola.
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