O “Sinfonias de Inclusão” recebeu mais uma turma, nesta terça-feira, 30 de outubro, 120 pessoas idosas. Elas ouviram uma apresentação e visitaram as instalações do Theatro da Paz, por meio de contração de histórias, e ouviram a Sinfonia n. 39, de Mozart sob a batuta da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP).
A visita começa com cotação de histórias sobre o próprio teatro. Logo em seguida todos são convidados à Varanda, onde aplaudem a OSTP e dizem o quanto gostaram da audição. Alguns estiveram pela primeira vez no teatro, querem voltar, repetir a experiência. É com este sentimento que os participantes do "Sinfonias de Inclusão" têm saído das ações realizadas desde junho no Theatro da Paz.
Além da música, o público ainda assistiu a mais um trecho de contações de histórias, desta vez alusivas ao espaço do Foyer e seu uso como salão de bailes no século XIX, inclusive carnavalescos. Maria Aldenora Neves, de 66 anos, chegou a ficar emocionada com a visita, as lágrimas vieram à tona. Sentada na varanda, local onde no início do século XX ficavam os grandes barões da Era da Borracha, ela se sentiu privilegiada em participar da ação.
“Achei lindo, é a primeira vez que venho aqui. Fomos convidados para vir e eu não sabia o que era, fiquei surpresa, adorei. Também não conhecia música erudita, teve um momento que estava ouvindo e me deu vontade de chorar de ter visto essa orquestra”, comentou.
Ela também conheceu mais sobre a estrutura do teatro, como os locais para o público (varanda, frisas, camarote e paraíso) e sobre a lenda do Uirapuru pela música do maestro Waldemar Henrique, com a interpretação da atriz e arte educadora Karla Pessoa.
A dona Laurinda Chagas da Silva, 65 anos, também pisou no Da Paz pela primeira vez.
“Achei lindo, foi um dia muito feliz. Só tinha visto orquestra e o teatro pela televisão. Me senti em êxtase, como se estivesse flutuando com essa música, a alma da gente fica leve. Deu para aliviar o coração”, contou a idosa, que agora pretende voltar ao Theatro.
Irene Santos, 70, agradeceu à equipe do projeto e à orquestra e revelou que a visita ajudou a minimizar os sintomas da depressão. Atuante em grupo de idosos, ela pretende chamar as amigas e também voltar à casa de espetáculos para assistir os concertos da OSTP.
“Foi muito bom para a minha mente, estou aprendendo a superar a depressão. Me senti muito bem, estou feliz! Transmite muita coisa boa para nossa mente”, disse.
Maria Feitosa, 69, também revelou sua história de vida: nascida no interior do Pará, em São Francisco, ela nunca teve oportunidades de frequentar teatros. Foi a primeira vez no Da Paz e à frente de uma orquestra profissional. “Minha filha mora em Macapá e vejo na casa dela, mas nunca tinha visto ao vivo. Tinha um desejo enorme de ver, mas tem a distância, moro na Cidade Nova [Ananindeua, na Região Metropolitana]”, contou.
No total, participaram 120 idosos. Foram 40 do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Terra Firme e 80 idosos do Instituto Cynthia Charone. O projeto é coordenado pela produtora cultural Carmem Ribas e é uma realização é do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Academia Paraense de Música (APM), com apoio do Banco da Amazônia.
(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)
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