Dona Onete, de volta aos palcos |
Nesta terceira edição, as apresentações presenciais estão de volta à programação. O teatro do SESI, na capital paraense, recebe encontros entre a força da tradição da cultura popular e a inventividade da música contemporânea amazônica. São mais de 50 mulheres de diversas regiões do país no evento que ainda traz shows, painéis de debate, oficinas, mostra audiovisual, grafite e projeções mapeadas nos centros urbanos do Brasil.
O festival também marca a volta de Dona Onete aos palcos, em show com participação da Mestra Bigica. Para colocar o público para dançar, Layse & As Sinceras, nome da nova cena da música paraense que flerta com o brega e a lambada, abre a primeira noite, que segue com o show de uma das bandas mais icônicas do Pará: Fruto Sensual. O festival traz ainda “Vozes da Floresta”, show inédito, um feat entre a cantora Naieme, que tem feito um resgate fundamental da sua ancestralidade indígena, e o grupo de carimbó Tamboiara, composto exclusivamente por mulheres.
Entre as novidades da 3ª edição, duas experiências imersivas e cinematográficas que serão exibidas ao público presente no SESI e também disponibilizadas online. As carimbozeiras e mestras do Sereia do Mar mostram seu batuque em um show especial, onde o público poderá imergir na visualização em 360º. Criado há mais de 20 anos por agricultoras da área rural de Marapanim, interior do Pará, o grupo é pioneiro na formação de uma banda de carimbó composta só por mulheres, e traz canções que falam sobre o protagonismo feminino, sua relação com a terra e as lendárias sereias que povoam o imaginário das populações do Salgado Paraense.
O MANA também promove o primeiro encontro entre a cantora e compositora baiana Luedji Luna, um dos destaques da MPB contemporânea, e Patrícia Bastos, voz fundamental na difusão da cultura Amazônida. Ao lado do violonista Dante Ozzeti (SP) e percussionistas do Amapá, as artistas, que ainda não se conheciam pessoalmente, se conectam no quilombo do Curiaú, ao som dos tambores de marabaixo e sob a história de resistência do povo afro-índigena.
Oficinas e painéis
Renata Beckman, guitarrista e roadie |
Renata Beckman, instrumentista e integrante do duo Guitarrada das Manas, ministra a oficina presencial “Roadie: por trás de um grande show, dentro e fora dos palcos". Ser roadie é fazer o suporte técnico antes, durante e depois de uma apresentação. Na oficina, além de apresentar funções, as participantes poderão conhecer mais sobre cabos, instrumentos e equipamentos, além de discutirmos o papel subjetivo do nosso trabalho, que é trazer segurança e confiança para as musicistas e músicos que estão no palco. “Vamos trabalhar teoria e prática, passando pela elétrica, pela afinação e pela montagem de um palco”, diz Renata.
As fotógrafas Tereza e Aryanne, com extensa experiência em produção de retratos de artistas, ministram a oficina “A imagem da música: criando imagens através da fotografia”. A oficina terá uma parte teórica e também prática. “A música sugere sentimentos, a imagem dessa música a acompanha, dá significado, resulta na memória visual daquela artista, divulga aquele disco, aquele show. Conta uma história, marca uma fase”, relatam as fotógrafas.
Tulipa Ruiz ministra oficina |
A cantora, compositora e ilustradora Tulipa Ruiz ministra a oficina online “Ilustração e música”. Os encontros se darão a partir da troca de relatos sobre a imagem do som, considerando o repertório da artista e dos participantes da oficina. A ideia dos encontros é decupar memórias gráficas de sons que amamos e estimular a criação de novos desenhos inspirados na música.
O evento traz também seis painéis de debate para a troca de experiências e o estímulo à formação de uma rede entre mulheres da música. Este ano, o projeto homenageia Fafá de Belém, uma das artistas mais importantes da região Norte e do Brasil. Fafá fala sobre sua trajetória no painel “O canto da Amazônia que atravessou rios e mares”. Versando sobre tecnologia e interação, “Experiências imersivas - novos formatos para música”. Sobre comunicação em tempos de redes sociais, o painel “O futuro do artista é ser produtor de conteúdo?”. Haverá ainda o debate “O que a música da Amazônia tem a dizer pro Brasil e pro mundo”; além do painel sobre mulheres autoras de canções e, por fim, outro sobre “Imagem e Música: criação de um conceito artístico”.
Inscrições para oficinas gratuitas do Festival MANA 2021
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