26.11.21

MANA reúne mais de 50 convidadas na 3ª edição

Dona Onete, de volta aos palcos
O Festival MANA 2021 abre hoje (26), em formato híbrido, com programação online e presencial, até 2 de dezembro. A 3ª edição do projeto chega com novidades, experiências imersivas que levam o público ao interior da Amazônia para ouvir o batuque das mestras do carimbó, e percorre estradas até os quilombos do Amapá, que ecoa o tambor da origem afro-índigena do Norte. O projeto tem patrocínio da Natura Musical e Oi, apoio cultural do Oi Futuro, via Lei de Incentivo à Cultura Semear, do Governo do Estado do Pará e Fundação Cultural do Pará.

Nesta terceira edição, as apresentações presenciais estão de volta à programação. O teatro do SESI, na capital paraense, recebe encontros entre a força da tradição da cultura popular e a inventividade da música contemporânea amazônica. São mais de 50 mulheres de diversas regiões do país no evento que ainda traz shows, painéis de debate, oficinas, mostra audiovisual, grafite e projeções mapeadas nos centros urbanos do Brasil.  

O festival também marca a volta de Dona Onete aos palcos, em show com participação da Mestra Bigica. Para colocar o público para dançar, Layse & As Sinceras, nome da nova cena da música paraense que flerta com o brega e a lambada, abre a primeira noite, que segue com o show de uma das bandas mais icônicas do Pará: Fruto Sensual. O festival traz ainda “Vozes da Floresta”, show inédito, um feat entre a cantora Naieme, que tem feito um resgate fundamental da sua ancestralidade indígena, e o grupo de carimbó Tamboiara, composto exclusivamente por mulheres.

Entre as novidades da 3ª edição, duas experiências imersivas e cinematográficas que serão exibidas ao público presente no SESI e também disponibilizadas online. As carimbozeiras e mestras do Sereia do Mar mostram seu batuque em um show especial, onde o público poderá imergir na visualização em 360º. Criado há mais de 20 anos por agricultoras da área rural de Marapanim, interior do Pará, o grupo é pioneiro na formação de uma banda de carimbó composta só por mulheres, e traz canções que falam sobre o protagonismo feminino, sua relação com a terra e as lendárias sereias que povoam o imaginário das populações do Salgado Paraense.

O MANA também promove o primeiro encontro entre a cantora e compositora baiana Luedji Luna, um dos destaques da MPB contemporânea, e Patrícia Bastos, voz fundamental na difusão da cultura Amazônida. Ao lado do violonista Dante Ozzeti (SP) e percussionistas do Amapá, as artistas, que ainda não se conheciam pessoalmente, se conectam no quilombo do Curiaú, ao som dos tambores de marabaixo e sob a história de resistência do povo afro-índigena.

Oficinas e painéis 

Renata Beckman, guitarrista e  roadie

O Festival MANA abriu inscrições para oficinas gratuitas voltadas à profissionalização de mulheres que atuam no mercado da música. São quatro temas que serão abordados nos encontros presenciais e virtuais, nos dias 30 de novembro, 1º e 2 de dezembro. As inscrições seguem enquanto houver vaga.

Renata Beckman, instrumentista e integrante do duo Guitarrada das Manas, ministra a oficina presencial “Roadie: por trás de um grande show, dentro e fora dos palcos". Ser roadie é fazer o suporte técnico antes, durante e depois de uma apresentação. Na oficina, além de apresentar funções, as participantes poderão conhecer mais sobre cabos, instrumentos e equipamentos, além de discutirmos o papel subjetivo do nosso trabalho, que é trazer segurança e confiança para as musicistas e músicos que estão no palco. “Vamos trabalhar teoria e prática, passando pela elétrica, pela afinação e pela montagem de um palco”, diz Renata.

As fotógrafas Tereza e Aryanne, com extensa experiência em produção de retratos de artistas, ministram a oficina “A imagem da música: criando imagens através da fotografia”.  A oficina terá uma parte teórica e também prática. “A música sugere sentimentos, a imagem dessa música a acompanha, dá significado, resulta na memória visual daquela artista, divulga aquele disco, aquele show. Conta uma história, marca uma fase”, relatam as fotógrafas. 

Tulipa Ruiz ministra oficina

A jornalista Juliana Sá fala diretamente do Rio de Janeiro em sua oficina online. Experiente assessora de imprensa, Sá acompanha de perto a carreira de inúmeros artistas, sobretudo os independentes, e trabalha na construção de estratégias de comunicação deste nicho. Na oficina, a jornalista abordará as etapas de estruturação e planejamento de comunicação de um trabalho artístico. A partir da aproximação e diálogo com as inscritas, irá expor as diferentes estratégias para a circulação midiática de álbuns, EPs, singles e shows.

A cantora, compositora e ilustradora Tulipa Ruiz ministra a oficina online “Ilustração e música”. Os encontros se darão a partir da troca de relatos sobre a imagem do som, considerando o repertório da artista e dos participantes da oficina. A ideia dos encontros é decupar memórias gráficas de sons que amamos e estimular a criação de novos desenhos inspirados na música.

O evento traz também seis painéis de debate para a troca de experiências e o estímulo à formação de uma rede entre mulheres da música. Este ano, o projeto homenageia Fafá de Belém, uma das artistas mais importantes da região Norte e do Brasil. Fafá fala sobre sua trajetória no painel “O canto da Amazônia que atravessou rios e mares”. Versando sobre tecnologia e interação, “Experiências imersivas - novos formatos para música”. Sobre comunicação em tempos de redes sociais, o painel “O futuro do artista é ser produtor de conteúdo?”. Haverá ainda o debate “O que a música da Amazônia tem a dizer pro Brasil e pro mundo”; além do painel sobre mulheres autoras de canções e, por fim, outro sobre “Imagem e Música: criação de um conceito artístico”.

Inscrições para oficinas gratuitas do Festival MANA 2021 

www.festivalmana.com. 

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