9.11.10

Dulce Quental encontra seu público em Belém no mês de dezembro

Com uma carreira iniciada há quase 30 anos, como vocalista do grupo Sempre Livre, banda gênero feminista dos anos 80, lança, em 1985, o primeiro disco solo “Délica”, trazendo canções que fundiam estilos que iam do jazz, pop e bossa nova, como  a inesquecível "Pros que estão em Casa". Dulce Quental continuou embalando nossas melhores histórias também na década seguinte.

A cantora veio em Belém em maio de 1989, fazendo show também no Margarida Schivasappa do Centur, onde vai repetir a dose, no dia 09 do mês que vem. Naquela época, Dulce tocava pouco nas rádios, mas aqui na Rádio Cultura do Pará ela era figurinha fácil e isso a fez ganhar um número gigantesco de fãs.

Isso porque tínhamos um time antenadíssimo na programação musical da rádio, como Cesar Nunes e Beto Fares, que estão lá até hoje. Junto, estavam o jornalista e fotógrafo Mariano Klautau Filho, responsável por trazê-la aqui no finalzinho dos anos 80, e o músico Toni Soares. Luizão Costa, claro, também estava lá e é ele quem agora a faz retornar à cidade das mangueiras.

Em 1987, Dulce lança “Voz Azul”, outro disco arrebatador, produzido por Herbert Vianna, e que traz a canção “Caleidoscópio”, dele, feita especialmente para a voz de Quental. No ano seguinte, 1988, sai o terceiro disco solo chamado Dulce Quental, que trouxe grandes sucessos.

Muito bem acompanhada neste trabalho, Dulce Quental grava “Onde Mora o Amor” (Arnaldo Antunes e Frejat), “Numa Praia do Brasil” (Arrigo Barnabé), “Mulher Dividida” (Itamar Assumpção), “Inocência do Prazer” (Cazuza e George Israel) e ainda “Terra de Gigantes” (Humerto Gessinger, dos Engenheiros do Hawai).

Além de cantora, Dulce se lançou compositora e colaborou com artistas como Nico Rezende, Leila Pinheiro, Capital Inicial e Daúde, quer mais algum motivo para ir ver o show? Não precisa. Além das músicas do último CD Beleza Roubada, lançado em 2004, elogiadíssimo pela crítica, com certeza ela não deixará de cantar as obras que marcaram sua trajetória.

Houve um hiato grande em sua produção, é verdade. De 2004 para cá ela diz que fez novas músicas, mas questiona-se onde estaria o público para uma artista da palavra como ela.

“... Sei que ele existe, pois escreve para mim através dos sites de relacionamento. Sei que ele é exigente, pois conhece minuciosamente detalhes da minha discografia. Mas onde ele está?” Pois ele está aqui em grande parte aqui em Belém, Dulce.

Show - A artista confessa que foi atrás desse público que lhe escreve e para atendê-lo montou um espetáculo explorando diversas fases de sua carreira. “Mas como juntar tantas fases diferentes num só roteiro sem que o todo desande ou cheire a naftalina?”.

A primeira solução foi a escolha do time. Quental chamou Rafael Elfe, “cara de Jim Morrison e voz de Renato Russo, tocando um violão de aço estalado, fã de Joni Michel e Nick Drake foi o primeiro achado”, conta.

“João Bani, que já havia tocado comigo, não poderia ficar de fora. A elegância econômica e silenciosa da sua percuteria tomou definitivamente o lugar de um baterista no meu coração”, continua.

“E, por último, a guitarra de Felipe Barão, um músico nato, que tem uma musicalidade que flui sem firulas. Com esse pequeno trio mais a base dos meus violões, de nylon e aço, tomei a coragem que faltava pra cair na estrada”, encerra a escalação.

O repertório vai incluir “Caleidoscópio” e “Fui eu”, de Herbert Vianna, “Inocência do Prazer”, de Cazuza e George Israel, “Natureza Humana”, versão do clássico de Michael Jackson, revisitada pela pena afiada dos irmãos Jorge e Waly Salomão, “Esse seu jeito sex de ser”, sucesso da época do Sempre Livre; que ganharam novos sabores com essa nova formação.

“E a compositora não ficou de fora. Canções como “Não atirem no pianista”, do meu segundo disco pela EMI, Voz Azul, “Capuccino”, parceria com Zélia Duncan, “Bordados de Psicodelia”, com Moska, e “Quando”, do mais recente Beleza Roubada; mais as parcerias “O Poeta está vivo” e “Pedra, flor e espinho”, clássicos sucessos do Barão Vermelho, comparecem, apresentando no show as diversas faces da compositora. O “Amor e Sexo”, de Rita Lee, e “O instante de Dois”, da também paulista Cibelle, vem reforçar o time das Luluzinhas compositoras. E pra terminar com boas novas, as inéditas “Masoc Marques”, “Ponto G” e “Espinoza e o sol”, novas canções de uma artista em busca do seu público. Que ele apareça!”, finaliza.

Serviço
Ingressos antecipados, loja Ná Figueredo, R$ 30,00 (R$ 15,00, meia), a partir do dia 16 de novembro. Mais informações: 3224.8948 e 9226.7420. O show acontece no dia 9 de dezembro, 21h, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur.



3 comentários:

O passado é um país estrangeiro disse...

Eu fui um dos que escreveram para Dulce Quental pedindo sua volta!! E ela respondeu dizendo que estará aqui em Belém dia 9. Não perco essa por nada! Parabéns pelo interessante blog! Márcio Couto.

Holofote Virtual disse...

Ah, que bacana Marcio, entao vc é um dos responsaveis por isso!!! eu tb nao vou perder por nada!! e seja mto bem vindo por aqui!
Lu

Zé Manoel disse...

Adoraria estar aí pra prestigiar o show de Dulce.
Tenho certeza de que será maravilhoso!