28.3.17

A voz feminina na cultura alimentar da Amazônia

Nesta quinta-feira, 30, o "Amazônia Alimenta a Amazônia" traz para a roda de conversa com o tema "Mulheres que Alimentam a Amazônia". Nesta quinta-feira, 30, às 18h, no Sesc Boulevard. Entrada franca. 

A ideia é debater a garantia de direitos, a cultura e soberania alimentar, a agroecologia, feminismo, novas economias, sustentabilidade e outros assuntos urgentes para a floresta e para o mundo.

As emergências e ausências do sistema alimentar na Amazônia serão trazidas à tona nas vozes de mulheres que escrevem a luta histórica pela alimentação na floresta nas suas mais diversas dimensões, da agricultura à justiça socioambiental, da cozinheira tradicional às sumidades científicas.

Participam desta primeira edição, a Promotora de Direito Agrário, no ministério Público do Estado do Pará, Eliane Moreira, que destacará a defesa no campo do direito à terra e direito de povos e comunidades tradicionais, como nas audiências sobre Belo Monte e sobre a segurança e soberania alimentar na Amazônia. Promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará, é professora da Universidade Federal do Pará, onde coordena o Grupo de Pesquisas "Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais". 

Também estará presente o Grupo de Carimbó Sereias do Mar, representado pelas Mestra Claudete, educadora tradicional, agricultora familiar, liderança das comunidades agrícolas do Grupão na região do Salgado, e Mestra Maria Cristina, agricultora, guardiã de sementes e poeta. Elas compartilharão suas experiências de protagonismo feminino no campo, nos movimentos sociais e na cultura popular. 

Outra jurista, a promotora Fábia Fournier, coordenadora do GT Agrário e presidente do Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, contribuirá com uma análise do papel feminino na liderança da luta contra o veneno em todo o Brasil, e ainda da conjuntura do uso dos agrotóxicos no Pará.

O diálogo contará ainda com a participação da pensadora e cozinheira Tainá Marajoara, fundadora do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá, que atua com incidência política em defesa da Cultura Alimentar como salvaguarda da vida e pela garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada.Tainá transformou seus estudos sobre a Cultura Alimentar sua base para as lutas pela garantia dos direitos humanos, sociais, culturais, ambientais e civis.

"Quando mulheres guardiãs da vida se unem, a floresta também chama! É muita gente linda e competente reunida! Somos Amazônia que alimenta e conhece a Amazônia! Mulheres guardiãs da floresta, mulheres empoderadas nas mais diversas áreas de atuação em defesa da alimentação! Uma ação da Amazônia para a Amazônia com cozinheiras locais, produtoras locais e cientistas amazônicas", diz Tainá Marajoara,  ativista e Conselheira Nacional de Cultura Alimentar.

Serviço
Primeiro Mulheres que Alimentam a Amazônia. Realização do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá, Instituto Instituto EcoVida e Rede ODS - Objetivo do Desenvolvimento Sustentável. Nesta quinta-feira, 30 de março, às 18h, no Sesc Boulevard - Av. Boulevard Castilhos França s/n. Belém-PA. Mais informações:  91. 98254.0882. 

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