12.3.17

"Máquinas Para Filosofar" sobre arte e fotografia

O “Máquinas para Filosofar”, projeto do Centro Cultural Sesc Boulevard - CCSBrecebe Afonso Medeiros e Maria Christina, para falar sobre fotografia e signos, a partir de suas trajetórias e experiências com a imagem.  Nesta próxima terça-feira, 14, às 19h, com entrada franca.

O bate papo "Fotografia - Histórias e Signos que atravessam o tempo" propõe possibilidades de mil desdobramentos, no âmbito da imagem.

“A ideia é essa mesma: deixar em aberto uma conversa sobre fotografia e imagem, suas histórias (no mais amplo sentido) e seus sentidos”, diz Afonso. “O título já nos convida a uma viagem às memórias, nossas ou não, mas que estão gravadas dentro de nós de alguma forma”, comenta Maria Christina.

Jornalista, fotógrafa e produtora cultural, com premiações em editais, Maria Christina realizando diversos projetos no âmbito das Artes Visuais, com ênfase na Fotografia.  Foi também avaliadora do Prêmio de Artes Visuais do Banco da Amazônia e Bolsa Marc Ferrez da Funarte/MinC.

Afonso Medeiros é Arteamador, Artehistoriador, Arteeducador, como se apresenta, e professor associado do Instituto de Ciências da Arte da UFPA. Vem publicando capítulos de livros e artigos, sobre artes visuais, semiótica, cultura japonesa (artes visuais, teatro, literatura), teorias da arte (filosofia, crítica e história) e arte/educação.

No livro “A Arte Em Seu Labirinto”, Afonso Medeiros aborda os principais aspectos da arte contemporânea no Estado do Pará, rompendo as fronteiras acadêmicas a fim de ampliar as discussões sobre arte. Propus aos dois um papo rápido sobre a dinâmica desta sexta-feira. A ideia é que cada um fale um pouco sobre suas experiências. 

Conversa ampliada com interação do público 

“Queremos preservar o lugar de fala de cada um, ou seja, de uma artista da fotografia e de um teórico da arte. Portanto, as experiências permearão as falas. Não há um roteiro rígido. A ideia é que seja uma conversa mesmo, com algumas provocações iniciais e o diálogo com o público dando o tom. Creio que será esse diálogo o fio condutor da conversa”, diz Afonso.

“Cada um traz seu repertório de lembranças, de afetos herdados ou construídos. Portanto o bate papo será sobre imagens a partir de (nossas, e outras) lembranças, sem esquecer que atravessaremos a arte, tanto na "feitura" concreta da imagem quanto na leitura teórica do signo”, complementa Maria Christina, que chama atenção da importância do público também interagir. “Gostaríamos que público interagisse plenamente, que trouxesse suas imagens pra compartilhar conosco”.

Além das experiências, os dois também percorrerão pelas afinidades que os unem em suas carreiras e os trazem afinal a este bate papo. Contem tudo, quais as delícias, tentei antecipar. “Afinidades tecidas há mais de 40 anos, com muitas delícias... Mas isso é também parte da conversa”, instiga Afonso. “São muitas afinidades nascidas de uma amizade construída e confirmada ao longo das nossas vidas. Mas como Afonso disse, faz parte do bate papo”, não deixou por menos, Cristina.

O que pude adiantar é que a fotógrafa este ano pretende escrever muitas cartas em 2017. “Retomei isso fim do ano e preciso ampliar essa correspondência, que é vital pra mim”, diz.  Já tive o prazer em já ter recebido uma carta de Maria Crhistina, que chegou causando uma sensação há muito não experimentada. “Estou em pré produção de alguns projetos que, por enquanto, são segredos”, conclui. 

Já Afonso quer focar em três coisas neste anos de 2017. “Desenvolver e concluir o pós-doutorado; terminar a escrita de um livro sobre arte e batalhar sua publicação; escrever e apresentar o memorial para professor titular da FAV”.

Acervo de câmeras do CCSB é referência

Exposição permanente de câmeras do CCSB
"Máquinas para filosofar", que intitula o bate papo, é o nome da exposição de câmeras permanente ao acervo do Centro Cultural Sesc Boulevard, desde sua inauguração, em 2010.  

O acervo, constituídos por mais de 100 câmeras artesanais, confeccionadas em madeira e ferro, ampliadores, réplicas da famosa "Mamute" e um Daguerreótipo. A coleção, além de ser considerada por colecionadores e pesquisadores como uma das mais representativas da América Latina, também inspira a programação na área de fotografia.

Nenhum comentário: