A Feira Equatorial lançou o primeiro EP, “Paná”, ainda em versão digital, com um grande show no Teatro Margarida Schivasappa, nesta quarta-feira, 29 de março e quem não foi, perdeu.
Com apenas dois anos de estrada, entrou no palco com a produção de cima, luz de Malu Rabelo arrebentando, cenário trazendo o carrinho de frutas típico de se ver no “Veropa”, e uma indefectível bandeirola de açaí, que não podia faltar, além do figurino, de acordo, e muita energia cênica.
Nas primeiras músicas, o nervosismo natural de uma quase estreia, que foi se esvaindo ao longo da apresentação. “A Flor e a Calçada”, “O Mistério das Enchentes” e “Vim Pra Te Ver”, todas de Son Maximiana, e “La Sal” (faixa bônus), produzida por Bruno Rabelo, da banda Cais Virado, que abriu a noite, integram o EP, que pode ser ouvido no canal de youtube e no soundcloud da banda.
Formada por Son Maximiana, no violão, Thalia Sarmanho, no vocal, Pedro Nascimento, na guitarra, Beatriz Santos, nos sintetizadores, Yago Mathias, no baixo e Ismael Rodrigues, na bateria, a Feira Equatorial (adoro o nome) traz no som, uma mistura mineira psicodélica, e certa sonoridade paraense, chamando Verequete, Dona Onete e muito tucupi.
Tudo certo, só que faltou capricho na técnica de som, que, entre outras coisas, comprometeu a participação do saxofonista Felipe Ricardo, dono de excelente performance. Uma pena, mas a voz de seu sax praticamente não apareceu. Também faltou um tanto de direção artística na participação de um casal de bailarinos, que ficou com um deslocamento embolado em meio à banda. Perda na plástica dos movimentos, que ficaram sem muito espaço para a apreciação. A intenção foi ótima e merece estar no palco.
No mais, a obra musical da banda, com composições que se destacam, tanto na sua poesia, quanto no seu instrumental, não deixou abalar os alicerces de um trabalho que está apenas despontando e já faço votos que ganhe o mundo. O público que lotou o teatro, aplaudiu, vibrou, sorriu. Jovens de uma nova geração que passa agora a acompanhar as novidades da cena musical paraense.
Enquanto isso, as emoções foram se multiplicando no palco. Assim como pessoas envolvidas na produção. Thalia, vocalista de timbres graves e presença cênica, ao final da apresentação, tinha uma lista interminável de agradecimentos. Foi chamando todos para o cumprimento em conjunto ao público.
Com outras boas participações de Genessi Rodrigues (Ex-A República Imperial), Reebs Carneiro, no clarinete e Lorena Carvalho, na percussão, devo dizer aqui, caro leitor, que há algum tempo não via um show tão cheio de verdade. Lembrou os bons tempos de A Euterpia, como bem lembrou Keila Monteiro, vocalista da Cais Virado. Já quero mais e vai ter.
Para quem quiser conferir o trabalho, dia 6 de abril, tem mais. A banda é a atração da quinta-feira, dia 6 de abril, 22h, na Casa do Fauno (Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa, ingresso R$ 15,00). Por enquanto, ouçam aqui o EP Paná: https://soundcloud.com/feiraequatorial
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