12.10.21

Arte une cerâmica tapajônica e medicina chinesa

“Ancestral Comum”, do designer e músico Mael Anhangá, apresenta obras inspiradas na Cerâmica Arqueológica Tapajônica e na Medicina Tradicional Chinesa. São cinco vídeos que correlacionam música, cores e imagens inspiradas na arte amazônica da fase pré-colombiana tardia - especificamente da cerâmica tapajônica – e da origem e influência asiática - em especial a Chinesa. 

Nos cinco videoartes, as imagens da cerâmica tradicional tapajônica dialogam com os 5 elementos da Medicina Tradicional Chinesa, a água, madeira, fogo, terra e o metal, que são a base de todo o pensamento filosófico que embasa as práticas medicinais orientais como a fitoterapia, a acupuntura, as massagens e os treinamentos de energia.

Neste sistema, eles encontram-se em constante mutação (um se transforma no outro, sucessivamente), tanto em nosso corpo como na natureza, e cabe ao terapeuta ajudar o paciente para que este fluxo aconteça harmonicamente. Na Teoria dos 5 elementos da MTC é possível fazer relações sinestésicas dos elementos, por exemplo: 

  • Água -  Azul>Rins/Bexiga>Medo/Acolhimento>Tom Musical (Lá) 
  • Madeira -  Verde>Fígado/Vesícula > Raiva >Tom musical (Ré) 
  • Fogo - Vermelho >Coração/ Int. Degado >Alegria > Tom musical (So) 
  • Terra - Amarelo>Estômago/BaçoPâncreas>Preocupação/Satisfação>Tom musical (Dó) 
  • Metal - Branco > Pulmões > Emoção Tristeza/Suavidade >Tom Musical (MI) 

Através dessas informações, Mael Anhangá se juntou aos músicos Waldiney Machado e Mauricio Panzera para compôr cinco músicas instrumentais que serviram de trilha sonora para os vídeos animados. 

VEJA

O resultado está disponível no instagram @maelanhanga (IGTV).  A escolha desta plataforma se deu pela maior facilidade de compartilhamento entre o público em geral. O projeto foi contemplado pelo Edital Aldir Blanc, categoria Design – Instituto Ágata, Secult PA, Ministério do Turismo e Governo Federal.

SOBRE O ARTISTA

Maécio Monteiro (Mael Anhangá) é designer, ilustrador e músico. Graduado em Design pela UEPA em 2008, tornou-se especialista em design ecológico em 2010 pela mesma instituição. 

De lá para cá desenvolveu inúmeros projetos ligando o design à cultura popular como a criação das fontes de computador inspiradas das letras dos barcos da Amazônia (UEPA, 2010) e também os dingbats do Carimbó: um estudo sobre a iconografia do carimbó do nordeste (IAP, 2014) e do oeste paraense (FCPa, 2018). 

Também criou diversos materiais gráficos, com destaque para as ilustrações da nova edição do livro ‘Chove Nos Campos de Cachoeira’ de Dalcídio Jurandir (Pará.grafo, 2019) e os desenhos das manifestações paraenses da cultura imaterial patrimonizada – Círio, Capoeira, Festa de São Sebastião, Carimbó e Cuias de Santarém (IPHAN-PA, 2019). Como músico já trabalhou com vários grupos de carimbó de Belém e Santarém e atualmente se dedica ao Grupo Cipó, como cantor e compositor.

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