1.10.21

Puget Blues lança “Amazônico” nas plataformas

O álbum chegou às plataformas digitais com apoio do Edital de Música da Lei Aldir Blanc e Secult-Pa. Já podemos ouvir, mas além disso, fica a dica: quem quiser ver a performance ao vivo, é só chegar neste sábado, 02 de outubro, no Black Dog English Pub, onde a banda se apresenta, a partir das 22h, encerrando a semana do Festival BlackJazz.

O grupo é formado pelo guitarrista Zé Puget, o contrabaixista Jeová Ferreira e o baterista e produtor Carlos “Canhão” Brito Jr. Em 2019, eles realizaram uma série de apresentações na cidade e começaram a preparar os arranjos das novas músicas, um trabalho que foi interrompido com a Pandemia, mas retomado com a oportunidade de gravar o álbum "Amazônico".

São 8 faixas que trazem a fusão de ritmos como shuffle, latin jazz e a música caribenha que circula na Amazônia, resultando num vigoroso som instrumental  de guitarra. O trabalho vem sendo mostrado em shows que a banda já vem realizando na cidade, como a participação no evento Mapa do Afeto, do Circular Campina Cidade Velha, em agosto, na Praça das Mercês, projeto também apoiado por um edital da Lei Aldir Blanc.

A produção visual do álbum "Amazônico" é assinada pelo desenhista e designer Igor Diniz, responsável pelos desenhos do encarte e na capa, com fotografia de Otávio Henriques e concepção artística de Carlos "Canhão" Brito, que também assina a produção executiva do projeto. 

“Há uma simetria da concepção visual da capa, com a ideia de fazer um instrumental com referência no Blues, mas com os pés na nossa região. Ouvi, hoje, ‘Olho da Jaguatirica’, olhando para capa e percebi isso”, reflete Zé Puget. “A referência do Blues neste trabalho está na forma de tocar e frasear, de explorar melodias e harmonias e a Amazônia é nosso dia a dia, nosso jeito de falar, da música que está em nosso DNA, não tem como tirar isso da gente, nem quando se toca um Blues”, complementa o guitarrista.

Puget é um músico especializado na linguagem do blues. E foi a partir de um movimento de blues existente em Belém do Pará, nos anos 1990, que ele passou a estudar e se aprofundar na linguagem do ritmo que surgiu nos EUA, com influência da música africana. Ele então percebeu as inúmeras possibilidades de conexões entre o blues e a música amazônica, também influenciada pela fundamental contribuição dos povos africanos e afrodescendentes na região, como o Batuque, Marabaixo, Carimbó e o Lundu.

Parcerias musicais unem o trio neste novo trabalho

O grupo foi formado em 2012, contando com Zé Puget e Jeová Ferreira para a primeira formação, mas passou por diversas outras formações até chegar a este formato de trio. 

“Entre  idas e vindas, tenho uma parceria musical de mais ou menos 20 anos com o Puget. Os álbuns anteriores apesar de serem gravados com dedicação, foram menos pretensiosos e produzidos mais porque "queríamos gravar e ver como soa", e são bons! Em parte porque o Puget tem uma assinatura guitarrística própria e quando grava, sabe realmente o resultado que quer alcançar”, diz o contrabaixista Jeová Ferreira. 

O músico e arte educador tem também uma longa trajetória na cena da música paraense. Integrou o núcleo fundador da banda “Coisa de Ninguém”; e como Baixista e Guitarrista já se apresentou com grupos como Cravo Carbono e Cais Virado. Ele conta que o Puget Blues conseguiu traçar intuitivamente uma rota que o traria a este momento. 

“Foi tudo isso que provocou esse resultado atual, com a maturidade de músico de todos nós e a visão de pré-produção do "Canhão" para esquadrinhar as coisas. Eu e Canhão,  assumimos a função de cama, de base sólida e enxuta para deixar o Puget livre e tranquilo na função de guitarra solo”, continua Jeová. “Temos um disco de música instrumental, com uma guitarra de assinatura peculiar, e que passeia por diversos sotaques com moldura blueseira”, conclui Jeová Ferreira.

Parcialmente ao vivo em meio à pandemia

"Amazônico" foi gravado parcialmente ao vivo, captado e mixado por Dan Bordalo, no Stúdio Casarão Floresta Sonora, e foi masterizado por Thiago Albuquerque, no Studio Z, em meio à pandemia, com direito a pausas por causa do lockdoown, em 2021. 

“O trabalho reune um momento musical carregado  de emoções fortes, não foi um processo fácil, mas atravessamos essa tormenta, e fizemos um trabalho  bonito, sincero, estamos feliz, está no mundo", comenta o produtor e baterista, músico atuante há 30 anos na cena musical paraense. 

Canhão integrou o Grupo de Percussão da Fundação Carlos Gomes, a banda A Euterpia, Até Jazz, Big Band Sesc Mariana (SP), Mestre Vieira, VK-Trio e Albery Project.

Em novembro tem show sendo confirmado para o lançamento do clipe da música Veneno de Escorpião, uma das faixas que integra o álbum. Gravamos num cenário urbano rodeado por uma paisagem de florestas e rios. Em breve também chegará às plataformas visuais da música.

Serviço

O Puget Blues é uma das atrações do Festival do Black Jazz do Black Dog English Pub, neste sábado, 02 de outubro, a partir das 22h. Na Rua Bernal do Couto, 791. 

Para ouvir o álbum: 

https://open.spotify.com/artist/2Zny4AW293QtGOLm9fSBla?si=IMQ84W-3RSWt1XOgl3Vnzw&dl_branch=1&nd=1

Contatos: 

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