Um dos projetos no Catarse.me |
Editais, fundos de cultura, parcerias, apoio, criatividade, incentivo. Inventamos e reinventado a roda, mas a produção cultural no país continua enfrentando dificuldades para sair do papel. Produzir sonhos não é fácil. Há, porém, uma novidade. Além dos mecanismos formais em voga, um sistema vem ganhando cada vez mais espaço, embora ainda confunda muita gente. O crowdfunding, que surgiu há alguns anos no Brasil, é uma forma coletiva de fazer acontecer. Para saber mais sobre isso, vá à palestra com o Luís Otávio Ribeiro, co-fundador da plataforma Catarse.me, a primeira na internet a usar este conceito. No Computer Hall, nesta quarta, 12, às 18h30, com entrada franca.
O palestrante chega em Belém à convite do site Eu Patrocinio, que já utiliza o conceito na Região Norte e tem sede na capital paraense. Mais do que uma “vaquinha”, como se diria no popular, a forma de financiamento proposta pelo crowdfunding projeta o que um número bem maior de pessoas pensa e gostaria de ver concretizado.
“As pessoas ainda estão afastadas por achar que isso é algo novo, mas está na nossa sociedade a muitos anos, né?”, diz Luís Otávio, em entrevista ao Holofote Virtual. “Mas com a internet e a alta conectividade entre as pessoas através das mídias sociais propiciou atingir muito mais pessoas, convocando não só amigos, familiares para contribuir, mas também outras pessoas que apreciam o trabalho e querem fazer parte de uma causa e compartilham valores com o objetivo de um projeto”, explica.
Crowdfunding é uma palavra em inglês e sua tradução nos ajuda a entender o conceito. Crowd significa “muitas pessoas reunidas” e Funding é o mesmo que “fundar, financiar”. Portanto, o crowdfunding acontece quando várias pessoas se juntam para financiar (viabilizar) um projeto.
Não, gente, não é “pirâmide”, tá? E na palestra desta quarta-feira, Luis irá abordar a história do Crowdfunding no Brasil e no mundo, vai dizer o que é o Catarse e em que estas pessoas que estão lá acreditam. Você também vai ter noção de como pode montar um projeto. O pagamento desta “vaquinha” é feito via internet e isso também é um fator que muitas vezes pode servir para afastar as pessoas.
Banda Apanhador Só: meta mais que atingida |
“Ainda estamos engatinhando nisso no Brasil. Mas essas transações estão cada vez mais seguras e se você ainda tem medo de pagar via cartão de crédito, o boleto bancário é uma opção para se apoiar projetos no Brasi”, refoça Luís Otávio.
O Catarse foi a primeira plataforma na internet a usar o conceito de crowdfunding para financiar projetos criativos (artísticos, jornalisticos, empreendedores, eventos).
E a maior prova de que isso dá certo é que já foram mais de 300 projetos viabilizados dessa forma e mais de 40 mil pessoas apoiando esses projetos.
“O crowdfunding pode funcionar em qualquer lugar. Hoje, os projetos estão mais concentrados em SP, Rio e POA - muito por estarmos localizados nessas cidades. Mas Belém tem um potencial incrível justamente por ter uma cultura e uma criatividade riquíssima (e única), assim como todas as cidades do Brasil”, incentiva.
Fica a dica. No site Eupatrocino, você pode colocar seu proejto ou visitando o site você pode ser o patrocinador de um, quem sabe? Os valores variam, podem ser cotas de R$ 5,00 e de R$ 5000.00, depende. E há sempre recompensas. Olha, se você acredita em revolução, a abertura de uma via para financiar a
criação humana baseada na colaboração entre as próprias pessoas, pode ser mais uma a ser vivida. Vamos tentar?
Serviço
Palestra "Crowdfunding: Viabilizando boas ideias de forma coletiva", com Luís Otávio Ribeiro co-fundador da plataforma Catarse.me. Na Computer Hall da Antônio Barreto no dia 12 de setembro de 2012 às 18h30. Mais informações: palestra@eupatrocino.com.br
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