Blade Runner - O Caçador de Androides, obra que completa 30 anos em 2012 sendo um dos filmes mais cultuados dos últimos tempos, com sua mistura de ficção cientifica, policial noir e romance existencialista, tem exibição especial nesta quinta-feira, 27, às 17h, no espaço Benedito Nunes da Livraria
Saraiva ((Boulevard Shopping, 2º piso). Entrada Franca. Após o filme,
debate entre o público e membros da Associação de Críticos de Cinema do
Pará e da Academia Paraense de Ciências.
Luzes de neon das propagandas de corporações industriais disputam
território no espaço urbano com explosões. Uma irís se contrai ao
analisar aquele cenário desolador. A trama se passa em Los Angeles, no ano de 2019. A Corporação Tyrell criou os robôs da série Nexus virtualmente idênticos aos seres humanos. Eram chamados de replicantes.
Os replicantes Nexus 6 eram mais ágeis e fortes e no mínimo tão inteligentes quanto os engenheiros genéticos que os criaram. Eles passaram a ser utilizados no espaço sideral em tarefas perigosas da colonização planetária. Após motim sangrento de quatro replicantes Nexus 6, estes foram declarados ilegais sob pena de morte caso tentassem regressar a Terra.
Para a Tyrell, o importante é 'aposentar' os replicantes e não executa-los, ou seja, desliga-los.
Já eles, liderados por Roy Batty (Rutger Hauer) só querem viver mais e não até quando o tempo de desligamento permitir. Então surge Rick Deckard, um exemplar policial da unidade de elite Blade Runner, que havia se aposentado mas é chamado para uma última missão: a captura - exterminio de Roy e seus companheiros.
Com essa narrativa simples, porem permeada de significados, que Deckard vai investigando os Nexus 6 e conhecendo mais sobre a própria Tyrell e seus mandantes. É numa dessas visitas ao Sr. Tyrell que ele conhece a secretária Rachel (Sean Young). Ela não sabe que é replicante, mas seus olhos a traem. Ele se apaixona instantaneamente pela androide.
Blade Runner é um filme de caçada humana, onde, de certo modo, todos buscam algo: Deckard busca encontrar os replicantes e, principalmente, um sentido para a própria vida. E ele persegue o amor de Rachel - que está imersa na busca de sua identidade inexistente - como forma de se libertar e se encontrar.
Os replicantes Nexus 6 também seguem fugindo para ter mais tempo de vida.
E assim, Ridley Scott configura uma obra fascinante, uma odisséia retro-futurista de humanos e máquinas, homens e mulheres que buscam alguma coisa. E ele consegue fazer isso com autoridade, após realizar Alien - O 8º passageiro.
O roteiro do filme escrito por Hampton Fancher e David Peoples é baseado no romance "Os Androides sonham com ovelhas elétricas?", de Phillip K. Dick. E mesmo distintos, filme e livro são visionários. Blade Runner ajudou a popularizar o autor em Hollywood, que passou a ter diversas obras adaptadas em produções como "O Vingador do Futuro" e o "Homem Duplo".
Serviço
Sessão ACCPA/APC apresenta “Blade Runner - O Caçador de Androides”, de Ridley Scott. Nesta quinta, 27, às 17h, no espaço Benedito Nunes da Livraria Saraiva ((Boulevard Shopping, 2º piso). Entrada Franca. Após o filme, debate entre o público e membros da Associação de Críticos de Cinema do Pará e da Academia Paraense de Ciências.
(Com informações de Lorenna Montenegro, da ACCPA)
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