7.11.13

"Camile e Rodin" estreia na capital paraense

Na década de 1980, a história de Camille Claudel causou impacto quando foi trazida às telas do cinema, ao revelar o caso de amor entre ela e o famoso escultor Auguste Rodin, na época, um homem casado. Agora, no teatro, pela Dramática Produções Artísticas, a trama ganhou texto inédito de Franz Keppler. No elenco, Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco. O espetáculo entra em cartaz no Theatro da Paz, dias 16 e 17, com ingressos que variam entre R$ 10,00 a R$ 40,00. A venda começa na terça-feira, 12 de novembro, na bilheteria do teatro, a partir das 9h

No palco, temos de um lado, Camille Claudel, uma jovem intuitiva, dona de uma imaginação excepcional. Determinada, ela quebrou laços com sua classe social e a moral vigente, entrando em conflito com sua família e com as normas de conduta aceitas em sua época, para se tornar uma artista grandiosa. De outro, Auguste Rodin, um gênio já maduro que com seu trabalho e talento, se transformou no maior escultor de todos os tempos, representando através de sua arte, as paixões humanas. 

Camille e Rodin” reconstrói esse encontro, que se transforma numa paixão arrebatadora e em um impulso artístico para ambos, dois gênios criativos, que passaram suas vidas em busca de amor, compreensão e liberdade. Sem Camille, Rodin possivelmente não teria feito suas obras mais apaixonadas e, sem Rodin, Camille não seria a artista fantástica e nem o mito em que se transformou. 

A direção do consagrado ator e diretor Elias Andreato, foge de uma forma teatral tradicional de apresentar biografias. 

O que interessa aqui é o sentimento essencial que estes artistas trazem e que renova o olhar atual. E é assim escapando das formalidades, que nos situamos na Paris de Rimbaud, Verlaine, Debussy, Monet, Victor Hugo, que nos libertaram para sempre do academicismo. 

A pesquisa é de Melissa Vettore e de Franz Keppler, baseando-se nos principais biógrafos dos escultores, com destaque para Reine Maire Paris (sobrinha neta de Camille), para a autora Liliana Wahba, e a partir da análise crítica e poética de Paul Claudel (irmão de Camille). No elenco, a própria Melissa encara o espírito curioso de uma jovem talentosa chegando a uma cidade grande, com entusiasmo e paixão pela arte, enquanto Leopoldo Pacheco, como Rodin, nos conduz ao encontro com um artista maduro, com uma alma tão jovem quanto à dela, apaixonado pela beleza e pela criação. 

A circulação do espetáculo pelo país, chega a Belém, com patrocínio da Vivo por meio do programa Vivo EnCena, com apoio do Governo do Pará, Secult, Theatro da Paz, Porto Seguro e Belém Hilton Hotel. A produção local é da Três Cultura Produção Comunicação, com realização Dramática Produções Artísticas e Ministerio da Cultura – Governo Federal. 

Emocionante e intenso 

O espetáculo foca na história de Camille Claudel, que chega a cidade de Paris ainda muito jovem e de como ela se torna aluna, discípula e amante de Auguste Rodin. Tendo que combater o preconceito da sociedade como mulher e artista, posa para ele e fascina-o com sua personalidade. O diálogo amoroso se torna presente nas obras dos dois. 

A intuição criativa de Camille e o apuro conquistado em anos de estudo por Rodin, tornam a obra de um e de outro próximas, ao ponto de não sabermos qual obra do mestre ou da aluna inspirou um, ou copiou o outro, promovendo um embate de natureza artística entre os dois. Depois de quinze anos de tortuoso relacionamento, o rompimento definitivo marcará a vida e a obra de ambos para sempre. 

Auguste Rodin se torna o maior escultor de todos os tempos. Camille Claudel após longo período debatendo-se em dificuldades financeiras, lutando contra a rejeição da família e o preconceito da época pela mulher solteira e artista, entrega-se à solidão e à loucura. 

Por iniciativa de seu irmão, é internada à força num manicômio aos 49 anos, onde passará os trinta anos seguintes de sua vida. 

Serviço
Camille e Rodin. Dias 16 (21h) e 17 de novembro (19h), no Theatro da Paz. Os ingressos estarão à venda a partir de segunda-feira, 11, na bilheteria do teatro, a partir das 9h. Os valores variam de R$ 10,00 a R$ 40,00. Patrocínio da Vivo por meio do Vivo EnCena. Apoio: Governo do Pará, Secult, Theatro da Paz, Porto Seguro e Belém Hilton Hotel. Produção Local: Três Cultura Produção Comunicação. Realização Dramática Produções Artísticas e Ministerio da Cultura – Governo Federal.

Nenhum comentário: