Não estranhe. É uma formatura recital, reunindo alunos do Bacharelado em Música da Fundação Carlos
Gomes/Uepa. Músicos talentosos e atuantes no cenário da música na cidade, eles vão apresentar resultado de suas pesquisas na área de arranjo e composição. Vai ser show! Dia 5 de dezembro, 20h, no Teatro Waldemar Henrique.
Quando cria, o compositor se liberta. Manipula sons que
fazem a música pulsar. Tece uma arte feita de ideias, texturas e ritmos. O
arranjador interpreta, com uma liberdade outra dá vida e a própria
personalidade à canção. Brinca, redefine, reinventa. É isso que vivem e experimentam concretamente os músicos Augusto César
Meireles, Leonardo Venturieri, Marcelo Fernandes (Marcelo Pyrull), Hezir Pereira e
Luis Balieiro.
Alunos do Bacharelado em Música, com habilitação em Arranjo
e Composição, eles integram a terceira turma do curso, realizado pela Fundação
Carlos Gomes em parceria com a Universidade do Estado do Pará, que assumiram um desafio maior. Querem realizar a partir desse festival, um Festival de Composição. Tomara que dê certo!
“Será um festival de cunho contemporâneo com ciclos de
estudos, master class e apresentações com premiação, etc. A cada ano um
compositor paraense será homenageado. É uma excelente oportunidade de conhecer
o outro lado da moeda”, comenta Marcelo Fernandes, que dividiu durante quatro
anos a sala de aula com a agenda de shows da banda Arraial do Pavulagem, onde
assume a guitarra.
Por enquanto, o Festival é um projeto embrionário, pois o foco do momento é a formatura, quando as composições e arranjos desenvolvidos ao longo
do período serão avaliados por uma banca de professores.
Para Hezir, compor é criar algo novo sem existir nada. "Arranjo é criar
algo novo no que já está escrito. O prestígio depende do trabalho, isso sim
posso dizer que, em Belém, não existe trabalho para nós dessa escola de
composição de Belém. Acho que falta divulgação formal e informal. Em Belém,
quase não temos bandas sinfônicas ou muitas orquestras pra escrever. Temos que
tomar esta atitude sozinhos. Nosso recital vai ser um marco de divulgação das
nossas possibilidades profissionais pra trabalhar com qualquer que seja o
publico, seja coral, quartetos, quintetos”, defende o compositor.
Policial militar, Hezir começou aos 13 anos de idade, de
forma autodidata, os estudos musicais. Aos 15, 16 anos, tocava violão, guitarra
e baixo. Depois partiu para os sopros. E foi tocar em grupos de música como
saxofonista e guitarrista. Em 2010, resolveu se redefinir como profissional.
Entrou para o curso superior em Música da Fundação Carlos Gomes. “Na verdade o
que aprendi hoje, eu já fazia, porém não sabia que era”, comenta. E havia a
necessidade. “De ter uma formação comprovada para valorizar meus talentos como
arranjador e compositor. Claro que também quero entrar no mercado de trabalho,
entre outras coisas que o certificado me proporcionará”, avalia.
O momento também é de balanço para os formandos. Tempo de
recordar conquistas, encontros e aprendizados. “Música é uma atividade
inerentemente coletiva, entretanto sua escrita, sua factura é muito pessoal.
Estudar a música e a técnica de compositores como Debussy, Stravinsky e outros
de tendências mais contemporâneas é um privilégio imenso. É um passeio pelos
períodos da história da música, onde nos debruçamos com minúcias às obras dos
grandes compositores. Analisar suas composições e agregar conhecimento às
nossas potencialidades criativas é um presente”, avalia Marcelo.
Serviço
Recital de Formatura Bacharelado em Música da Fundação
Carlos Gomes\Uepa - Habilitação em Arranjo e Composição. Dia 5 de dezembro, às 20h, no Teatro Waldemar Henrique.
Entrada Franca.Apoio Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
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