3.3.15

Bairro Cidade Velha ganha mais um espaço cultural

Fotos: Débora Flor
Estratégia de atuação no campo das artes em Belém, o projeto Oficina Santa Terezinha – Espaço Cultural realiza nesta quinta, 5, a partir das 19h, mais uma programação artística na tradicional oficina metalúrgica da Cidade Velha, em Belém, atribuindo novo uso ao espaço de manipulação de metais. A entrada é gratuita.

Este ano, pela terceira vez, as portas da centenária oficina se abrem, desta vez, para receber os artistas Adriano Barroso, Dirceu Maués, Débora Flor, Igor Oliveira, Ionaldo Rodrigues, Jeferson Cecim, Marcelo Lelis, Pedro Cunha, Pedro Olaia, Pablo Mufarrej, Valério Silveira, Véronique Isabelle, Vitor Blanco, Kauê Lima, Bode, Diogo Vianna e Apoena Augusto, que apresentarão suas produções.  A programação musical será do grupo Cumbuca Jazz e DJ Azul. A gastronomia ficará com a The Nine, sanduicheria artesanal e inspirada na culinária amazônica.

Inaugurada em 1936 por Firmo Mendes da Silva a oficina Santa Terezinha vem prestando serviços para o parque fabril do estado do Pará. Após experiências pontuais ao longo de sua história, em 2015, a metalúrgica abriu seu galpão histórico e conhecimento técnicos para artistas, transformando-se em espaço de produção cultural da cidade.

A realização de programações culturais na oficina torna a iniciativa uma ação de cunho político, já que algumas intervenções artísticas são feitas no entorno do prédio, próximas ao Porto do Sal – uma área marginalizada da capital paraense, conhecida pela violência urbana.

“O que tem que ficar claro é que esse é um projeto político, com o intuito de criar circuitos independentes e promover encontros entre agentes sociais em uma área marginalizada da cidade, com uma rica cultura ribeirinha e paradoxalmente urbana”, elucida a artista visual.

Mas a ideia de ter a Oficina Santa Terezinha, como espaço cultural surge, na verdade, em meados dos anos 2000, quando, coordenado por Francisco Del Tetto Júnior, que administra o local, em parceria com alguns artistas, realizou-se ali, a primeira imersão artística, reunindo instalações, projeções e performances. 

Este ano, agora como um projeto, o objetivo é disponibilizar de vez o espaço, repleto de maquinário industrial, para uso de fins culturais. A iniciativa recente partiu da artista visual Elaine Arruda, que lá iniciou uma série de experimentações em gravura em metal, de grandes dimensões, e mais uma vez teve o aval de Francisco Del Tetto Junior.

O objetivo de estimular um ambiente propício ao estabelecimento de circuitos independentes na cidade, realizando a programação com exposição de fotografias, desenhos, gravuras e instalações, ganhou forçar também com o Projeto Circular Campina – Cidade Velha, do qual a Oficina Santa Terezinha se tornou parceira, desde último mês de janeiro, tendo realizado, mais um evento em fevereiro, para a inauguração oficial. A produção de Rafaela Bittencourt, Bruna Reis e Carla Cabral.

“A nossa pretensão é manter uma programação de eventos mensais, mas o galpão da oficina está à venda. É um projeto que no momento se localiza na Oficina Santa Terezinha, mas que se desdobra em ações que extrapolam os muros da oficina. Caso vendam, a atuação não morre”, finaliza Elaine Arruda.

Serviço
Oficina Santa Terezinha – Espaço Cultural realiza na próxima quinta-feira (5) mais uma programação artística. Endereço: Rua São Boaventura, n° 127. Porto do Sal (Cidade Velha), Belém – PA. Informações: (91) 982757445 e (11) 983603753.

(Holofote Virtual, com informações da assessoria de imprensa)

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